Minutos de Paz !

domingo, fevereiro 28, 2010



BORBOLETAS



Mário Quintana


Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

Mário Quintana



Deus responde sempre


Momento Espírita



Quantas vezes você já dirigiu uma prece a Deus e não recebeu resposta?


Não é raro pedirmos pela recuperação da saúde de um familiar, e mesmo assim ele morre.


Acreditamos que Deus não nos ouviu.


Pedimos auxílio ao Pai celestial para as nossas dores. E muitas vezes as dores aumentam, levando-nos quase ao desespero.


No entanto, os que têm fé afirmam que Deus sempre responde às nossas orações. Será mesmo?


Emy tinha apenas 3 anos de idade. Vivia em um lugar maravilhoso dos Estados Unidos, em frente ao mar.


Sua família era cristã. Ela fora alimentada, desde o berço, por orações e Evangelho.


A família ia ao templo religioso e fazia, no lar, o estudo sistemático do Evangelho.


Emy amava sua família e admirava os olhos azuis de seu pai, de sua mãe e de seus irmãos.


Todos, em sua casa, tinham olhos azuis. Todos... menos Emy!


O sonho de Emy era ter olhos azuis da cor do céu. Como ela desejava isso!


Certo dia, na Escola de Evangelização, ela ouviu a orientadora dizer que Deus sempre responde a todas as orações. Passou o dia pensando nisso.


À noite, na hora de dormir, ajoelhou ao lado da sua cama e orou.


Sua prece foi um misto de gratidão e de solicitação:


Senhor Deus, agradeço porque você criou o mar que é tão grande. Tão bonito e tão feroz. Agradeço pela minha família. Agradeço pela minha vida. Gosto muito de todas as coisas que você faz. Mas, eu gostaria de pedir, por favor, quando eu acordar amanhã, descobrir que os meus olhos ficaram azuis como os de minha mãe.


Ela acreditou que daria certo. Teve fé. A fé pura e verdadeira de uma criança.


Pela manhã, ao acordar, correu para o espelho e olhou. Abriu bem os olhos e qual era a cor deles?


Bem castanhos! Como sempre haviam sido.


Bom, naquele dia, Emy aprendeu que não também era resposta. Do mesmo modo, agradeceu a Deus. Mas não entendia muito bem porque Ele não a atendeu.
Os anos se passaram. Emy cresceu e se tornou missionária, na Índia.


Entre outras atividades, ela se devotou a resgatar crianças que eram vendidas pelas suas próprias famílias, que passavam fome.


Para isso, ela precisava entrar nos mercados infantis, onde aconteciam as vendas.


Naturalmente, para as comprar para Deus, como dizia, precisava não ser reconhecida como estrangeira.


Então ela passava pó de café na pele, cobria os cabelos, vestia-se como as mulheres do local.


Desta forma, entrava nos mercados de crianças, podendo transitar tranquila, pois aparentava ser uma indiana.


Certo dia, uma amiga olhou para ela disfarçada e lhe disse: Puxa, Emy! Você já pensou como faria para se disfarçar se tivesse olhos claros como todos os de sua família?


Que Deus inteligente, não? Ele deu a você olhos escuros, pois sabia que isso seria essencial para a missão que lhe confiou.


O que a amiga não sabia é que Emy chorara muitas noites, em sua infância, por não ter olhos azuis...


* * *


Deus está no controle de tudo. Ele conhece cada lágrima que já rolou dos seus olhos.


Ele sabe que talvez você desejasse olhos de outra cor, ou cabelos mais lisos, ou encaracolados, ou mais espessos.


Não chore se os seus olhos continuam castanhos ou azuis, ou pretos, e você os deseja de outra cor.


Não se entristeça se você ainda não foi atendido como gostaria.


Tenha certeza: Deus tem o controle de tudo.


E o não de Deus, hoje, em sua vida, é o melhor para você.

Redação do Momento Espírita com base em história de autoria ignorada. Disponível no livro Momento Espírita, v.5, ed. Fep.


Disponível<http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1088&stat=3&palavras=deus%20responde&tipo=t>




Cadeias da alma


Momento Espírita



Você se considera uma pessoa livre?


Mas, afinal de contas, o que é ter liberdade?


Se pensamos que somos livres só pelo fato de não estar atrás das grades, podemos até nos dizer livres.


Mas, será que realmente somos?


Se você diz ter liberdade plena, mas se irrita quando os outros querem; se veste conforme os modistas determinam; sente ódio quando as circunstâncias pedem; usa a marca que a sociedade estabelece como sendo a melhor, e se submete a outras tantas cadeias psicológicas, você pode até dizer-se livre, mas é um encarcerado da alma.


O homem verdadeiramente livre é senhor de si, dos seus atos, da sua vontade.


Quem é livre não se submete aos vícios, nem às convenções sociais descabidas, nem cai em armadilhas preparadas para os descuidados.


A verdadeira liberdade é a liberdade da alma.


Gandhi, o homem que soube lutar pela paz, apesar de ficar detido atras das grades muitas vezes, era um homem livre, pois ninguém conseguia aprisionar-lhe a alma.


Paulo o apóstolo, mesmo jogado numa cela fétida e úmida, manteve-se sereno e senhor da sua liberdade moral.


Os homens podiam impedir que ele andasse livremente, mas jamais conseguiram deter sua liberdade de pensar e sentir.


Quando um homem é livre, não se importa com o que pensam dele nem com o que falam a seu respeito, mas sim do que fala sua própria consciência.


Os pais e mães modernos, nem sempre estão dispostos a educar os filhos para que sejam livres pois estabelecem, desde a infância, uma série de situações que tendem a fazer com que pensem pela cabeça dos outros.


