Minutos de Paz !

sábado, abril 29, 2017

A poesia da vida - Momento Espírita






A poesia da vida


O poeta adquiriu um pedaço de terra em plena serra. 


Um lugar para sonhar. 


Para fazer poesia, escrever, inebriar a alma.


Não pretendeu mexer em nada. 


Deus, afinal, fizera tudo tão bonito: o regato de água cristalina descendo do alto da serra, por entre pedras, formando cachoeiras e remansos gelados.


Samambaias, avencas, brincos de princesa em profusão. 


Campos verdes, bordados de flores minúsculas. 


Também enormes araucárias, com sua casca rugosa, onde cresciam bromélias.


Um pedaço do céu cheio de beleza e vida.


Mas, nesse belo lugar, havia um morro de terra ruim. 


Tão ruim que até o capim protestava e não crescia.


O poeta olhou para aquela terra, aparentemente imprestável, e resolveu dar uma mãozinha para a natureza.


Pensou que poderia plantar araucárias. 


Uma mata cheia de pinheiros, com suas copas altivas, braços erguidos ao céu, como a pedir bênçãos.


Consultou as pessoas do lugar. 


Ninguém aprovou sua ideia. 


Imagine. 


Plantar araucárias. 


Elas levam muito tempo para crescer.


Como o poeta não era tão jovem, disseram-lhe que, com certeza, ele nem chegaria a ver os pinheiros crescidos.


Além do mais, não se pode cortar araucária. 


Ela é protegida por lei. 


Cortar uma árvore dessas é crime.


E para que plantar árvores se não puderem ser cortadas? 


Afinal, somente cortadas é que elas valem dinheiro, podem ser vendidas.


Aconselharam ao poeta plantar eucaliptos. 


Eles crescem rápido. 


Dão lucro, a partir do terceiro ano.


O poeta voltou para sua casa. 


Ninguém o tinha entendido. 


Descobriu que ele e os seus vizinhos eram de mundos diferentes.


Ele era um ser da floresta, sem pressa, como as sementes colocadas no solo. 


Os seus vizinhos pensavam em coisas rápidas, em dinheiro no banco, em lucros.


Ele desejava desfrutar o espetáculo colorido e perfumado da floresta exuberante.


Ver, cheirar. 


É tudo que queria.


Eles só tinham em mente o comércio, os negócios.


Por isso um eucalipto que pode ser cortado em três anos é muito mais importante do que uma araucária que não pode ser cortada nem em cinquenta anos.


E o poeta ficou a refletir que os homens que só pensam no lucro, perderam o sentido e a beleza da vida.


Recordou dos que olham para uma imensa floresta de sequoias e acham um terrível desperdício aquela propriedade habitada somente por árvores.


No seu conceito de lucro, muito melhor seria queimar a floresta toda e transformá-la em condomínio luxuoso.


Por tudo isso, o poeta resolveu mesmo plantar araucárias. 


Se ele chegará a vê-las crescidas ou não, não importa.


Importa que ele semeou esperança e vida que poderão alegrar outros olhos e corações, no futuro.


*   *   *


Onde estiver o seu tesouro, ensinou Jesus, aí estará seu coração.


Nosso coração está na vida, na beleza ou no lucro?


Desejamos uma terra pródiga de maravilhas onde nossos filhos possam viver e se encantar, respirar ar puro ou simplesmente um lugar para usufruir todo o possível, rápida e velozmente?


Dependendo da nossa resposta, decidiremos se plantaremos araucárias ou eucaliptos na terra e em nosso coração.




Redação do Momento Espírita, com base no cap. 4, pt. 3, do livro Um céu numa flor silvestre, de Rubem Alves, ed. Verus. Disponível em www.momento.com.br

quinta-feira, abril 27, 2017

Não somos uma ilha - Momento Espírita




Não somos uma ilha


Em tudo que fazemos afetamos as pessoas de três modos: alteramos o seu tempo, a sua memória e as suas reações.


Os mínimos comportamentos podem interferir na História da Humanidade.


Quando um índio, em uma tribo isolada da Amazônia, abate um pássaro, ele afeta a História.


O pássaro não porá ovos, que não serão chocados e não gerarão descendentes. 


Isso afetará o consumo das sementes, dos predadores e toda a cadeia alimentar.


Afetará o ecossistema, a biosfera terrestre. 


A ausência do pássaro abatido afetará o processo de observação dos biólogos, interferindo em suas pesquisas, seus livros, suas universidades e a sociedade.


