domingo, setembro 30, 2007



Pintor: Berthe Morisot


MARCAS NO CORAÇÃO



Você já sentiu, alguma vez, a dor causada por uma pancada na quina da mesa, da cama, ou de outro móvel qualquer?

Sim, aquela pancada que quase nos faz perder os sentidos, e deixa um hematoma no corpo.
Em princípio surge uma marca avermelhada, depois arroxeada, e vai mudando de cor até desaparecer por completo.

Geralmente o local fica dolorido, e sempre que o tocamos sentimos certo desconforto.

A marca permanece por um tempo mais ou menos longo, conforme o organismo.

Agora imagine se, por distração, você bate novamente no mesmo lugar do hematoma...

A dor é ainda maior e a cor se intensifica.

Se isso se repetisse por inúmeras vezes, o problema poderia se agravar a tal ponto que a lesão se converteria num problema mais grave.

Com a mágoa acontece algo semelhante, com a diferença de que a marca é feita no coração e é causada por uma lesão afetiva.

No primeiro momento a marca é superficial, mas poderá se aprofundar mais e mais, caso haja ressentimento prolongado.

Ressentir quer dizer sentir outra vez e tornar a sentir muitas e muitas vezes.

É por isso que o ressentimento vai aprofundando a marca deixada no coração.

Como acontece com as lesões sofridas no corpo, repetidas vezes no mesmo lugar, também o ressentimento pode causar sérios problemas a quem se permite o ressentir continuado.
Se um hematoma durasse meses ou anos em nosso corpo, a possibilidade de se transformar em câncer seria grande.

Isso também acontece com a mágoa agasalhada na alma por muito tempo.

A cada vez que nos lembramos do que motivou a mácula no coração, e nos permitimos sentir outra vez o estilete na alma, a mágoa vai se aprofundando mais e mais.

Além da possibilidade de causar tumores, gera outros distúrbios nas emoções de quem a guarda no coração.

Por todas essas razões, vale a pena refletir sobre esse mal que tem feito muitas vítimas.

Semelhante a um corrosivo, a mágoa vai minando a alegria, o entusiasmo, a esperança, e a amargura se instala...

Silenciosa, ela compromete a saúde de quem a mantém e fomenta ódio, rancor, inimizade, antipatias.

Muitas vezes a mágoa se disfarça de amor-próprio para que seu portador consinta que ela permaneça em sua intimidade.

E com o passar do tempo ela se converte num algoz terrível, mostrando-se mais poderosa do que a vontade de seu portador para eliminá-la.

De maneira muitas vezes imperceptível, a mágoa guardada vai se manifestando numa vingançazinha aqui, numa traiçãozinha ali, numa crueldade acolá.

E de queda em queda a pessoa magoada vai descendo até o fundo do poço, sem medir as conseqüências de seus atos.

Para evitar que isso aconteça conosco, é preciso tomar alguns cuidados básicos.

O primeiro deles é proteger o campo das emoções, fortalecendo as fibras dos nobres sentimentos, não permitindo que a mágoa o penetre.

O segundo é tratar imediatamente a ferida antes que se torne mais profunda, caso a mágoa aconteça.

O terceiro é drenar, com o arado da razão, o lodo do melindre, que é terreno propício para a instalação da mágoa.

É importante tratar essa suscetibilidade à flor da pele, que nos deixa extremamente vulneráveis a essas marcas indesejáveis em nosso coração, tornando-nos pessoas amargas e infelizes.

* * *

Agasalhar ódio, mágoa ou rancor no coração, é o mesmo que beber veneno com a intenção de matar o nosso agressor.
Pense nisso, e não permita que esses tóxicos se instalem em seu coração.
Desconheço a autoria
Texto recebido da Andy/Paltalk
Imagem: Pintor: Berthe Morisot ::Disponível em http://www.cidadedaluz.com.br/pt/medrado/galeria.php

sábado, setembro 29, 2007



Com quem você está sintonizado?

Na Parte Segunda – Capítulo 10, de O Livro dos Espíritos, intitulado Ocupações e missões dos espíritos, Allan Kardec comenta alguns tipos de serviços que o espírito desenvolve na sua trajetória evolutiva.

Vale a pena refletirmos com quais tipos de espíritos estamos em sintonia, de acordo com os nossos pensamentos, atitudes e atividades. E o que podemos fazer para colaborar e nos unir a missões úteis para o Planeta e o Universo.
Vamos refletir sobre este trecho:

Os Espíritos encarnados têm ocupações relacionadas à sua existência corporal.
No estado de erraticidade, quando não estão encarnados, essas ocupações são proporcionais ao grau de seu adiantamento.

Uns percorrem os mundos, se instruem e se preparam para uma nova encarnação.
Outros, mais avançados, se ocupam do progresso ao dirigir os acontecimentos e sugerir pensamentos favoráveis; assistem os homens de gênio que concorrem para o adiantamento da humanidade.

Outros encarnam com uma missão de progresso.

Outros tomam sob sua proteção os indivíduos, as famílias, as reuniões, as cidades e os povos, dos quais são os anjos de guarda, os gênios protetores e os Espíritos familiares.

Outros, enfim, dirigem os fenômenos da natureza, de que são os agentes diretos.

Os Espíritos comuns se misturam às nossas ocupações e aos nossos divertimentos.

Os Espíritos imperfeitos permanecem em sofrimentos e angústias, até o momento em que Deus permita lhes proporcionar os meios de avançar.