Não os deixam ter as experiências de que necessitam para ser livres e por isso os fazem seus dependentes.


Dependem da mãe para escolher a roupa e o calçado que irão usar, para arrumar sua cama, para pôr ordem seus brinquedos e, às vezes, até para fazer as lições da escola.


Sim, há pais que fazem pelos filhos as tarefas que os professores lhes solicitam.
Pensando em ajudar, negam ao filho a oportunidade de se fazer verdadeiramente livre.


Outros pais fazem dos filhos cópias perfeitas dos seus ídolos da tv. Compram roupas, bolsas, calçados e outros adereços de personagens que a mídia produz, como se fossem modelos saudáveis a serem seguidos.


Não se dão conta, esses pais, que estão criando um condicionamento negativo, impedindo que as crianças desenvolvam o senso crítico.


Importante que pensemos com seriedade a esse respeito, buscando a nossa liberdade moral e ajudando os filhos a conquistar sua própria libertação.


Libertação física pela limitação dos apetites, não se deixando governar pelos instintos.


Libertação intelectual pela conquista da verdade, mantendo a mente sempre aberta.


E libertação moral pela procura da virtude.


Somente quando soubermos governar a nós mesmos com sabedoria é que poderemos nos dizer verdadeiramente livres.


***


O limite da liberdade encontra-se inscrito na consciência de cada pessoa, que gera para si mesma o cárcere de sombra e dor, ou as asas de luz para a perene harmonia .


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=150&let=C&stat=0>


sábado, fevereiro 27, 2010



Por que ter filhos?


Momento Espírita




Educar exige esforço. Que o digam os pais e, em especial, as mães que, de um modo geral, ficam mais horas com a criança. É uma tarefa árdua com certeza.


Há dias em que a irritação atinge o auge. São aqueles em que as crianças parecem ter acordado com o fiel compromisso de nos atormentar.


É em momentos assim que se pode explodir com a frase: Ai, meu Deus, por que eu fui ter filho?


A frase cai como uma bomba sobre um pequeno traquinas, esperto e disposto a todas as brincadeiras.


Ao ouvir isso ele pode se sentir rejeitado, sem lugar no mundo, responsável por uma situação que, em verdade, não criou.


É todo um conjunto de circunstâncias que nos leva a desabafar desta forma.


É a preocupação com os afazeres domésticos, os compromissos profissionais em que somos cobrados pela produtividade e desempenho.


É o dinheiro que falta para cobrir todas as despesas. E, para completar, um dia de chuva após o outro e as crianças gritando, tirando tudo do lugar, correndo pelos quatro cantos da casa, sem parar.


O desabafo tem outras maneiras de ser expressado e outros momentos também. Quando chegam as mensalidades da escola, quando nos damos conta de que há necessidade de comprar novos agasalhos, calçados, um novo livro.


De todo modo, para os filhos que ouvem, o sentimento que é passado é o de rejeição. Eles são um estorvo na vida dos pais. Um peso. Melhor fora se não tivessem nascido.


Como o fato não é isolado e único, eles ouvirão mais de uma vez essa ou aquela frase, afirmando o mesmo.


E crescerão crianças tristonhas, sentindo-se demais em todo lugar. Terão possibilidades de se tornar adultos ensimesmados, retraídos, com medo de se achegar às pessoas, por se considerarem não amados.


Em suas amizades, poderão enfrentar dificuldades, acreditando-se a mais em qualquer circunstância.


* * *


A palavra tem força criadora.


Com ela podemos produzir a ventura ou a infelicidade. Podemos construir o bom e o belo, ou a maldade.


Pensemos nisso no contato com os nossos filhos. Reflitamos antes de nos expressarmos e não nos permitamos inconsequências em nossas palavras.


As crianças devem ser educadas, receber disciplina. Para tal bastam as expressões da coerência, a explicação do bom senso, a paciência das horas.


Recordemos que até hoje as palavras do Cristo nos são repetidas diariamente, através das mensagens dos imortais, das páginas dos Evangelhos, dos exemplos dignificantes. E ainda assim, permanecemos refratários, pouco ou quase nada assimilando.


E Deus, nosso Pai, que nos criou para a alta destinação da perfeição nunca nos diz que somos um estorvo na Criação, por mais que erremos, por mais rebeldes que sejamos diante do Seu amor.


Tudo porque a mensagem da educação é de amor e de renúncia, que sabe esperar no tempo a melhoria do ser amado.


* * *


A palavra conduz a estados d'alma os mais diversos.


Pela palavra podemos iluminar caminhos em sombras, traçar veredas de segurança, acalentar quem se aninha em corpos minúsculos à busca de carinho e educação.


Pela palavra podemos criar estados de otimismo e lições de amor.


Por utilizar a palavra com sabedoria, o Senhor Jesus foi denominado o verbo Divino. Suas expressões comoveram a Terra e ensejam até hoje a elaboração de um sem número de obras que convidam a criatura ao amor.


Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais baseados no cap. 3, do livro Sol de esperança, por diversos Espíritos, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2536&stat=0>





Casa dividida


Momento Espírita




Foi Jesus que lecionou: Todo reino dividido entre si mesmo será assolado, e casa cairá sobre casa.


Todo reino dividido contra si mesmo é devastado.


Toda cidade ou casa divididas contra si mesmas não subsistirá.


Se olharmos a história da Humanidade, vamos encontrar registros de vários exemplos.


Lembramos do reino judaico que, após a morte do rei Salomão, por volta do ano 926 a.C., entrou em colapso e foi dividido em dois.


Enfraquecidos, os judeus foram destruídos e dominados por outros povos.


Se recordarmos do império romano, vamos verificar que chegou a dominar o mundo.