Quando um aluno tem problemas na leitura, perante uma classe e é obrigado a repetir, muitas vezes, o mesmo trecho, sob o deboche dos colegas, registra a experiência.


Isso pode transformar-se em um bloqueio da sua inteligência. 


Pode gerar gagueira, insegurança, afetando de forma drástica seu futuro como pai e como profissional.


Eventualmente, poderá nunca mais conseguir falar em público.


Uma pessoa que se suicida altera o tempo dos amigos e dos parentes.


Ela despedaçará a emoção e a memória deles. 


Terão lembranças tristes, pensamentos perturbadores que afetarão as suas histórias.


Consequentemente, cada um deles interferirá na história de outras pessoas, alterando o futuro da sociedade.


Quando Hitler se mudou para Viena, em 1908, tinha o objetivo de se tornar um pintor.


Rejeitado pelo professor da Academia de Belas Artes, ele teve afetada a sua afetividade, a sua emotividade.


Tudo isso influenciou sua compreensão do mundo, suas reações, sua luta no partido nazista, sua prisão e seu livro.


O processo interferiu na Segunda Guerra Mundial, afetando a Europa, o Japão, a Rússia, os Estados Unidos.


Os rumos da Humanidade foram alterados.


É possível que, se Hitler tivesse sido aceito na Escola de Belas Artes, tivéssemos um artista plástico medíocre. 


Mas não um dos maiores sociopatas da História.


Não que a sociopatia de Hitler seria resolvida pelo seu ingresso nas artes, mas poderia ter sido abrandada. 


Ou até mesmo deixado de se manifestar.


Não somos uma ilha. 


Somos uma grande família. 


Uma única espécie.


Dessa forma, cada um de nós é responsável, em maior ou menor proporção, pela violência do mundo, pelo terrorismo, pela fome.


O que fazemos influencia as pessoas que influenciam outras, que alimentam os sistemas e desencadeiam reações.


Somos mutuamente afetados pelas reações uns dos outros.


Assistir a um filme, conversar com um amigo, elogiar alguém, promover um ato cívico, auxiliar a outrem, acolher uma criança, pode mudar pouco ou muito o curso de nossas vidas.


*   *   *


O que fazemos afeta a nossa vida e a de outras pessoas.


Pensemos, assim, em tudo que dizemos e façamos.


Em meio a um incêndio, podemos usar nosso verbo para acalmar as pessoas ou para aumentar o desespero.


Da nossa forma de agir poderão resultar muitas mortes ou muitas vidas salvas.


Pensemos nisso, antes de agir, no próximo minuto.


Somos responsáveis pelo mundo.




Redação do Momento Espírita, com base no cap. 11,  do livro O futuro da Humanidade – a saga de  Marco Polo, de Augusto Cury, ed. Sextante. Disponível em www.momento.com.br.

sábado, abril 22, 2017

Jesus Cuidando de Você: Cuidar do Corpo e de Espírito





Queridos amigos, convido vocês a assistirem esse vídeo , com o qual a querida expositora Yasmin Madeira, do Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo: Recanto da Prece,  nos contempla com imensos ensinamentos referentes ao corpo e a alma e finaliza com uma linda Visualização para Tratamento do Corpo e da Alma. Assistam, divulguem e assim estaremos sendo Canais de Luz na Terra.

terça-feira, abril 18, 2017

Todos somos amados - Momento Espírita





Todos somos amados



A experiência de quase morte, chamada EQM, do neurocirurgião norte-americano, que retornou de um coma considerado irreversível, após sete dias, é bastante peculiar.


Segundo Dr. Raymond Moody, Jr., que estuda esse fenômeno há mais de quatro décadas, é a mais impressionante de todas.


Dr. Eben Alexander era um cético. 


Sempre que ouvia os relatos de seus pacientes a respeito do que haviam visto e quem haviam encontrado, enquanto em coma, acreditava ser pura fantasia.


Quando ele foi acometido por uma meningite das mais graves, que quase o levou à morte, ele mesmo viu, ouviu e contatou criaturas de uma outra dimensão.


Isso fez com que modificasse seus conceitos a respeito de Deus, da existência do Espírito imortal, de uma vida que existe, plena, intensa, além daquela simplesmente material.


E teve que se habituar com o olhar de espanto e incredulidade dos colegas, toda vez que relata a sua experiência.


Contudo, havia algo que inquietava o neurocirurgião. 


Nas suas leituras pós-coma, ele descobrira que todos se referiam ao encontro com as pessoas mortas que haviam conhecido em vida.


