sexta-feira, outubro 30, 2009


ESTE DIA


André Luiz


Este dia é o seu melhor tempo, o instante de agora.



Se você guarda inclinação para a tristeza, este é o ensejo de meditar na alegria da vida e de aceitar-lhe a mensagem de renovação permanente.


Se a doença permanece em sua companhia, surgiu a ocasião de tratar-se com segurança.



Se você errou, está no passo de acesso ao reajuste.
Se esse ou aquele plano de trabalho está incubado em seu pensamento, agora é o momento de começar a realizá-lo.


Se deseja fazer alguma boa ação, apareceu o instante de promovê-la.



Se alguém aguarda as suas desculpas por faltas cometidas, terá soado a hora em que você pode esquecer qualquer ocorrência infeliz e sorrir novamente.


Se alguma visita ou manifestação afetiva esperam por você chegou o tempo de atendê-las.



Se precisa estudar determinada lição, encontrou você a oportunidade de fazer isso.


Este dia é um presente de Deus, em nosso auxílio; de nós depende aquilo que venhamos a fazer com ele.



XAVIER, F.C. Pelo Espírito André Luiz -Respostas da Vida, 3.




REVELE-SE


André Luiz



Nas lutas habituais, não exija a educação do companheiro. Demonstre a sua.



Nas tarefas do bem, não aguarde colaboração. Colabore, por sua vez, antes de tudo.


Nos trabalhos comuns, não clame pelo esforço alheio. Mostre sua boa-vontade.



Nos serviços de compreensão, não peça para que seu vizinho suba até a você. Aprenda a descer até ele e ajude-o.


No desempenho dos deveres cristãos, não aguarde recursos externos para cumpri-los. O melhor patrimônio que você pode dar às boas obras é o seu próprio coração.



No trato vulgar da vida, não espere que seu irmão revele qualidades excelentes. Expresse os dons elevados que você já possui.


Em toda criatura terrestre, há luz e sombra. Destaque sua nobreza para que a nobreza do próximo venha ao seu encontro.



XAVIER, F.C. Pelo Espírito André Luiz - Agenda Cristã, 31, FEB



SAÚDE E EQUILÍBRIO


André Luiz



Para garantir saúde e equilíbrio, prometa a você mesmo:



I - Colocar-se sob os desígnios de Deus, cada dia, através da oração e sustentar a consciência tranqüila, preservando-se contra idéias de culpa.



II - Dar o melhor de si mesmo no que esteja fazendo.



III - Manter coração e mente, atitude e palavra, atos e modos na inspiração constante do bem.



IV - Servir, desinteressadamente, aos semelhante, quanto esteja ao alcance de suas forças.



V - Regozijar-se com a felicidade do próximo.



VI - Esquecer conversações e opiniões de caráter negativo que haja lido ou escutado.



VII - Acrescentar pelo menos um pouco mais de alegria e esperança em toda pessoa com quem estiver em contato.



VIII - Admirar as qualidades nobres daqueles com quem conviva, estimulando-os a desenvolvê-las.



IX - Olvidar motivos de queixa, sejam quais sejam.



X - Viver trabalhando e estudando, agindo e construindo, de tal modo, no próprio burilamento e na própria corrigenda, que não se veja capaz de encontrar as falhas prováveis e os erros possíveis dos outros.



XAVIER, F. C. Pelo Espíritoi André Luiz- Passos da Vida, 17, IDE




Meu pai, meu herói



Momento Espírita



Quando eu cheguei a este mundo, não sabia ao certo o que estava fazendo aqui, até que percebi que havia alguém para me orientar na jornada.


Um dia, quando você me ergueu nos braços, elevando-me acima da sua cabeça, descobri que você queria que eu percebesse o mundo de um ponto de vista muito abrangente.


Quando comecei a ensaiar meus primeiros passos, com a musculatura das pernas ainda frágil, você me sustentou segurando-me a mão, e entendi que você não desejava me carregar no colo para sempre: queria que eu andasse com as próprias pernas.


Quando entrei em casa pela primeira vez, ofegante, me queixando dos amigos, você disse para eu me acertar com eles, e compreendi que deveria assumir a responsabilidade pelos meus próprios atos.


Quando trouxe para casa minha primeira lição e você se sentou ao meu lado, orientando-me, mas não fez a lição para mim, entendi que você desejava que o aprendizado fosse uma conquista minha.


No dia em que alguns objetos alheios foram parar em minha mochila escolar, você, sem me ofender, me pediu para devolver ao legítimo dono, e compreendi que você queria fazer de mim uma pessoa honesta.


Quando, um dia, meus amigos saíram da sala e tracei alguns comentários maldosos sobre eles, e você me disse que não devemos falar mal das pessoas ausentes, aprendi as lições da sinceridade e do respeito.


Nos momentos difíceis, você estava sempre ao meu lado para me apoiar, e nas horas alegres não me faltou o seu abraço para compartilhar.


Quando fraquejei diante do primeiro embate da vida, você me falou de coragem...


Quando chorei as lágrimas provocadas pelo primeiro sofrimento, você me falou de resignação...


Quando desejei fugir dos compromissos que se apresentavam, você me falou de responsabilidade...


Quando pensei em mentir para um amigo, você me falou de fidelidade...


Quando senti em minha alma os açoites dos primeiros vendavais, você me falou de flexibilidade, e aprendi a me dobrar para não quebrar, como o pequeno ramo verde faz diante dos golpes do vento.


Quando você pressentiu em meu olhar a insinuação da vingança, me falou do perdão...


Quando desejei salvar o mundo, nos ardentes dias da juventude, você me ensinou a moderação e o bom senso.


Quando quis me submeter aos modismos do grupo, você me falou de liberdade.