Roma era o centro do poder. Os romanos iniciaram sua História sob a monarquia, experienciaram a república e, novamente, o regime monárquico.


Quando o imperador Constantino se converteu ao Cristianismo, graças à visão que teve, antes da batalha da ponte Mílvio, onde alcançou o poder, resolveu mudar a capital de Roma para Bizâncio.


Muitos motivos se somaram para essa tomada de atitude. O mais especial foi a questão religiosa.


Constantino desejava uma nova cidade imperial predominantemente cristã. Bizâncio ou Constantinopla era a nova Roma.


A capital foi embelezada, cresceu, tornando-se uma das mais importantes e ricas cidades da Europa, na Idade Média.


Também o centro econômico e intelectual do mundo romano e bizantino, até sua tomada, pelos turcos, em 1453.


No entanto, ao morrer o imperador Constantino, em 337, o império romano se dividiu.


Inicialmente em três e, depois, em dois. O declínio foi a consequência natural.
Outros exemplos mais de reinos e nações divididas por lutas internas poderiam ser citados.


Mas, desejamos recordar da atenção que se faz devida às lutas que surgem no âmbito da família.


Nessa pequena e complexa nação, vemos irmãos que se antagonizam. Ou pais e filhos que entram em clima de rivalidade.


Também avós, tios, primos que se desentendem, criando rupturas familiares.


Daí em diante, ficam os familiares tomando partido de um lado ou do outro, estabelecendo querelas, desencontros, tendo cada qual a certeza absoluta de que está com a razão.


Às vezes, as questões tomam tal monta que extrapolam o ambiente doméstico, alcançando os tribunais.


A casa dividida rui.


Pensemos nisso. E preservemos o patrimônio dos afetos, estabelecendo pontos de diálogo, entendimento, compreensão.


Vale a tentativa e o esforço.


Redação do Momento Espírita, com base no cap. 11 do Evangelho de Lucas, versículos 17 e seguintes e no artigo As cidades (III) – a divisão, de autoria de Frederico Guilherme Kremer, publicado no Boletim Sei nº 2163, de 12.09.2009.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2534&stat=0>


quinta-feira, fevereiro 25, 2010



Direcione seu olhar


Momento Espírita



Recebemos, recentemente, uma poesia belíssima de autor desconhecido.


A obra de arte dizia assim:


“Quando estiver em dificuldade, e pensar em desistir: lembre-se dos obstáculos que já superou – olhe para trás.


Se tropeçar e cair, levante. Não fique prostrado: esqueça o passado – olhe para frente.


Ao sentir-se orgulhoso, por alguma realização pessoal: sonde suas motivações – olhe para dentro.


Antes que o egoísmo o domine, enquanto seu coração é sensível, socorra os que o cercam – olhe para os lados.


Na escalada, rumo às altas posições, no afã de concretizar seus sonhos, observe se não está pisando em alguém – olhe para baixo.


Em todos os momentos da vida, seja qual for sua atividade, busque a aprovação de Deus – olhe para cima!”


A simplicidade e profundidade destas poucas palavras nos ensinam muito.


Se repararmos bem, em todos os momentos de nossas vidas, há sempre alguém, algo ou alguma situação que nos traz uma lição de vida, uma receita para passar melhor os dias, uma esperança para o futuro.


A humanidade passa por um momento importante, em que muitos já conseguem vislumbrar o verdadeiro significado da existência.


Quando olhamos para os lados, veremos que o universo quer nos ensinar e deseja nos fazer mais felizes. Lembramos da sábia expressão de Goethe, afirmando que “o universo conspira a nosso favor.”


É realmente o que acontece. As leis de Deus trabalham por nossa educação. A lei de causa e efeito, a reencarnação, a lei de sociedade, de igualdade, são provas disso – de que Deus e seu universo visam nosso desenvolvimento íntimo, o aperfeiçoamento de nosso espírito.


Chances nos são dadas constantemente; convites nos são feitos a toda hora; missionários nos mostram caminhos seguros; e gestos de amor nos emocionam, provando que nosso coração, no fundo, busca o bem, a felicidade.


Esta mensagem que você ouve agora é mais uma oportunidade que a vida lhe dá. São algumas verdades lançadas ao seu coração, suavemente, para que você consiga direcionar o olhar para os reais objetivos de sua existência na terra.


Este é o momento de lançar o olhar em todas as direções, e descobrir que precisamos caminhar para frente.


É tempo de descobrir que as dificuldades continuarão a existir por algum tempo, ainda, mas que podemos encará-las de uma maneira diferente, como se fossem mãos invisíveis que visam nos colocar num caminho seguro.


***


Volte o seu olhar para aqueles que estão ao seu lado nesta existência: sua família.


Direcione o olhar para quem necessita de seu auxílio: seu próximo.


Busque olhar para dentro de si mesmo e conheça alguém muito especial: você.
E, finalmente, direcione seu olhar para o criador de tudo e de todos: Deus.


Equipe de Redação do Momento Espírita, baseado em poesia de autor ignorado pela equipe.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=195&let=D&stat=0>




A dádiva de viver


Momento Espírita



Por vezes, você caminha pela vida com o olhar voltado para o chão, pensamento em desalinho, como quem perdeu o contato com sua origem Divina.


Olha, mas não vê... Escuta, mas não ouve. Toca, mas não sente...


Perdido na névoa densa, que envolve os próprios passos, não percebe que o dia o saúda e convida a seguir com alegria, com disposição, com olhar voltado para o horizonte infinito, que lhe acena com o perfume da esperança.


Considere que seu caminhar não é solitário e suas dores e angústias não passam despercebidas diante dos olhos atentos do Criador, que lhe concede a dádiva de viver.