No entanto, ele não encontrara nenhum conhecido. 


E o que mais o incomodava é que ele teria adorado ter visto seu pai adotivo, que morrera quatro anos antes.


Por que ele não estava lá, para consolá-lo, para confortá-lo como acontecia com todos os pacientes em coma?


Ele tivera contato mas não com quem ele mais desejara. 


Seu contato maior fora sempre, naqueles sete dias, com uma menina de rosto angelical.


Ela o confortava, sua presença era agradável. 


Porém, ele tinha certeza de que não a conhecia.


Isso era uma frustração. 


Se o encontro com um amigo ou familiar da Terra era o que mais deixava marcas após a experiência, por que ele estivera com uma garota desconhecida e não com seu pai, a quem tanto amava?


Dr. Eben tinha um problema com baixa autoestima por ter sido abandonado ainda bebê. 


Ele se sentia como jogado fora, apesar do empenho da sua família adotiva para curar essa tristeza com o seu amor.


Por isso, ter estado com seu pai durante a experiência teria sido muito importante.


Quatro meses depois de sair do hospital, ele recebeu de sua irmã biológica, a quem encontrara há pouco tempo, uma foto.


Era da irmã de ambos, chamada Betsy, que morrera sem que nunca ele a tivesse conhecido.


A foto a mostrava num belo pôr do sol, com um longo cabelo castanho, olhos azuis bem profundos e um sorriso que irradiava amor e bondade.


Ao olhar a foto, seu coração se inflamou. 


Aquela irmã ele somente conhecia pelas histórias que a família biológica lhe contara.


Era uma pessoa bondosa, carinhosa. 


Uma pessoa que mais parecia um anjo – é o que lhe haviam dito.


Olhou para o rosto de sua irmã na foto e se deu conta: ela era a menina angelical que o acompanhara na sua viagem durante o coma.


Aquele detalhe curou a sua alma partida. 


Era a resposta que ele precisava. 


A presença daquela irmã lhe afirmava que ele sempre fora amado e lhe mostrou que absolutamente todos no Universo também o são.


Deus não é mesmo extraordinário?




Redação do Momento Espírita, com base nos  caps. 34 e 35, do livro Uma prova do céu, de  Eben Alexander III, ed. Sextante. Disponível em www.momento.com.br

Controle das Emoções - Yasmin Madeira


sexta-feira, abril 14, 2017

Meditação Para Superar as Aflições - Yasmin Madeira


Intimidade Sexual - Irmão José







Intimidade Sexual

Irmão José



Procura não falar de tua vida íntima com quem cujos propósitos e intenções te sejam desconhecidas.


Não exponhas o teu cônjuge à apreciação da maledicência alheia.



A tua intimidade sexual deve ser preservada.



Igualmente, não te interesses pela vida afetiva de alguém que não te diga respeito.



Silencia comentários em torno das experiências extraconjugais que se tornem públicas.



Respeita a privacidade e os sentimentos do próximo, pensando no respeito aos sentimentos e à privacidade que reclamas para os que te são mais caros.



O que recriminais nos outros, os outros acabarão repreendendo em ti.



Evita o anedotário infeliz que te inspire a condição sexual dos teus semelhantes.



Com certeza, desconheces o que a Vida reserva aos teus filhos e netos.



E nem sabes, em matéria de deslizes do que serias capaz, se tantos olhos não te vigiassem os movimentos.








BACCELLI, Carlos A. pelo Espírito Irmão José.  Teu Lar .

quinta-feira, abril 13, 2017

O Auxílio Virá - Emmanuel






O Auxílio Virá

Emmanuel



O problema que te preocupa talvez te pareça excessivamente amargo ao coração.


E tão amargo que talvez não possas comentá-lo, de pronto.


Às vezes, a sombra interior é tamanha que tens a idéia de haver perdido o próprio rumo.


Entretanto, não esmoreças.


Abraça o dever que a vida te assinala.


Serve e ora.


A prece te renovará energias.


O trabalho te auxiliará.


Deus não nos abandonará.


Faze silêncio e não te queixes.


Alegra-te e espera porque o Céu te socorrerá.


Por meios que desconheces, Deus permanece agindo.




XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel.

Auto Iluminação - Yasmin Madeira


quarta-feira, abril 12, 2017

D. Pedro II, reencarnação de Cassius Longinus - Reformador





D. Pedro II, reencarnação de Cassius Longinus




Cassius Longinus, que viveu de 213 a 273 de nossa era, cognominado ‘Philologus’ por Porfírio, e por Eunapius como ‘biblioteca ambulante’, autor de muitos livros célebres, foi o mais notável crítico de Filosofia e Retórica da Grécia, embora tivesse, ou entrasse para a História, com nome latino. 