Quando me iludi, pensando que o mundo era meu, você me falou do Criador do Universo...


Assim, meu pai, desejo dizer que você sempre foi meu herói, meu amigo, meu grande mestre, meu companheiro de caminhada...


Você foi firme, quando era de firmeza que eu precisava...


Você foi terno, quando era de ternura que eu necessitava... Você foi lúcido, quando era de lucidez que eu precisava...


Quando eu cheguei a este mundo, não sabia ao certo o que estava fazendo aqui, até que percebi que havia alguém para me orientar na jornada...


Hoje, bem, hoje eu sei claramente o que estou fazendo aqui, porque você, meu pai, fez mais que apenas me orientar, você caminhou ao meu lado muitas vezes, me seguiu de perto outras tantas, e andou à minha frente muitas outras, deixando rastros de luz, como diretrizes seguras que eu pudesse seguir.


Hoje eu sei muito bem o papel que me cabe na construção de um mundo melhor, porque isso eu aprendi com você, meu grande e admirado amigo...


E quando eu vejo tantos jovens perdidos, sem rumo e sem esperança, vagando entre a violência e a morte, eu peço a Deus por eles, porque é bem possível que não tenham tido a felicidade de ter um pai como você...


E peço a Deus por você, papai, meu grande amigo.


Redação do Momento Espírita.Disponível no CD Momento Espírita, Coletânea v. 8 e 9, ed. Fep.






Envio milhões de margaridas espirituais para meu querido pai, que estaria comemorando hoje mais uma data natalícia.


Que Jesus permita que ele as receba junto as minhas vibrações de carinho, de gratidão, de amor agradecendo a Deus, por haver sido contemplada com pais que tanto me ensinaram sobre a " a verdadeira vida e seus respectivos valores".


A vida prossegue e com ela, os verdadeiros laços de afeto, que só se consolidam.


Fique com Deus, meu pai !



Os braços de meu pai


Momento Espírita



“Haverá lugar mais seguro no mundo, do que os braços de meu pai?


Haverá abraço mais forte, presença mais certa, do que a certeza de meu pai?


Depois de partir tantas vezes, depois de lutar tantas vezes, haverá outro lar para onde eu possa voltar, senão para a mansão do coração de meu pai?


Haverá professor mais dedicado, médico mais experiente, conselheiro mais sábio do que este?


Haverá olhos mais zelosos, ouvidos mais atentos, lágrimas mais sentidas, sorrisos mais serenos do que os dele?


Existirá mais alguém no mundo que lute por mim como ele? Que se esqueça de suas necessidades pensando nas minhas? Que esteja lá, em qualquer lugar, a qualquer hora, por seu filho?


Existirá mais alguém no mundo que renuncie a seus sonhos pessoais por mim, e que chegue até a tornar os meus sonhares os seus próprios, por muito me amar, e por muito querer me ver feliz? Existirá alguém?


Raros são os corações como o dele. Raro como a chuva durante a estiagem. Raro como o sol nas noites eternas dos pólos terrenos.”


Nossos pais são únicos. São destas almas que Deus, em sua bondade sem fim, coloca em nossas vidas, para torná-las completas.


Nossos pais são únicos. São as estrelas que permanecem no firmamento, dando-nos a beleza e a luz da noite, sem nada exigir em troca.


São tão valorosos, que mesmo após se tornarem invisíveis aos olhos, e serem vistos apenas em fotografias e sonhos, continuam conosco, com o amor de sempre, com o abraço seguro de todas as horas.


É por tudo isso que preciso lhe dizer, pai, não somente hoje, mais em todas as manhãs que a vida nos proporcionar; que se meus passos são mais certos hoje, é porque souberam acompanhar os seus; que se hoje sou mais responsável, é porque minha responsabilidade se espelhou na sua; e que se hoje sonho em ser pai, é porque tive em você a maior de todas as inspirações.


Não sabemos ao certo o tempo em que estaremos juntos, aqui, nesta jornada, mas saiba que nada me fará mais feliz no futuro do que reencontrá-lo, tantas e tantas vezes, em tantas e tantas vidas, porque jamais existirá lugar mais seguro no mundo, do que os seus braços, meu pai querido.


Minhas preces têm em seus versos o seu nome.


Meu espelho tem as feições que seu semblante me emprestou.


Minha fé tem a sua certeza, a sua confiança.


Meu coração tem as sementes das suas virtudes, e o livro da história de minha felicidade, tem em todas suas páginas, a palavra “pai”.


Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no poema “Os braços de meu pai” – autor desconhecido.


Disponível<http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=979&stat=3&palavras=meu20pai&tipo=t>




Um ajuste de vontade



Momento Espírita


Certa feita, Jesus afirmou que não fazia a Sua vontade, mas a do Pai do céu.


Em uma leitura apressada, talvez se conclua que Ele abdicou de Sua liberdade enquanto esteve na Terra.


Nessa linha, teria renunciado até à faculdade de querer, para atender os desígnios Divinos.


Ocorre que a liberdade é um dos grandes atributos espirituais, que confere mérito a qualquer conduta.


Nenhum ser humano minimamente equilibrado e refletido se disporia a agir como marionete.


Quem aceitaria se tornar um escravo, mesmo a preço de ouro?


Jesus também disse que a verdade nos libertaria.


Bem se vê o quanto a liberdade é preciosa, pois representa a culminância de um processo de aprendizado.


Quando o Espírito compreende a essência dos mecanismos que regem a vida, torna-se amplamente livre.


Liberta-se da ardência dos sentidos, de dores e de vícios.


A liberdade é uma Lei da vida.


Tem como suas naturais contrapartes a responsabilidade e o mérito.