Sua vida na Terra tem um propósito único, um plano de felicidade elaborado especialmente para você.


Por isso, não deixe que as nuvens das ilusões e de revoltas infundadas contra as leis da vida tornem seu caminhar denso e lhe toldem a visão do que é belo e nobre.


Siga adiante refletindo na oportunidade milagrosa que é o seu viver.Inspire profundamente e medite na alegria de estar vivo, coração pulsante, sangue correndo pelas veias e você, vivo, atuante, compartilhando deste momento do mundo, único, exclusivo. E você faz parte dele.


Sinta quão delicioso é o aroma do amanhecer, o cheiro da grama, da terra após a chuva, do calor do sol sobre a sua cabeça ou da chuva a rolar sobre sua face.


Sinta o imenso prazer de estar vivo, de respirar. Respire forte e intensamente, oxigenando as idéias, o corpo, a alma.


Sinta o gosto pela vida. Detenha-se a apreciar as pequeninas coisas que dão sentido à vida.


Aquela flor miúda que, em meio à urze sobrevive linda, perfumosa, a brilhar como se fosse grande.


Sinta-se vivo ao apreciar o voo da borboleta ou do pássaro à sua frente.Escute os barulhos da natureza, a água a escorrer no riacho ou simplesmente aprecie o céu, com suas nuvens a formar desenhos engraçados, fazendo e desfazendo-se sob seus olhos.


Quão maravilhosa é a vida!


Mas, se o céu estiver escuro e você não puder olhá-lo, detenha-se no micro- universo, olhe o chão.


Quanta vida há no chão...


Minúsculos seres caminhando na terra, na grama...


A formiga na sua luta diária pela sobrevivência...


A aranha, a tecer sua teia caprichosamente e tantas coisas para ver, ouvir, sentir, cheirar, para fazer você sentir-se vivo.


Observar a natureza é pequeno exercício diário que fará você relaxar, esquecer por instantes as provas, ora rudes, ora amenas, que a vida nos impõe.Somos caminhantes da estrada da reencarnação somando, a cada dia, virtudes às nossas vidas ainda medíocres mas que se tornarão luminosas e brilhantes.


Aprenda a dar valor à dádiva da vida. Isso fará o seu dia se tornar mais leve e, em silêncio, sem palavras, sem pensamentos de revolta, você terá tido um momento de louvor a Deus.


Aprenda a silenciar o íntimo agitado e a beneficiar-se das belezas do mundo que Deus lhe oferece.


A sabedoria hindu aprecia, na natureza, o que Deus desejou para ela: que fosse aliada do homem no seu progresso, oferecendo o alimento, dando-lhe os meios de defender-se das intempéries.


E, sobretudo, sendo o seu colírio diário suavizando as aflições da vida.



Pense nisso, e aprenda a dar graças pela dádiva de viver.


Redação do Momento Espírita, com base em mensagem do Espírito Stephano, psicografia de Marie-Chantal Dufour Eisenbach, na Sociedade Espírita Renovação, em junho de 2005.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1261&let=D&stat=0>




A decisão


Momento Espírita



Charles Chaplin não foi somente um grande comediante, criativo, que nos legou peças raras do cinema. Soube legar mensagens de piedade, de compaixão, mesmo numa época em que o cinema ainda era mudo.


Servindo-se da possibilidade que detinha, criou o personagem “Carlitos”, doce, ingênuo e trapalhão, tudo ao mesmo tempo. Contudo, com um detalhe indiscutível: uma imensa capacidade de amar.


Sabendo tecer críticas sem se tornar agressivo, Charles Chaplin legou ao mundo um acervo considerável de peças cinematográficas, até hoje vistas e revistas.


Mas, não somente fez cinema. Como ser humano, desde cedo, sofreu muito, vivenciando na infância a dor da orfandade paterna e a doença mental de sua mãe.


Triunfando, apesar de todas as adversidades, ele escreveu belas páginas, e uma delas fala exatamente em como superar os obstáculos da vida. Chama-se: a decisão, e diz assim:


“Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer, antes que o relógio marque meia-noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.”


Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.


Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.


Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.


Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria, ou posso ser grato por ter nascido.


Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.


Posso sentir tédio com as tarefas da casa ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.


Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.


Se as coisas não saíram como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.


O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.


E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende de mim.


***


Você já parou para pensar em como pode decidir pela sua felicidade ou infelicidade, a cada dia?


Já se deu conta de que tudo depende da forma como você encara o que acontece?


Há tantos momentos na sua vida, que você desperdiça, e passa na inutilidade ou na reclamação.


Momentos que podem se transformar em aflições ou em alegrias.


Num momento você pode resolver vencer ou se entregar à derrota; libertar-se das velhas fórmulas de queixas ou prosseguir acabrunhado e triste.


Lembre-se: a cada segundo você pode decidir o momento seguinte. Por isso, resolva-se pela escolha da melhor parte, porque este é o seu momento de decisão.

Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir de mensagem de autoria atribuída a Charles Chaplin, denominada “A decisão” e do livro Momentos de decisão, de Divaldo Franco, ed. LEAL.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=194&let=D&stat=0>


quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Tela de Renoir



QUANDO ME AMEI DE VERDADE


Kim McMillen e Alison McMillen



Quando me amei

de verdade

compreendi que

em qualquer circunstância

Eu estava no lugar certo...

Na hora certa...

No momento exato...

Então, pude relaxar.

