terça-feira, abril 30, 2013

Convite à Paciência - Joanna de Ângelis




Convite à Paciência


Joanna de Ângelis



“... Em muita paciência, em aflições, em necessidades, em angústias.”
(2ª Epístola aos Coríntios: capítulo 6º, versículo 4.)



Antiga lenda nórdica narra que alguém perguntou a um sábio como poderia ele explicar a eternidade do tempo e do espaço.



O missionário meditou, e apontando colossal montanha de granito que desafiava as alturas, respondeu com simplicidade:



 “ Suponhamos que uma avezita se proponha a desbastar a rocha imponente, paulatina, insistentemente, atritando o bico de encontro à pedra.



Quando houver destruído tudo, estará apenas iniciando a eternidade...”


*

A paciência é o fator que representa, de maneira mais eficiente, o equilíbrio do homem que se candidata a qualquer mister.



Fácil é o entusiasmo do primeiro impulso, comum é o desencanto da terceira hora.



A paciência é a medida metódica e eficaz que ensina a produzir no momento exato a tarefa correta.



Diante do que devemos fazer, não poucas vezes somos acionados pelos implementos da precipitação.



Frente às tarefas acumuladas e aos problemas, indispensável façamos demorado exame e cuidada reflexão antes de apressar atitudes.



Precipitação traduz desarmonia, perturbação, com agravante desconsideração ao tempo.



A paciência significa auto-confiança.



A pirâmide se ergueu bloco a bloco.



As construções grandiosas resultaram da colocação de peça sobre peça.



As gigantescas sequóias se desenvolveram célula a célula.



O que hoje não consigas, perseverando com dignidade e paciência, lograrás amanhã.



Paciência não quer dizer amolentamento, mas dinâmica eficiente e nobre de produzir diante dos deveres que nos competem desdobrar.



Ao lado de alguém que nos subestima — paciência.



Entre as dores que nos chegam — paciência.



Ante o rebelde que nos atormenta — paciência.



O tempo é mestre eficiente que a todos ensina, no momento próprio, com a lição exata plasmando o de que cada um necessita a benefício de si mesmo.



Jesus, acompanhando e inspirando o progresso da Terra, pacientemente espera que o homem se volte para Ele, a fim de que, encarregado da nossa felicidade, possa dirigir-nos pelo caminho que leva a Deus.



Em qualquer circunstância, pois, paz e paciência para o êxito do empreendimento encetado.





FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Convites da Vida , CAP. 34, p. 29.

segunda-feira, abril 29, 2013

Convite à Alegria - Joanna de Ângelis






Convite à Alegria

Joanna de Ângelis


“Mas eu vos tornarei a ver e o vosso coração se encherá de alegria e  essa alegria ninguém vo-la tirará.” (João: capítulo 16º, versículo 22).




A constrição dos muitos problemas a pouco e pouco vem deixando ressaibos de amarguras e tens a impressão de que os melhores planos traçados nos painéis da esperança, agora são lembranças que a dura realidade  venceu.



Tantos esforços demoradamente envidados parecem redundar em lamentáveis escombros.



A fortuna fácil que alguns amigos granjearam e o êxito na ribalta social por outros lobrigado, afirmam o que consideras o fracasso das tuas aspirações.



Na jornada quotidiana “marcas passos”.



Na disputa das posições segues ladeira acima.



No círculo das amizades cais na “rampa do desprezo”.



No reduto da família és um “estranho em casa.



Aguilhões e escolhos surgem, multiplicam-se e estás a ponto de desistir.



Mesmo assim, cultiva a alegria.



Sorri ante a dadivosa oportunidade de ascender em espírito, quando outros estacionam ou decaem.



Exulta por dispores do tesouro que é a oportunidade feliz de não apenas te libertares das dívidas como também granjeares títulos de enobrecimento interior.



Rejubila-te com a honra de liberar-te quando outros se comprometem.



Triunfos e lauréis são antes responsabilidades e empréstimos de que somente poucos, quase raros espíritos conseguem desincumbir-se sem gravames ou insucessos dolorosos.



O sol que oscula a fonte e rocia a pétala da rosa é o mesmo que aquece o charco e o transforma, em nome do Nosso Pai, como a dizer-nos que o Seu amor nos chega sempre em qualquer situação e lugar em que nos encontremos.



Recorda a promessa de Jesus de voltar a encontrar-se contigo, dando-te a alegria que ninguém poderá tomar.



Cultiva, assim, a alegria, que independe das coisas de fora, mas que nasce na fonte cantante e abençoada do solo do coração e verte linfa abundante como rio de paz, por todos os dias até a hora da libertação, começo feliz da via por onde seguirás na busca da ventura plena.





FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Convites da Vida Cap.1 , p. 3.

domingo, abril 28, 2013

Oração Curativa - Padre Eustáquio - Arnaldo Rocha

 
 
 
 
Oração curativa – Padre Estáquio
Arnaldo Rocha
 
 A reunião da noite de 11 de novembro de 1954 trouxe-nos a confortadora visita do Espírito de Padre Eustáquio.
 
 
Sacerdote extremamente consagrado ao bem, nosso amigo residiu, por  alguns anos, em Belo Horizonte, onde, através de seu nobre coração e de sua mediunidade curadora, inúmeros sofredores encontraram alívio.
 
 
Sempre rodeado por verdadeira multidão de Infelizes, Padre Eustáquio foi  o apóstolo das curas, das quais se ocuparam largamente os jornais de nosso País.
 
 
E, continuando, além-túmulo, o seu ministério sublime, conforme a observação dos médiuns clarividentes de nosso grupo, compareceu às nossas preces acompanhado por uma pequena multidão de Espíritos conturbados e infelizes a lhe pedirem socorro.
 
O prezado visitante senhoreou as faculdades psicofônicas do médium com todas as características de sua personalidade, inclusive a mímica oratória e a voz que lhe eram peculiares quando encarnado.
 
Sua alocução, de grande beleza para nós, em vista da simplicidade em que foi vazada, é portadora de expressivos apontamentos com respeito à oração.
 
O DVD Instruções Psicofônicas, lançado pela Versátil Vídeos, contém esta gravação de alto valor histórico.
 
 
 
 
Meus amigos.
 
 
Que a paz do Cristo permaneça  em nossos corações, conduzindo-nos para a
luz.
 
 
Fui padre católico romano, naturalmente limitado às concepções do meu  ambiente, mas não tanto que não pudesse compreender todos os homens como tutelados de Nosso Senhor.
 
 
A morte do corpo veio dilatar os horizontes de meu entendimento e agora vejo com mais clareza a necessidade do esforço conjunto de todas as nossas escolas de interpretação do Evangelho, para que nos confraternizemos com fervor e sinceridade, à frente do Eterno Amigo.
 
 
Com esse novo discernimento, visito-vos o núcleo de ação cristianizante, tomando por tema a oração como poder curativo e definindo a nossa fé como dom providencial.
 
O mundo permanece coberto de males de toda a sorte.
 
Há epidemias de ódio, desequilíbrio, perversidade e ignorância, como em outro tempo conhecíamos a infestação de peste bubônica e febre amarela.
 
Em toda parte, vemos enfermidades, aflições, descontentamentos, desarmonias…
 
 
Tudo é doença do corpo e da alma.
 
 
Tudo é ausência do Espírito do Senhor.
 
 
Não ignoramos, porém, que todos temos a prece à nossa disposição como força de recuperação e de cura.
 
 
É necessário orientar as nossas atividades, no sentido de adaptar-nos à Lei do Bem, acalmando nossos sentimentos e sossegando nossos impulsos, para, em seguida, elevar o pensamento ao manancial de todas as bênçãos, colocando a nossa vida em ligação com a Divina Vontade.
 
 
Sabemos hoje que outras vibrações escapam à ciência terrestre, além do  ultravioleta e aquém do infravermelho.
 
 
À medida que se desenvolve nos domínios da inteligência, compreende o  homem com mais força que toda matéria é condensação de energia.
 
 
Disse o Senhor: — «Brilhe vossa luz» — e, atualmente, a experimentação positiva revela que o próprio corpo humano é um gerador de forças dinâmicas, constituído assim como um feixe de energias radiantes, em que a consciência fragmentária da criatura evolui ao impacto dos mais diversos raios, a fim de entesourar a Luz Divina e crescer para a Consciência Cósmica.
 
 
Vibra a luz em todos os lugares e, por ela, estamos informados de que o  Universo é percorrido pelo fluxo divino do Amor Infinito, em freqüência muitíssimo elevada, através de ondas ultracurtas que podem ser transmitidas de espírito a espírito, mais facilmente assimiláveis por intermédio da oração.
 
 
Cada aprendiz do Evangelho necessita, assim, afeiçoar-se ao culto da prece, no próprio mundo íntimo, valorizando a oportunidade que lhe é concedida para a comunhão com o Infinito Poder.
 
 
Para isso, contudo, é indispensável que a mente e o coração da criatura estejam em sintonia com o amor que domina todos os ângulos da vida, porque a lei do amor é tão matemática como a lei da gravitação.
 