Porque pode optar entre várias condutas possíveis, a criatura tem mérito ou demérito conforme o que decida realizar.


A ninguém é lícito suprimir a liberdade do próximo ou transferir a responsabilidade dos seus atos a terceiros, ao segui-los sem refletir.


Assim, ao eleger a vontade Divina como Sua, Jesus não abdicou da Sua própria liberdade.


Ele a utilizou da forma mais sublime possível.


Absolutamente livre em Sua excelsa pureza e sabedoria, decidiu querer o que Deus queria.


Por livre vontade, tornou-Se o instrumento da misericórdia Divina na Terra.


Fez-se professor, médico e amigo de Seus irmãos menores.


O Cristo não Se ressentia da missão que Lhe cabia.


Não reclamava e nem blasfemava.


Com Seu íntimo asserenado pela completa integração com o Divino, foi forte e


sábio em todas as situações.


* * *


Convém refletir sobre esse significativo exemplo.


O melhor que pode ocorrer a qualquer criatura é ajustar sua vontade aos desígnios Divinos.


Deus é pleno de um amor incomensurável e deseja o melhor para Seus filhos.


Por isso, faculta-lhes tantas reencarnações de aprendizado e resgate quantas sejam necessárias.


A finalidade dessas incontáveis experiências é que o Espírito vença a si mesmo e se torne radiosamente sublime.


Ciente disso, não reclame de dificuldades, não se sinta uma vítima e nem se rebele.


Cumpra com dignidade todos os seus deveres, por difíceis que se apresentem.


Mas o faça satisfeito, e não desgostoso, como quem cumpre uma pena.


Realizar fantasias e satisfazer apetites dificilmente lhe trará plenitude.


Mas se integrar na ordem cósmica, pelo amoroso cumprimento do papel que lhe cabe no mundo, garantirá seu acesso a vivências de gloriosa alegria.


Pense nisso.


Redação do Momento Espírita.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2405&stat=0>



Os portões de chegada


Momento Espírita



Cada abraço daqueles guarda uma história diferente...


Cada reencontro daqueles revela um outro mundo, uma outra vida, diversa da nossa, da sua...


Se você nunca teve a oportunidade de observar, por mais de cinco segundos, todas aquelas pessoas - desconhecidos numa multidão - esperando seus amigos, seus familiares, seus amores, não tenha medo de perceber da próxima vez, a magia de um momento, de um lugar.


Falamos dos portões de chegada de um aeroporto, um desses lugares do Mundo onde podemos notar claramente a presença grandiosa do amor.


Invisível, quase imperceptível, ali ele está com toda sua sublimidade.


Nas declarações silenciosas de um olhar tímido. No calor ameno de um abraço apertado. No breve constrangimento ao tentar encontrar palavras para explicá-lo.
Na oração de três segundos elevada ao Alto - agradecendo a Deus por ter cuidado de seu ente querido que retorna.


Richard Curtis, que assina a produção cinematográfica de nome Love actually - traduzida no Brasil como Simplesmente amor, traz essas cenas com uma visão muito poética e inspirada.


O autor oferece na primeira e última cenas do filme exatamente a contemplação dos portões de chegada de um aeroporto, e de seu belíssimo espetáculo representando a essência do amor.


Ouve-se um narrador nos primeiros segundos, confessando que toda vez que a vida se lhe mostrava triste, sem graça, cruel, ele se dirigia para o aeroporto para observar aqueles portões, e ali encontrava o amor por toda parte.


Seu coração alcançava uma paz, um alívio, em notar que o amor ainda existia, e que ainda havia esperança para o Mundo.


Isso tudo pode parecer um tanto poético demais para os mais práticos, é certo.
Assim, a melhor forma de compreender a situação proposta é a própria vivência.


Sugerimos que faça a experiência de, por alguns minutos, contemplar essas cenas por si mesmo, seja na espera de aviões ou outros meios de transporte coletivos.


Propomos que parta de uma posição mais analítica, de início, com algumas pitadas de curiosidade:


Que grau de parentesco possuem aquelas pessoas? - Há quanto tempo não se veem? - De onde chegam?


Ou, quem sabe, sobre outros: Que histórias têm para contar! - O que irão narrar por primeiro ao saírem dali? Sobre a família, sobre a viagem, sobre a espera em outro aeroporto?


Ao perceber lágrimas em alguns olhos, questione: De onde elas vêm? - Há quanto tempo não se encontram? - Que felicidade não existe dentro da alma naquele momento!


Por fim, reflita:


Por quanto tempo aquele instante irá ficar guardado na memória! O instante do reencontro...


Tudo isso poderá nos levar a uma analogia final, a uma nova questão: não seria a Terra um imenso aeroporto? Um lugar de chegadas e partidas que não param, constantes, inevitáveis?


Pensando nos portões de chegada na Terra, lembramos dos bebês, que abraçamos ao nascerem, com este mesmo amor daqueles que esperam num aeroporto por seus amados.


Choramos de alegria, contemplando a beleza de uma nova vida, e muitas vezes este choro é de gratidão pela oportunidade do reencontro.


É um antigo amor que, por vezes, volta ao nosso lar através da reencarnação.


Pensando agora nos portões de partida, inevitavelmente lembramos da morte, da despedida.


Mas este sentir poderá ser também feliz!


Como o sentimento que invade uma mãe ou um pai que dá adeus a um filho que logo embarcará em direção a outro país, a fim de fazer uma viagem de aprendizagem, de estudo, ou profissional.


Choram sim, de saudade, mas o sentimento que predomina no bom coração dos pais é a felicidade pela oportunidade que estão recebendo, pois têm consciência de que aquilo é o melhor para ele no momento.