Hoje sei

que isso

tem nome:
AUTO ESTIMA



Quando me amei

de verdade

pude perceber

que a minha angústia

e sofrimento emocional

não passam de um sinal

de que estou indo

contra as minhas verdades.
Hoje sei
que isso

é...
AMADURECIMENTO



Quando me amei

de verdade

comecei a perceber

como é ofensivo forçar

alguma situação ou alguém

apenas para realizar

aquilo que desejo

mesmo sabendo

que não é o momento

ou a pessoa não está preparada,

inclusive eu mesmo.
Hoje sei

que o nome disso é...
RESPEITO


Quando me ameide verdade

comecei a me livrar de tudo

que não fosse saudável...

pessoas, tarefas,tudo e qualquer coisa

que me colocasse para baixo.

De início,minha razão chamou

essa atitude de egoísmo.
Hoje sei

que se chama...

AMOR PRÓPRIO.



Quando me amei

de verdade

deixei de temer

meu tempo livre

e de fazer grandes planos

abandonei os projetos

megalômanos de futuro.

Hoje faço o que acho certo,o que gosto, quando quero

e no meu próprio ritmo.
Hoje sei

que isso

é...
SIMPLICIDADE



Quando me amei

de verdade

desisti de querer

ter sempre razão

e com isso errei muito menos vezes.
Hoje descobri

a...
HUMILDADE



Quando me amei
de verdade

desisti de ficar

revivendo o passado

e de me preocupar

com o futuro.

Agora, me mantenho no presente,

que é onde a vida acontece.

Hoje vivo um dia de cada vez.
Isso

é...
PLENITUDE



Quando me amei

de verdade

percebi que a minha mente

pode me atormentar

e me decepcionar.

Mas quando eu a coloco

a serviço do coração

ela se torna uma grande

e valiosa aliada.
Tudo isso

é...
SABER VIVER!



Kim McMillen e Alison McMillen:: Do livro: Quando me amei de verdade::Ed.Sextante.

terça-feira, fevereiro 23, 2010




Aprendizes da evolução


Momento Espírita



Os teus são problemas iguais aos de todas as pessoas.


Por mais te creias infeliz, há outros que se encontram em leitos de maiores dores ou que estão encurralados em sombras mais espessas.


Mesmo que teimes em ignorar, desfilam ao teu lado na passarela da ilusão os campeões do infortúnio. Brilham nas disputas sociais os ases do sofrimento, sob cargas de desespero que não suportarias.


Os teus são os problemas do quotidiano, que todos experimentam, mas que se avolumam e agravam por leviandade ou rebeldia da tua parte.


Não desconheces que o renascimento é condição inadiável, e que ele é exigido a todos os Espí­ritos endividados para benefício deles mesmos.


Não se trata de punição. É precioso auxílio que lhes faculta liberação dos pesados débitos contraídos nos dias da ignorância.


Nenhum de nós tem estado isento de ressarcir...


Desertores da conduta reta, somos o que merecemos.


A exceção única é Jesus, nosso Modelo e Guia. Mesmo assim, Ele enfrentou pro­blemas sobre problemas até o triunfo na res­surreição.


* * *


A semente que se beneficia e se desdobra no solo fértil enfrenta o problema da terra que a esmaga.


O rio cantarolante, que esparze linfa preciosa para a manutenção da vida, experimenta o problema do leito em que corre.


A ave, que chilreia e adorna a natureza, padece o problema da subsistência e do agasalho.


A flor, que aromatiza, sofre o problema do in­seto que lhe suga a vitalidade e a fecunda com outro pólen.


A vida em todas as manifestações é uma suces­são de testes e exames a que são submetidos os aprendizes da evolução.


Evitemos, assim, as queixas descabidas, que muitas vezes não consideram a dor profunda do próximo desgraçado, enveredando pelos caminhos egoístas da autocomiseração.


A Terra é campo de provas, e não jardim de gozos sem fim.


Não estamos aqui para desfrutar simplesmente, como viajante em férias que se aparta momentaneamente de suas obrigações corriqueiras.


A Terra é escola bendita e necessária - não esqueçamos disso.


* * *


Toda vez que uma grande prova se aproximar, lembremo-nos de nos preparar para ela.


Respirar fundo, meditar, orar. São recursos que temos para saber agir nesses momentos de dificuldade.


É nesses momentos que precisamos recordar de tudo que a religião que abraçamos nos fornece. É nesses instantes que devemos colocar em prática o que aprendemos na teoria das palestras, dos estudos.


Evitar o desespero, o pânico - eis o primeiro passo.


Evitar a reação direta, impensada, simplesmente emocional eis o segundo.


Todo problema apresenta solução. Talvez nós tenhamos dificuldade em enxergá-la, num primeiro momento - o que é compreensível - mas, saibamos que ela existe.


Todo problema, toda crise é chance de aprendizado. Sempre temos a chance de sair maiores do que entramos, quando numa experiência grave.


Confia em Deus. Confia em Suas Leis. Confia nas forças que teu próprio coração guarda, e decide: Serei vencedor!


Recorda de Jesus proclamando:


No mundo terei tribulações. Mas, tende bom ânimo, eu venci o mundo.


Redação do Momento Espírita, com citações do cap. 22 do livro Florações evangélicas, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2364&let=A&stat=0>





Consciência de culpa


Momento Espírita



A consciência de culpa atinge o mundo íntimo da criatura, na qualidade de um autêntico flagelo.


A partir do momento em que se instala, desequilibra as emoções e pode levar à loucura.


A consciência pesada evidencia uma certa imaturidade psicológica, pois denota que a pessoa agiu em descompasso com seus valores ou ideais, ou o fez sem refletir, em um rompante.


O indivíduo por vezes se permite comportamentos incorretos, que lhe agradam às sensações, para posteriormente se auto-punir, entregando-se a arrependimento estéril.