 
Mentalizemos a eletricidade, por exemplo, na rede iluminativa. Caso apareça qualquer hiato na corrente, ninguém se lembrará de acusar a usina, como se o fluxo elétrico deixasse de existir. Certificar-nos-emos sem dificuldade de que há um defeito na lâmpada ou na tomada de força.
 
 
Derrama-se o amor de Nosso Senhor Jesus-Cristo para todos os corações, no entanto, é imprescindível que a lâmpada de nossa alma se mostre em condições de receber-lhe o Toque Sublime.
 
 
Os materiais que constituem a lâmpada são apetrechos de exteriorização da luz, mas a eletricidade é invisível.
 
 
Assim também, nós vemos o Amor de Deus em nossas vidas, por intermédio do Grande Mediador, Jesus-Cristo, em forma de alegria, paz, saúde, concórdia, progresso e felicidade; entretanto, acima de todas essas manifestações, abordáveis ao nosso exame, permanece o invisível manancial do Ilimitado Amor e da Ilimitada Sabedoria.
 
 
Usando imagens mais simples, recordemos o serviço da água no abrigo doméstico.
 
 
Logicamente, as fontes são alimentadas por vivas reservas da Natureza, mas, para que a água atinja os recessos do lar, não prescindiremos da instalação adequada.
 
 
A canalização deve estar bem disposta e bem limpa.
 
 
Em vista disso, é necessário que todas as atitudes em desacordo com a Lei do Amor sejam extirpadas de nossa existência, para que o Inesgotável Poder penetre através de nossos humildes recursos.
 
 
O canal de nossa mente e de nosso coração deve estar desimpedido de todos os raciocínios e sentimentos que não se harmonizem com os padrões de Nosso Senhor.
 
 
Alcançada essa fase preparatória, é possível utilizar a oração por medida de reajuste para nós e para os outros, incluindo quantos se encontram perto ou longe de nós.
 
 
Ninguém pode calcular no mundo o valor de uma prece nascida do coração humilde e sincero diante do Todo-Misericordioso.
 
 
Certamente as tinturas e os sais, as vitaminas e a radioatividade são elementos que a Providência Divina colocou a serviço dos homens na Terra.
 
 
É também compreensível que o médico seja indispensável, muitas vezes, à  cabeceira dos doentes, porque, em muitas situações, assim como o professor precisa do discípulo e o discípulo do professor, o enfermo precisa do médico, tanto quanto o médico necessita do enfermo, na permuta de experiência.
 
 
Isso, porém, não nos impede usar os recursos de que dispomos em nós  mesmos. E estejamos convictos de que, ligando o fio de nossa fé à usina do Infinito Bem, as fontes vivas do Amor Eterno derramar-se-ão através de nós, espalhando saúde e alegria.
 
 
Assim como há lâmpadas para voltagens diversas, cada criatura tem a sua  capacidade própria nas tarefas do auxílio. Há quem receba mais, ou menos força.
 
 
Desse modo, conduzamos nossa boa-vontade aos companheiros que sofrem, suplicando a Infinita Bondade em favor de nós mesmos.
 
 
É indispensável compreender que a oração opera uma verdadeira transfusão de plasma espiritual, no levantamento de nossas energias.
 
 
Se nos sentimos fracos, peçamos o concurso de um companheiro, de dois  companheiros ou mais irmãos, porque as forças reunidas multiplicam as forças e, dessa forma, teremos maiores possibilidades para a eclosão do Amparo Divino que está simplesmente esperando que a nossa capacidade de transmissão e de sintonia se amplie e se eleve, em nosso próprio favor.
 
 
Mentalizemos o órgão enfermo, a pessoa necessitada ou a situação difícil, à maneira de campos em que o Divino Amor se manifestará, oferecendo-lhes nosso coração e nossas mãos, por veículos de socorro, e veremos fluir, por nós, os mananciais da Vida Eterna, porque o Pai Todo-Compassivo e Jesus Nosso Senhor nunca se empobrecem de bondade.
 
 
A indigência é sempre nossa.
 
 
Muitos dizem «não posso ajudar porque não sou bom», mas, se já fôssemos senhores da virtude, estaríamos noutras condições e noutras esferas.
 
 
Consola-nos saber que somos discípulos do bem e, nessa posição, devemos exercitá-lo.
 
 
Movimentemos a boa-vontade.
 
 
Não temos ainda as árvores da generosidade e da compreensão, da fé  irrepreensível e da perfeita caridade, mas possuímos as sementes que lhes  correspondem. E toda semente bem plantada recolhe do Alto a graça do  crescimento.
 