* * *


Vivemos no aeroporto Terra.


Todos os dias milhares partem, milhares chegam.


Chegadas e partidas são inevitáveis.


O que podemos mudar é a forma de observá-las.


Redação do Momento Espírita com base no cap. Os portões de chegada, do livro O que as águas não refletem, de Andrey Cechelero. Disponível no CD Momento Espírita, v. 12, e no livro Momento Espírita v. 6, ed. Fep.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2406&stat=0>

quinta-feira, outubro 29, 2009


TRANQUILIDADE


O Espírito da verdade


Comece o dia na luz da oração.O amor de Deus nunca falha.

Aceite qualquer dificuldade sem discutir.Hoje é o tempo de fazer o melhor.

Trabalhe com alegria.O preguiçoso, ainda mesmo quando se mostre num pedestal de ouro maciço, é um cadáver que pensa.

Faça o bem quanto possa.Cada criatura transita entre as próprias criações.

Valorize os minutos.Tudo volta, com exceção da hora perdida.

Aprenda a obedecer no culto das próprias obrigações.Se você não acredita na disciplina, observe um carro sem freio.

Estime a simplicidade.O luxo é o mausoléu dos que se avizinham da morte.

Perdoe sem condições.Irritar-se é o melhor processo de perder.

Use a gentileza, mas, de modo especial, dentro da própria casa.Experimente atender aos familiares como você trata as visitas.

Em favor de sua paz, conserve fidelidade a si mesmo.Lembre-se que no dia do Calvário, a massa aplaudia a causa triunfante dos crucificadores, mas o Cristo, solitário e vencido, era a causa de Deus.

KARDEC, A.Evangelho Segundo o Espiritismo- O Espírito da verdade, 37, FEB




DEFENDA-SE


André Luiz



Não converta seus ouvidos num paiol de boatos.A intriga é uma víbora que se aninhará em sua alma.


Não transforme seus olhos em óculos da maledicência.As imagens que você corromper viverão corruptas na tela de sua mente.


Não faça de suas mãos lanças para lutar sem proveito.Use-as na sementeira do bem.


Não menospreze suas faculdades criadoras, centralizando-as nos prazeres fáceis.Você responderá pelo que fizer delas.


Não condene sua imaginação às excitações permanentes.Suas criações inferiores atormentarão seu mundo íntimo.


Não conduza seus sentimentos à volúpia de sofrer.Ensine-os a gozar o prazer de servir.


Não procure o caminho do paraíso, indicando aos outros a estrada para o inferno.



A senda para o Céu será construída dentro de você mesmo.



XAVIER, F.C. Pelo Espírito André Luiz -Agenda Cristã, 41.



SÚPLICA


André Luiz



Pai, acende a tua divina luz em torno de todos aqueles que olvidaram a bênção nas sombras da caminhada terrestre.



Ampara aos que esqueceram de repartir o pão que lhes sobra na mesa farta.



Auxilia aos que não se envergonham de ostentar felicidade ao lado da penúria e do infortúnio.



Socorre aos que não se lembram de agradecer aos benfeitores que lhes apóiam a vida.



Compadece-te daqueles que dormiram nos pesadelos da delinqüência, transmitindo herança dolorosa aos que iniciam a jornada humana.



Levanta os que olvidaram a abnegação no serviço ao próximo.



Apieda-te do sábio que ocultou a inteligência entre as quatro paredes do paraíso doméstico.



Desperta os que sonham com o domínio do mundo, desconhecendo que a existência no corpo físico é simples minuto entre o berço e o túmulo, à frente da imortalidade.



Ergue os que caíram vencidos pelo excesso de conforto material.



Corrige os que espalham a tristeza e o pessimismo.



Perdoa aos que recusaram a oportunidade de pacificação e marcham disseminando a revolta e a indisciplina.



Intervém a favor de todos os que se acreditam detentores de fantasioso poder e supõe loucamente absorver os juízos, condenando os próprios irmãos.



Acorda as almas distraídas que envenenam o caminho alheio, com a agressão espiritual dos gestos intempestivos.



Estende paternas mãos a todos os que olvidaram a sentença da morte renovadora da vida que a tua lei lhes gravou no corpo precário.



Esclarece aos que se perderam nas sombras do ódio e da vingança, da ambição desregrada e da impiedade fria, que se acreditam poderosos e livres quando não passam de escravos dignos de compaixão diante de teus desígnios.



Eles todos, Pai, qual já sucedeu a tantos de nós, são delinqüentes que escapam aos tribunais da Terra, mas estão assinalados por tua justiça soberana e perfeita, por atos lamentáveis de deserção e indiferença, perante o Infinito Bem.


Assim Seja.



XAVIER, F.C. Pelo Espírito André Luiz -Apostilas da Vida/IDE


ESTE DIA


André Luiz



Este dia é o seu melhor tempo, o instante de agora.


Se você guarda inclinação para a tristeza, este é o ensejo de meditar na alegria da vida e de aceitar-lhe a mensagem de renovação permanente.


Se a doença permanece em sua companhia, surgiu a ocasião de tratar-se com segurança.


Se você errou, está no passo de acesso ao reajuste.


Se esse ou aquele plano de trabalho está incubado em seu pensamento, agora é o momento de começar a realizá-lo.


Se deseja fazer alguma boa ação, apareceu o instante de promovê-la.


Se alguém aguarda as suas desculpas por faltas cometidas, terá soado a hora em que você pode esquecer qualquer ocorrência infeliz e sorrir novamente.


Se alguma visita ou manifestação afetiva esperam por você chegou o tempo de atendê-las.


Se precisa estudar determinada lição, encontrou você a oportunidade de fazer isso.