A ciência dos erros passados pune com rudeza o infrator, perante si próprio, mas não o corrige para o futuro.


O cumprimento de uma penitência, embora constitua evento doloroso, nada repara e por isso não traz a plenitude psicológica curativa promovida pelas ações positivas.


O que foi feito não mais pode ser impedido ou evitado.


Disparada uma flecha, ela segue seu rumo.


Se uma ação foi ruim, o importante é reparar os danos que causou.


Todo homem que se considera fraco, não desenvolvendo esforços para fortalecer-se, torna-se de fato débil de forças.


É um sinal de covardia e infantilidade justificar um erro com autoflagelação, sem sanar as conseqüências, tornando a ele na primeira oportunidade, sob a alegação de fraqueza.


É nobre assumir o próprio equívoco, meditar serenamente sobre ele, arcar de forma corajosa com seus efeitos e repará-los do modo mais perfeito possível.


O difícil processo de reverter os resultados de um ato indigno tende a ser eficiente antídoto para novas experiências.


Tome-se o exemplo de uma mulher que voluntariamente faz um aborto.


Sua consciência pesa e ela pode desenvolver neuroses variadas, mantendo a mente focada no agir equivocado, a essa altura irremediável.


Mas essa mulher também pode, de modo muito mais proveitoso, dedicar as horas de seu tempo dispensando amor e cuidados a crianças órfãs.


Ela teve a desdita de rejeitar o filho que Deus, em sua infinita sabedoria, lhe confiou, mas nada a impede de adotar, por filhos do coração, os pequenos desamparados do mundo.


O tempo aplicado nessa tarefa é infinitamente mais útil do que se for perdido em lamentações.


Além de desempenhar, de certa forma, a missão materna que lhe estava destinada, o contato com a infância desvalida pode sensibilizá-la para as inefáveis bênçãos da maternidade.


Tudo isso tem o condão de funcionar como medida preventiva de novos desatinos.


Por outro lado, o remorso inativo e estéril, ao desequilibrar a personalidade abre as portas para os mais diversos equívocos, dos quais nada de bom resulta.


A partir do momento em que se elege como meta uma vida de paz, com a consciência tranqüila, há um preço a ser pago: a perseverança no dever.


Dignidade, harmonia, equilíbrio entre consciência e conduta não ocorrem ao acaso e nem se podem improvisar.


Tais virtudes devem ser conquistadas no dia-a-dia, mediante seu perseverante exercício.


Mas, em face de dificuldades para agir corretamente, por uma atitude viciosa encontrar-se muito arraigada, há sempre um derradeiro recurso: a oração.


***


Deus dispõe de infinito manancial de paz, sempre à disposição de suas criaturas, desde que estas o busquem com sinceridade e fervor.


O homem manifestando a firme intenção de resistir ao mal, a divindade por certo o fortalecerá no bem, pois foi o próprio Cristo quem afirmou: “pedi e obtereis”.


Equipe de Redação do Momento Espírita com base no capítulo IX do livro Momentos de Saúde, do Espírito Joanna de Ângelis, mediante a psicografia de Divaldo Pereira Franco.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1143&let=&stat=0>




Significado da vida


Momento Espírita


Você já se perguntou qual o significado da sua vida? Para que você vive, trabalha, corre tanto, educa filhos, estuda, e tantas outras coisas?


Muitos de nós pouco paramos para pensar nessas coisas. Ou por falta de hábito ou por imaginar que não vale a pena parar para pensar nessas questões, e apenas vamos seguindo.


Seguimos buscando saciar necessidades básicas, preocupados com o comer, o dormir, o sustento próprio e o sustento dos seus, como se cada vida tivesse apenas um significado fisiológico e nada mais.


Vivendo assim, qual a diferença que haverá entre nossa vida e a vida dos irracionais?


Eles também se preocupam com essas questões.


A vida é valiosa demais para se restringir somente ao que diz respeito ao corpo, às necessidades do corpo ou aos prazeres a ele vinculado.


Como temos uma natureza espiritual, há a necessidade de se buscar um significado para a vida, que diga respeito também às questões da alma.


Não somos feitos somente de um corpo físico. Habitamos um corpo físico a fim de levar a cabo nossa experiência terrena.


Nossa alma preexistia antes do nosso corpo ser formado no ventre materno, assim como continuará a existir após o processo da morte desse corpo.


Assim, durante esse período em que estamos aqui em nosso planeta, vivenciando mais uma vez a experiência de estarmos reencarnados, não podemos esquecer nossa essência, sob pena de imputarmos, a nós mesmos, dificuldades maiores.


Quando os momentos de decisões graves na vida se fizerem, quando os dias de desafios chegarem, antes de optar por algum caminho, antes de definir ações, levemos em consideração as coisas da alma.


Jamais pautemos nossa vida somente pelas coisas que brilham aos olhos, esquecendo das que falam à alma.


Em um mundo onde as preocupações do ter muitas vezes são maiores do que as do ser, é necessário refletir qual efetivamente é o significado de estar vivendo, de estar reencarnado.


Jesus nos alerta a respeito, recomendando não nos preocuparmos com juntar tesouros que a ferrugem corrói, ladrões levam ou traças comem mas, sim, buscar tesouros que possamos guardar na intimidade do coração.


* * *


Quais os valores que elegemos para nossa vida?


A resposta a essa pergunta dirá qual o significado que damos a ela.


É sabedoria pautar a vida com a ponderação de quem sabe que está no mundo, porém a ele não pertence, posto que a morte nos levará de retorno à verdadeira pátria, o mundo espiritual.


Desta forma, vigiemos as fontes do nosso coração, para que lá possamos encontrar valores e estruturas para alimentar e cuidar não somente do corpo físico, mas sobretudo da alma, fonte verdadeira da vida.