 
Assim, pois, para que tenhamos assegurado o êxito da nossa plantação de  qualidades superiores, é preciso nos disponhamos a fazer da própria vida um canal de manifestação do Constante Auxílio.
 
 
Todos temos provas, dificuldades, moléstias, aflições e impedimentos, contudo, dia a dia, colocando nosso espírito à disposição do Divino Amor que flui do centro do Universo para todos os recantos da vida, desenvolver-nos-emos em entendimento, elevação e santificação.
 
 
Trabalhemos, portanto, estendendo a oração curativa.
 
 
A vossa assembléia de socorro aos irmãos conturbados na  sombra é uma  exaltação da prece desse teor, porque trazeis ao vosso círculo de serviço aquilo que guardais de melhor e contais simplesmente com o Divino Poder, já que nós, de nós mesmos, nada detemos ainda de bom senão a migalha de nossa confiança e de nossa boa-vontade.
 
 
Em nome do Evangelho, sirvamos e ajudemos.
 
 
E que Nosso Senhor Jesus-Cristo nos assista e abençoe.
 
 
Eustáquio
 
XAVIER, Francisco Cândido organizado por Arnaldo Rocha . Instruções Psicofônicas.  FEB.

O choro da estrela - Momento Espírita





O choro da estrela




Conta uma lenda que, certo dia, caminhava Deus, sossegadamente, pelo Universo.



Contemplava a Sua criação, verificando se tudo estava correndo bem.



Em certo ponto de Sua caminhada, deparou com uma estrela, num choro convulsivo.



Aproximou-se e com Seu carinho de Pai, perguntou: 



Por que você chora, minha filha?



A estrela, em pranto, mal conseguia falar:



Sabe, meu Pai, estou triste. 


Não consigo achar uma razão para a minha existência. 



O sol, com todo o seu brilho, fornece calor, luz e energia. 



Serve especialmente ao planeta azul e as pessoas ali o esperam todos os dias, alegrando-se com o seu surgimento.



As estrelas cadentes alimentam os sonhos dos românticos que as contemplam, maravilhados.



Os cometas geram dúvidas e mistérios, movimentando cientistas de todo lugar para os estudar e analisar. 


Todos são importantes. 



Todos, menos eu. 



Eu fico aqui parada, sem utilidade nenhuma.



Deus ouviu tudo atentamente. 


Com paciência, decidiu explicar para a estrela os porquês de sua existência.



Porém, nesse instante, uma voz interrompeu o diálogo. 


Era uma voz que vinha de longe, uma voz infantil.



Era uma criança, que caminhava com sua mãe, em um dos planetas da região.



A criança dizia: Veja, mamãe! O dia já vai nascer!



A mãe ficou um tanto confusa. 



Como podia uma criança que mal sabia as horas, saber que o sol logo nasceria, se tudo ainda estava escuro?



Como você sabe disso, meu filho?



E a criança alegre respondeu: 



Veja aquela estrela, mamãe! 



Papai me disse que ela anuncia o novo dia.



Ela sempre aparece um pouco antes do sol, e aponta o lugar de onde o sol vai sair.



Ouvindo aquilo, a estrela se pôs a chorar. Mas de emoção.



Não era mais preciso que Deus lhe explicasse o motivo da sua existência. 



Como tudo o que Ele criou, ela também tinha uma razão de ser.



Era a estrela que anunciava o novo dia. 


E com o novo dia, se renovam sempre as esperanças, os sonhos.



Ela servia para orientar os homens, indicando-lhes o caminho a percorrer.



Quando a vissem, eles poderiam ter certeza que logo mais o sol surgiria, abrilhantando tudo, espancando a escuridão da noite, secando as estradas da chuva torrencial das horas anteriores, aquecendo as manhãs frias.



A estrela, sentindo-se imensamente útil, encheu-se de felicidade e brilhou com mais intensidade.



Descobrira, enfim, como ela era importante e indispensável ao ciclo da vida.


*   *   *



Todos temos uma razão para existir, mesmo que ainda não a tenhamos descoberto.



Alguns nascem para ser estrela de outras vidas, orientando-as na caminhada.



Outros nascem para iluminar estradas, conduzir mentes, acalentar corações.



Muitos nascem para ser o suporte de outros, em sua trajetória de glórias e sucessos.



Se você ainda não descobriu porque está na Terra, eleja a si próprio estrela de luz e comece a semear amor e espalhar alegrias ao seu redor.



Assim, você iluminará a sua própria vida, iluminando todos que estão à sua volta.





Redação do Momento Espírita, com base no artigo O choro da estrela, de autoria ignorada. Disponível em www.momento.com.