Este dia é um presente de Deus, em nosso auxílio; de nós depende aquilo que venhamos a fazer com ele.



XAVIER,F.C. Pelo Espírito André Luiz- Do livro Respostas da Vida, 3

quarta-feira, outubro 28, 2009



Três imperativos


Momento Espírita


Em uma conhecida passagem evangélica, Jesus afirma:


Pedi e recebereis, buscai e achareis, batei e se abrirá.


Pedir, buscar e bater são os três imperativos da recomendação do Cristo.


O problema consiste em aplicar sabiamente esses comandos.


A existência humana nem sempre é tranqüila.


Freqüentemente não é fácil identificar a conduta correta.


Perante os reclamos e os valores do mundo, a fronteira entre o certo e o errado se esfumaça.


Os convites mundanos são muito sedutores e se apresentam como algo razoável.


Negá-los, às vezes, parece uma insensata submissão a hábitos demasiado rígidos.


Fica-se entre o dever e a vontade.


Nesse embate, a razão não raro se impressiona com os exemplos alheios e apresenta o dever como conduta antiquada.


Surge a idéia de que, se todos fazem algo, isso deve ser normal.


O problema é que ninguém nasce na Terra para seguir exemplos desvirtuados e viver exóticas fantasias.


Todos os homens são Espíritos e sua morada natural é no Plano Espiritual.


Quando aqui renascem é para cumprir programas de superação de velhos vícios e desenvolvimento de variadas virtudes.


A finalidade do existir terreno é a transcendência, jamais a adoção de comportamento mais apropriado aos animais irracionais.


Embora as conveniências mundanas figurem determinados hábitos como aceitáveis, nem por isso eles deixam de comprometer espiritualmente quem os adota.


Os exemplos de condutas desvirtuadas são os mais diversos.


Tem-se a vivência sexual apartada de vínculos afetivos e de uma proposta de vida em comum.


Há também a desonestidade de qualquer ordem, a indiferença perante os miseráveis, o abandono moral ou material de pais idosos ou enfermos.


Embora se tente justificar com novos valores, com a correria da vida moderna, não há argumento que converta atos levianos e indignos em conduta louvável.


Nesse emaranhado de lutas e dúvidas, convém refletir sobre os três imperativos da exortação do Cristo.


É preciso aprender a pedir caminhos de libertação da antiga cadeia de maus hábitos.


É necessário desejar com força a saída do escuro círculo no qual a maioria das criaturas perde a visão dos interesses eternos.


Após pedir com correção, impõe-se o buscar.


O ato de buscar constitui um esforço seletivo.


O mundo segue pleno de solicitações inferiores, mas urge localizar a ação digna e libertadora.


Muitos perseguem miragens perigosas, como mariposas que se apaixonam pela claridade de um incêndio.


Convém aprender a buscar o bem legítimo, o desejo de ser melhor, de superar-se, de transcender.


Estabelecido o roteiro edificante, chega o momento de bater à porta da edificação.


Bater tem o sentido de esforço metódico e contínuo.


Sem persistência, é difícil transformar as experiências humanas em fatores de libertação para a eternidade.


Não basta, pois, pedir sem rumo, procurar sem análise e agir sem objetivo elevado.


Urge pedir ao Pai Celestial a libertação do passado de equívocos.


Mas também é preciso buscar atividades nobres e nelas localizar o próprio esforço de redenção.


Pedir, buscar e bater.


Esses três verbos contêm um roteiro de libertação, com destino a vivências sublimes.


É necessário apenas bem utilizá-los.


Pense nisso.


Redação do Momento Espírita, com base no cap. CIX, do livro Pão nosso, do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1881&stat=3&palavras=aranha&tipo=p>



Deus na natureza

Momento Espírita



A cada novo dia a natureza nos oferece espetáculos de belezas sem fim...


Quem já não contemplou a maravilha de uma gota de orvalho a brilhar, refletindo a luz do sol?


Uma simples teia de aranha e sua engenharia perfeita...


A relva verde... o andar desengonçado de um joão-de-barro, logo ao amanhecer...


Uma folha seca bailando no ar prenunciando o inverno...


O céu de anil com suaves pinceladas brancas como se fossem nuvens de algodão.


O entardecer, quando o sol se despede deixando rastros em vários tons dourados como se fosse ouro derretido, levemente espalhado por mãos invisíveis...


A lua cheia refletida num lago, parecendo um grande espelho líquido...


A cantoria do vento na folhagem das árvores, qual suave melodia, convidando a sonhar...


O olhar de um cão solitário, pedindo companhia...


O balançar do salgueiro, lembrando mãos distendidas nas margens dos rios e lagos, como a protegê-los...


O ir e vir das ondas, acariciando a areia quente das praias como querendo amenizar o calor...


O cheiro do mato, após a chuva...


A água cristalina dos rios que correm por entre as montanhas, como se fossem veias transportando a vida.


O sorriso inocente na face da criança, pedindo amparo e proteção.


As pegadas do lavrador nas estradas poeirentas que conduzem ao eito...


O galopar do cavalo evidenciando sua liberdade...


O abrir e fechar das asas da borboleta sobre a flor, a andorinha fazendo acrobacias no ar, a garça solitária à espreita do alimento.


O abraço afetuoso de um amigo. O rosto sulcado do ancião, que não teme a velhice por saber que ela não alcança o Espírito. As mãos calejadas do trabalhador...


A noite bordada de estrelas a nos mostrar a grandeza do Universo infinito...


Uma gota d'água na pétala de uma rosa, refletindo outras tantas rosas...


O tamborilar da chuva no telhado... A goteira a cantar na calha...