Redação do Momento Espírita


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2531&stat=0>


segunda-feira, fevereiro 22, 2010



Semeie a alegria


Para viver bem...


Reflita.


A Lei de Ação e Reação, muito conhecida dos espíritas e dos adeptos de várias religiões, deve ser entendida na sua amplitude.


A misericórdia divina é infinita e dá, a casa um de nós, por intermédio da reencarnação, a oportunidade de reconstruir o que, por vezes, destruímos no passado.


Adotando a fraternidade como norma de conduta, moldaremos, no presente, um futuro melhor.


Não é maravilhoso?


Se você quer vivenciar a paz, a harmonia, a saúde, a felicidade, plante essas sementes em outros corações.


Agindo assim, desde já estará preparando a farta colheita do futuro.


Humberto Pazian - Texto extraído do livro Para viver bem... página 156-Editora Petit



Conquistas


Momento Espírita



Em seu livro “O coração de um campeão”, Bob Richards, detentor de algumas medalhas olímpicas, fala da importância de se acreditar nos sonhos e lutar por eles.


E, para ilustrar, narra um episódio acontecido com o famoso atleta Charley Paddock.


Certo dia, Paddock fazia uma palestra num ginásio de Cleveland, e a certa altura disse: “quem sabe, talvez, haja aqui alguém que um dia vá ganhar provas numa olimpíada.”


Encerrada a assembléia dos alunos, aproximou-se dele um jovem negro, magricela, de pernas finas, que estivera sentado ao fundo do salão, e lhe disse timidamente: “eu daria tudo para ganhar uma corrida importante algum dia.”


Paddock olhou para ele e respondeu calorosamente: “e você pode, meu filho. Basta que faça disso sua meta de vida e dê tudo de si para alcançá-la.”


E em 1936, aquele jovem, cujo nome era Jessie Owens, ganhou várias medalhas de ouro nas olimpíadas de Berlim, e quebrou diversos recordes.


Adolf Hitler, ao saber de seu maravilhoso desempenho, ficou furioso, pois a realização do sonho daquele jovem, representou um duro golpe para o louco sonho do ditador, de criar uma raça ariana superior.


Quando Jessie Owens voltou para os Estados Unidos teve uma recepção festiva nas ruas. Naquele dia, outro rapazinho negro, de pernas finas, conseguiu comprimir-se entre a multidão, chegou perto dele e disse: “eu gostaria muito de correr numa olimpíada quando crescer!”


Jessie lembrou-se do que lhe acontecera, apertou a mão do garoto e respondeu: “sonhe alto, meu filho. E dê tudo de si para chegar lá.”


Em 1948, era o rapazinho, Harrison Dillard que ganhava medalhas de ouro nos jogos olímpicos daquele ano.


Por sua vez, um estudante, entusiasmado com tudo isso, estava treinando o salto em altura, preparando-se para um campeonato estadual. Após cada salto, seu técnico elevava um pouco mais o sarrafo.


Afinal ele colocou na altura do recorde da prova. O rapaz protestou: “ah, não. Como é que vou saltar essa altura?” Ao que o treinador replicou: “atire o coração por cima do sarrafo e seu corpo irá junto.”


***


Todos os que lutam, reconhecem que os sonhos têm força propulsora. Por isso, restaure os sonhos que se frustraram, realize os que ainda não foram realizados e reformule os sonhos com defeito.


Sobretudo, não esqueça que se você tem capacidade para conquistar os seus sonhos, também tem a força de vontade necessária para reformular o seu caráter.


Pense nisso, e aja ainda hoje, enquanto é tempo!


Invista em você mesmo!

Equipe de Redação do Momento Espírita.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=158&let=&stat=0>


domingo, fevereiro 21, 2010



Vibrações compensadas

Martins Peralva

Sintonia significa, em definição mais ampla, enten­dimento, harmonia, compreensão, ressonância ou equiva­lência.


Quando dizemos que «Fulano sintoniza com Beltra­no», referimo-nos, sem dúvida, ao perfeito entendimento entre ambos existente.


Sintonia é, portanto, um fenômeno de harmonia psí­quica, funcionando, naturalmente, à base de vibrações.


Duas pessoas sintonizadas estarão, evidentemente, com as mentes perfeitamente entrosadas, havendo, entre elas, uma ponte magnética a vinculá-las, imantando-as profundamente.


Estarão respirando na mesma faixa, intimamente associadas.


Estudemos o assunto à luz do seguinte diagrama:


SINTONIA, RESSONÂNCIA, VIBRA­ÇÕES COM­PENSADAS

Sábios = {ideais superiores, assuntos transcendentes = {ciência, filosofia, religião, etc.

Índios = {Objetivos vulgares, assuntos triviais. = {caça, pesca, lutas, presentes, etc.

Árvores = {Maior vitalidade, melhor produção. = {Permuta dos princípios germinativos quando colocadas entre companheiras da mesma espécie.

Pelo exame desse esquema, notaremos que tudo den­tro do Universo, por conseguinte dentro do nosso orbe, funciona e movimenta-se na base da sintonia, ou seja, da mútua compreensão.


Exemplifiquemos: o sábio, de modo geral, não se detém, indefinidamente, para trocar idéias sobre assuntos transcendentes com o homem rude do campo, nada fa­miliarizado com questões científicas ou artísticas, que demandam longos estudos.


Seria rematada tolice afirmar-se que o astrônomo, o físico, o jurisconsulto, o matemático, o biologista ou o cientista consagrado a problemas atômicos possam en­contrar, no índio ou no homem inculto, elemento ideal para as suas tertúlias.