Se fazem o mal, é por despeito de ainda não poderem desfrutar do bem

domingo, setembro 23, 2007



Para Que Serve o Casamento?




Você já se perguntou alguma vez sobre os objetivos do casamento?
Sim, porque algum objetivo o Criador deve ter para fazer da união de dois seres uma lei da natureza.
Talvez, refletindo superficialmente você responda que o objetivo do casamento é a perpetuação da espécie humana.
Mas será só isso?
Na verdade, o casamento marca grande progresso na marcha evolutiva da humanidade.
E, por quê? Porque Deus visa não somente a procriação, mas também a evolução moral dos seres. É assim que o casamento se constitui numa excelente oportunidade de crescimento para aqueles que sabem aproveitá-la bem.
Quando duas pessoas resolvem, de comum acordo, viver sob o mesmo teto, desde logo terão chances de melhoria individual. E a primeira delas é vencer o egoísmo. Sim, porque o que antes era "meu", agora passa a ser "nosso". Antes de casar, era o "meu" quarto, o "meu" carro, o "meu" aparelho de som, o "meu"... O "meu"...
No primeiro dia de convivência mútua, deverá ser o "nosso" quarto, o "nosso" carro, o "nosso" aparelho de som, e assim por diante. Com o passar dos dias os pares vão se conhecendo melhor, e percebem que o outro não era bem aquilo que parecia ser. Bem, nosso par tem algumas manias que desaprovamos, e que só notamos graças a convivência diária. Eis uma ótima oportunidade para aprender a dialogar e resolver conflitos como "gente grande".
Depois surgem mais alguns membros para nos ajudar a treinar outras virtudes: chegam os filhos. Agora temos que dividir um pouco mais, e isso nos torna menos egoístas.
Devemos dividir mais a atenção, treinar a renúncia, aprender a passar noites sem dormir, tropeçar em fraldas sujas, correr para o médico nas horas mais impróprias, perder o filme que gostaríamos de assistir... a novela... o telejornal.
A cama, que antes era só minha e passou a ser nossa, agora tem mais alguém nela, disputando espaço. E não é só o espaço físico que o pimpolho reclama, ele quer nosso carinho, nossa atenção, nossa companhia, nossa proteção. E aí temos a grande oportunidade de aprender a superar o ciúme, o medo, a insegurança, o desejo de posse exclusiva sobre o nosso par, para amparar esse serzinho que chegou para ficar.
Junto com tudo isso herdamos, também, a família do nosso cônjuge, que nem sempre nos parece uma boa aquisição. Eis um grande desafio para aprender a fraternidade pura, a tolerância, o desprendimento, a amizade e outras tantas virtudes que ainda não possuímos.
Ademais, para cumprir bem o papel que um dia aceitamos, unindo-nos a alguém de livre e espontânea vontade, é preciso que os dois pilares do templo chamado lar permaneçam firmes até o fim. Quando isso não acontece está declarada a vitória do egoísmo. Está declarada a nossa falência enquanto seres que desejamos superar os limites e alcançar paragens mais felizes.
Talvez você não concorde com todos esses arrazoados, no entanto, seria bom refletir sobre o assunto. Há casos de pessoas que optam por não se casar, assumindo, declaradamente seu egoísmo. Com certeza irão responder perante a própria consciência e a consciência cósmica pela decisão tomada. Considerando que nem todos nascem com o compromisso de se casar, obviamente estamos falando daqueles que tinham assumido esse compromisso, antes de renascer.
Aquele que se casa e promete conviver bem com seu par e com os filhos que Deus lhes envia, mas abandona o barco ao menor indício de tempestade, certamente será responsável pelos destinos daqueles que abandona à própria sorte. Isso será, fatalmente, sementeira de amargura num futuro próximo ao distante, cuja colheita será obrigatória. Por todas essas razões, vale a pena pensar ou repensar os nobres objetivos que a divina sabedoria estabeleceu com a união de dois seres.
Vale a pena refletir sobre o que queremos para nós. Refletir sobre as forças internas que devem nos elevar acima dessa miséria moral chamada egoísmo. Ou será que vamos "jogar a toalha", numa demonstração tácita de derrota para esse monstro cruel? Pense nisso! Pense agora! E decida-se pelo amor.
Texto da Equipe de Redação do site http://www.momento.com.br/.

domingo, setembro 02, 2007




ESPÍRITO DE COOPERAÇÃO



Dentro de casa, não te negues ao espírito de cooperação.



Além de executares a tarefa que te compete, auxilia os teus familiares no cumprimento dos deveres que lhes dizem respeito.



Não os ignores, em seu esforço de superação.



A pretexto de ensinar, o professor não relega o aluno às conseqüências de sua inexperiência e insensatez.



Sempre que solicitado, dispõe-te a colaborar com os que se revelam impossibilitados de atender aos próprios compromissos.



Não os censures pela transitória incapacidade de, por si mesmos, equacionarem os problemas em que se envolveram.



Trabalhar pelo crescimento alheio é subir mais um degrau na escada da evolução.



Jamais condiciones o teu auxílio ou te prevaleças dele para efetuares cobranças de ordem moral.



Nem contes o número de vezes em que és chamado a servir aqueles aos quais deves atenção e gentileza.



Quem coopera, mas acusa e reclama, desmancha com uma mão o bem que a outra esteja fazendo.



Irmão José




Do livro : Teu Lar:: Pelo Espírito: Irmão José::Psicografia de Carlos A. Baccelli