A araucária secular, com seus galhos esparramados, debulhando as pinhas para saciar com seus frutos a fome dos pássaros.


O cricrilar do grilo, o coaxar da rã, o piar da coruja fazendo-se anunciar na noite silenciosa.


O som melodioso extraído do teclado por mãos habilidosas.


A harmonia das cores nos canteiros floridos das ruas e praças...


O dia, que a cada amanhecer renova o convite para que vivamos em harmonia, imitando a natureza.


Essas e outras tantas belezas são a presença discreta de Deus na natureza que nos cerca, dizendo-nos que também somos Suas criaturas e que fazemos parte desse Universo maravilhoso, e que, acima de tudo, somos herdeiros desse mesmo Universo, como filhos do Criador que somos todos nós.



* * *


A contemplação da natureza oferece ao homem incontestavelmente, inefáveis encantos. Na organização dos seres descobre-se o incessante movimento dos átomos que os compõem, tanto quanto a permuta constante e operante entre todas as coisas.


Justa é a nossa admiração por tudo o que vive na superfície da Terra.


Redação do Momento Espírita,com pensamento final extraído do livro Deus na natureza, de Camille Flammarion, ed. FEB.Disponível no CD Momento Espírita, v. 2, ed. Fep.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1068&stat=3&palavras=aranha&tipo=p>

Tela de Monet


Jardins



É comum se associar a lembrança de uma pessoa a algo que a caracterize.


Digamos, seja seu toque pessoal.


Dia desses, ao passarmos por um jardim cheio de cores vivas, fomos surpreendidos por uma frase partida dos lábios de uma senhora:


Um jardim tão bem cuidado me recorda minha avó.


A amiga que a acompanhava logo indagou do porque.


A continuidade do diálogo, cujas frases nos chegavam com clareza, trazidas pela brisa mansa, nos surpreendeu:


Minha avó, dizia, passou sua vida a plantar flores. Recordo-me da infância e do bangalô de minha avó.


Quase não havia terra para plantar. A construção era nova e o local mais parecia um campo de batalha que as minas tivessem revolvido e deixado em total desalinho.


Pois minha avó não desanimou. Com pedras desenhou retângulos no solo, afofou a terra, preparou-a e plantou suas amadas roseiras. Jardins eram a sua marca registrada.


A senhora alongou o olhar na distância, como a revolver a saudade na terra do coração e prosseguiu:


Era uma pessoa excepcional minha avó. Já mais idosa, os filhos optaram por colocá-la em um apartamento. Mais segurança, diziam, menos trabalho. Afinal, eles temiam o peso dos anos naqueles ombros já não tão fortes.


Quando vi o apartamento, entristeci. Tinha uma varanda sim, mas nem sombra de terra, onde ela pudesse utilizar da sua mágica pessoal para transformar em um pedacinho de céu perfumado.


Pensei que ela iria murchar. Imaginei-a a fenecer, como flores ao sopro do inverno rigoroso ou sob o sol escaldante do verão.


Qual não foi minha surpresa ao visitá-la, alguns meses depois.


Levei-lhe um ramalhete de rosas multicoloridas, contando alegrar-lhe o lar.


Ela abraçou as rosas, agradeceu e seu rosto se iluminou como em êxtase.


"São lindas, querida. E perfumadas."


Depositou-as com cuidado sobre uma mesa, tomou-me pela mão e levou-me até à varanda.


Naquele minúsculo espaço, a terra gentil permitia brotar rosas de delicado perfume e graça. As mãos mágicas de minha avó haviam transformado um retângulo de cimento frio em uma nesga de paraíso florido.


Suas mãos acariciaram as flores qual se o fizessem a um filho querido. Depois, ela me reconduziu à sala, e mostrou um troféu. As flores de sua varanda haviam sido eleitas as segundas mais belas de toda a cidade.


* * *


Transformar a terra inculta em um oásis de beleza ou deixá-la entregue às ervas daninhas e espinheiros é opção pessoal.


Assim nos jardins das nossas vidas. Podemos ser indiferentes e ociosos, relegando tudo ao descaso, nada realizando de bom, de belo, de útil.


Ou podemos optar por semear flores de alegria, rosas de ventura. Quiçá apenas umas tímidas violetas de discreto perfume.


Contudo, não sejamos dos que erguem espinheiros. Tornemo-nos jardineiros cuidadosos a fim de que, pelas veredas por onde transitarmos, deixemos o perfume e a beleza das nossas ações.


* * *


Semeando estrelas, seremos convidados a espancar trevas.


Semeando esperanças, haveremos de nos tornar luzeiros para corações entristecidos.


Onde quer que estejamos, sempre poderemos semear as luzes do amor e da esperança.


Redação do Momento Espírita, com base no texto Os jardins de nossas vidas, publicado na Revista Seleções Reader´s Digest, junho.1998 e no verbete Sementeira, do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.



Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2404&stat=0>



Um ajuste de vontade


Momento Espírita


Certa feita, Jesus afirmou que não fazia a Sua vontade, mas a do Pai do céu.


Em uma leitura apressada, talvez se conclua que Ele abdicou de Sua liberdade enquanto esteve na Terra.


Nessa linha, teria renunciado até à faculdade de querer, para atender os desígnios Divinos.


Ocorre que a liberdade é um dos grandes atributos espirituais, que confere mérito a qualquer conduta.


Nenhum ser humano minimamente equilibrado e refletido se disporia a agir como marionete.


Quem aceitaria se tornar um escravo, mesmo a preço de ouro?


Jesus também disse que a verdade nos libertaria.


Bem se vê o quanto a liberdade é preciosa, pois representa a culminância de um processo de aprendizado.


Quando o Espírito compreende a essência dos mecanismos que regem a vida, torna-se amplamente livre.