Os seus companheiros de pales­tras serão, sem dúvida, outros sábios.


A seu turno, o silvícola das margens de Kuluene preferirá, sem dúvida, entender-se e confabular com os companheiros de taba que lhe falam da pesca ou da caça, das próximas incursões ao acampamento inimigo ou de espelhos, facões e ornamentos que as expedições civilizadoras possam levar-lhe aos domínios.


O assunto foi aclarado pelo instrutor Albério, no capítulo Estudando a Mediunidade.Neste capítulo, procuramos, apenas, torná-lo ainda mais compreensível ao entendimento geral, extraindo, por fim, as conclusões de ordem moral cabíveis, considerando a finalidade sobretudo evangélica do presente trabalho.


Esclarece, o referido instrutor, que as próprias ár­vores não prescindem do fator sintonia.Serão dotadas de maior vitalidade e produzirão mais, se colocadas ao lado de companheiras da mesma espécie. Exemplo: Plan­tando-se laranjas entre abacaxis ou jaboticabas, as la­ranjeiras produzirão menos do que se a plantação fosse só de sementes de laranja, formando um laranjal.A permuta dos princípios germinativos assegura-lhes robustez e verdor, garantindo-lhes, consequente­mente, frutificação mais abundante.


Como notamos, o problema da sintonia não está ausente das próprias relações no reino vegetal.Uma árvore precisa de outra ao lado, da mesma espécie, para que ambas, reciprocamente alimentadas, se cubram de folhas viçosas e flores mais belas e, dentro da função que lhes é própria, embelezem a Natureza, enriqueçam e nutram o homem.


Acentuando tal fato, o irmão Albério, prelecionando magistralmente, recorre, com sabedoria, à mecânica ce­leste, para demonstrar que idênticos princípios magné­ticos regem também as relações do mundo cósmico, sem dúvida não apenas na órbita planetária terrestre, mas noutros planos, mais ou menos evolvidos.


Vamos dar a palavra ao esclarecido mentor:


“Cada planeta revoluciona na órbita que lhe é assinalada pelas leis do equilíbrio, sem ultrapassar as linhas de gravitação que lhe dizem respeito.”


Demonstrado, assim, de forma irretorquível, que em tudo funcionam e operam, invariàvelmente, o fator «Sin­tonia e o elemento (ressonância), recordemos, ainda com o instrutor Albério, o aspecto de maior relevân­cia, consubstanciado na interdependência entre as almas, encarnadas ou desencarnadas, no tocante ao problema evolutivo.


Há grupos de Espíritos, ou consciências, evoluindo simultaneamente.


Alimentam-se reciprocamente.


Nutrem-se mutuamente.


Fortalecem-se uns aos outros, em verdadeira «com­pensação vibratória».


As vezes, tais Espíritos se vêem privados da indes­critível felicidade de prosseguirem, juntos, a mesma mar­cha, por desídia de alguns.


É que os preguiçosos vão ficando para trás, à ma­neira de alunos pouco aplicados, que perdem de vista, por culpa própria, os estudiosos.


Não podem acompanhar aqueles que, em virtude de notas distintas e merecidas, nos exames finais, são na­turalmente transferidos para cursos mais adiantados.


Bem sabemos que a Terra é o Grande Educandário. É bem verdade que, quando há muito amor no co­ração dos que progrediram mais ràpidamente, embora recebessem as mesmas aulas e estivessem submetidos à mesma disciplina, o espírito de abnegação e renúncia fá-los retroceder, em tarefas sacrificiais, a fim de esten­derem as mãos, plenas de luz, às almas queridas que, invigilantes, se perderam nos escuros labirintos da in­dolência.


Esperar, todavia, cômodamente, tal amparo, ao pre­ço de tremendos sacrifícios dos mensageiros do bem, seria reprovável conduta.


A Doutrina Espírita, exaltando o esforço próprio, dignifica a pessoa humana. Converte-a num ser respon­sável e consciente que, esclarecendo-se, deseja e procura movimentar, sob a égide santa e abençoada do Senhor da Vida, as próprias energias, os próprios recursos evolutivos latentes no Íntimo de todo ser humano.


Em virtude de impositivos superiores, a que não conseguem fugir, muitos instrutores espirituais se vêem compelidos a abandonar, temporariamente ou em defini­tivo, os seus tutelados, especialmente os que imprimiram à própria vida, nos labores renovativos, o selo da irresponsabilidade e da má vontade, em lastimável desapreço aos talentos que Jesus lhes confiara.


Os médiuns, portanto, que desejam, sinceramente, enriquecer o coração com os tesouros da fé, a fim de ampliarem os recursos de servir ao Mestre na Seara do Bem, não podem nem devem perder de vista o fator «autoaperfeiçoamento».


Não devem perder de vista os estudos doutrinários, base do seu esclarecimento.


Não podem, de forma alguma, deixar de nutrir-se com o alimento evangélico, tornando-se humildes e bons, devotados e convictos, a fixa de que os modestos encar­gos mediúnicos de hoje sejam, amanhã, transformados em sublimes e redentoras tarefas, sob o augusto patrocínio do Divino Mestre, que nos afirmou ser o pão da vida» e a «luz do mundo».


Abnegação e perseverança, no trabalho mediúnico, mantêm o servidor em condições de sintonizar, de modo permanente, com os Espíritos Superiores, permutando, assim, com as forças do Bem as divinas vibrações do amor e da sabedoria.


Estabelecida, pois, esta comunhão do medianeiro com os prepostos do Senhor, a prática mediúnica se consti­tuirá, com reais benefícios para o médium e o agrupa­mento onde serve, legítima sementeira de fraternidade e socorro.


PERALVA, Martins .Estudando a mediunidade.