Um dos homens melhores e mais cultos de todos os tempos.


Foi escolhido pelo próprio Jesus para cumprir a missão de segundo e último imperador do Brasil. Leiamos a gloriosa nomeação:


“Longinus, entre as nações do orbe terrestre, organizei o Brasil como coração do mundo. 


Minha assistência misericordiosa tem velado constantemente pelos seus destinos e, inspirando a Ismael e seus companheiros do Infinito, consegui evitar que a pilhagem das nações ricas e poderosas fragmentasse o seu vasto território, cuja configuração geográfica representa o órgão do sentimento no Planeta, como um coração que deverá pulsar pela paz indestrutível e pela solidariedade coletiva e cuja evolução terá de dispensar, logicamente, a presença contínua dos meus emissários para a solução dos seus problemas de ordem geral. 


Bem sabes que os povos têm a sua maioridade, como os indivíduos, e se bem não os percam de vista os gênios tutelares do mundo espiritual, faz-se mister se lhes outorgue toda a liberdade de ação, a fim de aferirmos o aproveitamento das lições que lhes foram prodigalizadas".


 “Sentes o teu coração com a necessária fortaleza para cumprir grande missãona Pátria do Evangelho?”


 “-Senhor - respondeu Longinus, num misto de expectativa angustiosa e refletida esperança-, bem conheceis o meu elevado propósito de aprender as vossas lições divinas e de servir à causa das vossas verdade sublimes, na face da Terra. 


Muitas existências de dor tenho voluntariamente experimentado, para gravar no íntimo do meu espírito a compreensão do vosso amor infinito, que não pude entender ao pé da cruz dos vossos martírios no Calvário, em razão dos espinhos da vaidade e da impenitência, que sufocavam, naquele tempo, a minha alma. 


Assim, é com indizível alegria, Senhor, que receberei vossa incumbência para trabalhar a árvore magnânima da vossa inesgotável misericórdia. 


Seja qual for o gênero de serviços que me foram confiados, acolherei as vossa determinações como um sagrado ministério.”


 “-Pois bem - redargüiu Jesus com grande piedade,- essa missão, se for bem cumprida por ti, constituirá a tua última romagem pelo planeta escuro da dor e do esquecimento. 


A tua tarefa será daquelas que requerem o máximo de renúncias e devotamentos. 


Serás imperador do Brasil, até que ele atinja a sua perfeita maioridade, como nação. 


Concentrarás o poder e a autoridade para beneficiar a todos os seus filhos. 


Não é preciso encarecer aos teus olhos a delicadeza e sublimidade desse mandato, porque os reis terrestres, quando bem compenetrados das suas elevadas obrigações diante das leis divinas, sentem nas suas coroas efêmeras um peso maior que o das algemas dos forçados. 


A autoridade, como a riqueza, é um patrimônio terrível para os espíritos inconscientes de seus grandes deveres. 


Dos seus esforços se exigirá mais de meio século de lutas e dedicações permanentes...


 Esse belo discurso é muito mais longo, estende-se das páginas 125 a 128, de “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, mas o trecho transcrito parece-nos bastar à finalidade deste artigo.


 Em 2 de Dezembro de 1825 nascia, no Rio de Janeiro, Pedro de Alcântara, que, aos 16 anos de idade, em 1841, era coroado Imperador do Brasil, com o nome de D. Pedro II. Não só cumpriu maravilhosamente sua missão, revelou de novo sua imensa erudição já famosa há 17 séculos, mas ainda continuou, do Plano Espiritual, zelando pelo Brasil. 


Não perde ocasião de nos transmitir preciosos ensinamentos em belos versos.


Recordemos bem, do que ficou dito acima, que Pedro II foi escolhido pelo próprio Jesus, enquanto que outros grandes missionários o foram por Ismael.


 O discurso de Jesus, que interrompemos acima, termina com esta predição:


 “A posteridade, porém, saberá descobrir as marcas dos teus passos na Terra, para se firmar no roteiro da paz e da missão evangélica do Brasil.”


Parece-nos que esse tempo já é chegado e dia a dia o Imperador Sábio vai sendo melhor compreendido pelos brasileiros.



Fonte

REVISTA REFORMADOR/FEB -  Junho 1958