Liberta-se da ardência dos sentidos, de dores e de vícios.


A liberdade é uma Lei da vida.


Tem como suas naturais contrapartes a responsabilidade e o mérito.


Porque pode optar entre várias condutas possíveis, a criatura tem mérito ou demérito conforme o que decida realizar.


A ninguém é lícito suprimir a liberdade do próximo ou transferir a responsabilidade dos seus atos a terceiros, ao segui-los sem refletir.


Assim, ao eleger a vontade Divina como Sua, Jesus não abdicou da Sua própria liberdade.


Ele a utilizou da forma mais sublime possível.


Absolutamente livre em Sua excelsa pureza e sabedoria, decidiu querer o que Deus queria.


Por livre vontade, tornou-Se o instrumento da misericórdia Divina na Terra.


Fez-se professor, médico e amigo de Seus irmãos menores.


O Cristo não Se ressentia da missão que Lhe cabia.


Não reclamava e nem blasfemava.


Com Seu íntimo asserenado pela completa integração com o Divino, foi forte e sábio em todas as situações.


* * *


Convém refletir sobre esse significativo exemplo.


O melhor que pode ocorrer a qualquer criatura é ajustar sua vontade aos desígnios Divinos.


Deus é pleno de um amor incomensurável e deseja o melhor para Seus filhos.


Por isso, faculta-lhes tantas reencarnações de aprendizado e resgate quantas sejam necessárias.


A finalidade dessas incontáveis experiências é que o Espírito vença a si mesmo e se torne radiosamente sublime.


Ciente disso, não reclame de dificuldades, não se sinta uma vítima e nem se rebele.


Cumpra com dignidade todos os seus deveres, por difíceis que se apresentem.
Mas o faça satisfeito, e não desgostoso, como quem cumpre uma pena.


Realizar fantasias e satisfazer apetites dificilmente lhe trará plenitude.


Mas se integrar na ordem cósmica, pelo amoroso cumprimento do papel que lhe cabe no mundo, garantirá seu acesso a vivências de gloriosa alegria.


Pense nisso.


Redação do Momento Espírita.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2405&stat=0>

quinta-feira, outubro 22, 2009



Nunca estamos realmente sós


Momento Espírita


Quem na vida nunca enfrentou dificuldades? Talvez alguém muito jovem, que ainda muito pouco viveu e que goze de uma boa estrutura familiar e escolar, possa dizer que nunca enfrentou uma situação difícil.


Com o passar do tempo, porém, à medida que a vida avança, são cada vez mais comuns as situações adversas.


Inúmeras são as dificuldades: a perda de um ente querido, a separação da família, a perda de um emprego que garante o sustento, os insucessos econômicos, as dificuldades no estudo.


Para cada um de nós situações diferentes representam diferentes graus de adversidade, mas todos lembramos facilmente delas.


Frequentemente despreparados para enfrentar tais situações, deixamo-nos levar por sentimentos de tristeza, de desespero e de impotência perante o fato.


Comumente, expomos nossa situação a familiares, amigos e, não raramente, pessoas não muito próximas, que se disponham a nos escutar.


Falando constantemente sobre o fato que nos preocupa permanecemos imersos nos sentimentos negativos, mantemos nossa mente agitada, entristecida e, até mesmo, revoltada.


Não faltam, nessas situações, opiniões diversas, de pessoas bem intencionadas, porém que nos deixam confusos, frequentemente sem encontrar uma solução.


Poucas são as pessoas que se recolhem e buscam em si mesmas a real causa de tal insucesso, tentando, a partir dessa reflexão, modificar seu comportamento, ou encontrar uma solução eficaz.


Muitos dizem se sentir sozinhos frente às dificuldades e, por este motivo, esperam opiniões e conselhos de todos aqueles que se dispuserem a dá-los.


Falsa ideia a da solidão. Aqueles que dela se queixam se esquecem de que temos, ao nosso lado, sempre pronto a nos ajudar, alguém que só quer o nosso bem.


Muitos de nós costumávamos pedir proteção a esse alguém, quando crianças, dirigindo-lhe uma prece, antes de dormir. Ao crescermos, esquecemos de tal atitude.


Nosso Espírito protetor ou anjo da guarda está sempre presente, desde nosso nascimento até quando, ao final da vida física, voltamos à pátria espiritual, podendo ainda nos acompanhar em futuras existências.


Silenciosamente, espera uma oportunidade de ser ouvido. Ele nos fala à mente e o podemos ouvir na forma de intuição ou de boas ideias.


Para que essas intuições ou ideias cheguem ao nosso consciente é necessário que tenhamos a mente pronta para as receber. Obviamente, em meio à agitação e aos sentimentos negativos não teremos paz de espírito para tal.


Tornamo-nos receptivos por meio do recolhimento, do silêncio, da oração, da meditação, ou dos sonhos durante um sono calmo.


São muitos os relatos dos que, depois de orar com real recolhimento e, portanto, sintonizando com o mundo espiritual que nos guia, encontraram uma solução, ou, pelo menos, consolo e paz diante de uma dificuldade.


* * *


Lembremo-nos sempre desse auxílio que Deus deixa à nossa disposição, e que não nos falta nunca.


Tenhamos a certeza de que, se um dia nos sentimos sem recurso, isto não é verdade, pois nunca estamos realmente sós!


Redação do Momento Espírita


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2399&stat=0>


Lesões afetivas


Momento Espírita




Várias são as lesões que atingem o ser humano durante sua jornada terrena.



Algumas são leves, de fácil cicatrização, outras mais profundas e duradouras.



Dentre elas vamos encontrar as responsáveis por desatinos de variada ordem, que são as lesões afetivas.



Fruto do desrespeito que temos uns pelos outros, as lesões afetivas têm ocasionado homicídios, suicídios, abortos, injúrias que dilapidam ou arrasam a existência das vítimas, feridas no afeto que lhes alimentava as forças.



Quantas lágrimas de aflição, quantos crimes são cometidos na sombra, em nome dessas lesões provocadas nas profundezas da alma.



Esquecendo-nos de que cada criatura leva, em sua intimidade, caracteres próprios, não conseguimos medir suas resistências, nem suas reações diante de uma promessa não cumprida.



Usando a desculpa do amor livre e do sexo liberado, não temos atentado para as conseqüências amargas que resultam da nossa falta de respeito ao próximo.



Na ânsia de satisfazer os desejos carnais, não hesitamos em nos envolver levianamente com pessoas que sentem, tanto quanto nós, carências de afeto e sede de compreensão e carinho.



Quantas crianças nascem, fruto desses envolvimentos irresponsáveis, e amargam o abandono e a solidão como filhos rejeitados por um ou outro dos pais, ou pelos dois.



Quantos levam no coraçãozinho a tristeza de não poder pronunciar a doce palavra pai, porque aquele que o gerou não honrou o compromisso, deixando à companheira toda a responsabilidade pela condução da criança.



Quantos homens e mulheres que juram fidelidade, nos votos feitos por ocasião do matrimônio, e que levianamente os rompem, envolvendo-se com outras pessoas, provocando lesões afetivas inconseqüentes.



Certamente muitos desses delitos não são catalogados pelas leis humanas, mas não passam desapercebidos das leis de Deus , que exigem dos responsáveis a devida reparação, no momento oportuno.



É importante que reflitamos acerca desse assunto que nos diz respeito. É indispensável que respeitemos os sentimentos alheios tanto quanto desejamos ter os nossos sentimentos respeitados.



Se não queremos ou não podemos manter um romance de carinho a dois, não o iniciemos.



Lembremos que, acima das leis humanas, existem as leis divinas, das quais não poderemos fugir, como seres imortais que somos.



Se as infringirmos, teremos que efetuar a devida reparação mais cedo ou mais tarde.



E se hoje a carência afetiva nos dilacera a alma, pode ser que estejamos reparando equívocos cometidos anteriormente.



É possível que Deus permita que soframos a falta do afeto que não soubemos valorizar quando tínhamos.



Você sabia?



Que muitos de nós estamos altamente compromissados com as leis de Deus, em matéria de amor e sexo irresponsáveis?



Por esse motivo, mesmo estando casada, grande parte das criaturas sente falta de afeto e carinho, amargando as conseqüências dos delitos cometidos contra os semelhantes, na área da afetividade.



Dessa forma, vale a pena valorizar os sentimentos alheios, para que no futuro possamos ser merecedores do afeto e da fidelidade que tanto necessitamos.



Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Momentos de Ouro, cap. Lesões afetivas, Ed. LEAL.



Disponível<
http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=332&stat=3&palavras=lesões%20afetivas&tipo=t>


Em Matéria Afetiva


André Luiz



Sempre é forçoso muito cuidado no trato com os problemas afetivos dos outros, porque muitas vezes os outros, nem de leve, pensam naquilo que possamos pensar.



Os Espíritos adultos sabem que, por enquanto, na Terra, ninguém pode, em sã consciência, traçar a fronteira entre normalidade e anormalidade, nas questões afetivas de sentido profundo.


Os pregadores de moral rigorista, em assuntos de amor, raramente não caem nas situações que condenam.



Toda pessoa que lesa outra, nos compromissos do coração, está fatalmente lesando a si própria.


Respeite as ligações e as separações, entre as pessoas de seu mundo particular, sem estranheza ou censura, de vez que você não lhes conhece as razões e processos de origem.



As suas necessidades de alma, na essência, são muito diversas das necessidades alheias.


No que tange a sofrimentos do amor, só Deus sabe onde estão a queda ou a vitória.



Jamais brinque com os sentimentos do próximo.


Não assuma deveres afetivos que você não possa ou não queira sustentar.



Amor, em sua existência, será aquilo que você fizer dele.


Você receberá, de retorno, tudo o que der aos outros, segundo a lei que nos rege os destinos.


Ante os erros do amor, se você nunca errou por emoção, imaginação, intenção ou ação, atire a primeira pedra, conforme recomenda Jesus.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Sinal Verde. Ditado pelo Espírito André Luiz. 49 edição. Uberaba-MG: CEC. 2001.



Em Torno da Profissão


André Luiz



A sua profissão é previlégio e aprendizado.


Se você puser amor naquilo que faz, para fazer os outros felizes, a sua profissão, em qualquer parte, será sempre um rio de bençãos.


O seu cliente, em qualquer situação, é semelhante a árvore que produz, em seu favor, respondendo sempre na pauta do tratamento que recebe.


Toda tarefa corretamente exercida é degrau de promoção.


Em tudo aquilo que você faça, na atividade que o Senhor lhe haja concedido, você está colocando o seu retrato espiritual.


Se você busca melhorar-se, melhorando o seu trabalho, guarde a certeza de que o trabalho lhe dará vida melhor.


O essencial em seu êxito não é tanto aquilo que você distribui e sim a maneira pela qual você se decide servir.


Ninguém procura ninguém para adquirir condenação ou azedume.


Sempre que alguém se queixe de alguém, está criando empeços na própria estrada para o sucesso.


Toda pessoa que serve além do dever, encontrou o caminho para a verdadeira felicidade.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Sinal Verde. Ditado pelo Espírito André Luiz. 49 edição. Uberaba-MG: CEC. 2001.