domingo, dezembro 29, 2019

Ano Novo , Ano Novo Divaldo Pereira Franco


                                              

Ano Novo , Ano Novo 

Divaldo Pereira Franco

O Calendário terrestre, na sua implacável tarefa de medir os tempos, anuncia a chegada de um novo período, que se repete inexoravelmente na sucessão das horas. 


Cada ciclo é celebrado, desde há muito, quando se começou a contar a sucessão dos dias, como portador de fortuna e de bênçãos que preencherão os vazios do anterior, ou produzirão resultados benéficos de todos os esforços que não foram conseguidos anteriormente. 

Festas, cultos religiosos, programas recreativos e promessas de felicidade sempre são estabelecidos qual se a mão mágica do destino alterasse a ordem e o ritmo dos acontecimentos, abençoando todos indivíduos. 

Despede-se do velho ano, como sendo algo que deve ficar no seu lugar no passado e investe-se com todo o empenho na realização dos prazeres e alegrias das futuras experiências programadas com exaltação e brilho. 

Faz-se promessas de renovação de conduta, de conquista de plenitude como se tudo dependesse da emoção e do desconhecimento a respeito do futuro. 

À medida que os dias surgem e passam, vão ficando no olvido as ilusões programadas e a rotina proporciona a acomodação nos mesmos painéis dos hábitos doentios de sempre. 

Cada dia deve ser considerado como sendo uma oportunidade edificante na construção do bem e do progresso em favor de si mesmo e da coletividade. 

Os ideais superiores devem ser mantidos, e quando malsucedidos em uma oportunidade, repetidos insistentemente até o êxito que é o objetivo terminal. 

Toda e qualquer realização exige esforço, após um planejamento cuidadoso, delineando-se a maneira de execução e de resultados. 

O homem e a mulher de bem sempre vêem em cada momento ocasião de serviço edificante e de renovação íntima sempre para melhor. 

Vigilantes, servem. 

A magia do ano novo constitui estímulo para melhorar-se a existência e construir-se o mundo melhor para todos. 


Não deve, no entanto, servir de exaltação para desperdícios festivos, embriagues dos sentidos, programações absurdas distantes da realidade, nem para revoltas e maldições defluentes dos insucessos momentâneos da existência. 

Sendo uma ocasião igual a todas as outras do passado, deve ser muito bem aproveitada, de modo que se constitua precioso recurso para a evolução moral e espiritual do ser humano. 

Viver-se cada dia com a alegria e os ensejos de produzir valiosos tesouros de amor e sabedoria deve ser a melhor conduta a adotar-se. 

Conta-se que S. Francisco estava capinando o jardim, quando alguém lhe perguntou: 

- Se o irmão soubesse que iria morrer hoje à tarde, que faria? 

Calmamente respondeu:


- Continuava capinando o meu jardim. 

Seja qual for a situação, devemos continuar capinando o nosso jardim. 


Diz a canção popular: Adeus Ano velho, feliz Ano novo! 

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, 26 de dezembro 2019. 

quarta-feira, dezembro 25, 2019

O Significado do Natal Para os Espíritas - Marta Antunes Moura





O Significado do Natal Para os Espíritas



Marta Antunes Moura



Natal é comemorado no dia 25 de dezembro porque a data foi retirada de uma festa pagã muito popular existente na Roma antiga, e que fora oficializada pelo imperador Aureliano em274 d. C.


A finalidade da festa era homenagear o deus sol Natalis Solis Invicti (Nascimento do Sol Invicto) considerado a primeira divindade do império romano e festejar o início do solstício de inverno.


Com o triunfo do Cristianismo, séculos depois, a data foi utilizada pela igreja de Roma para comemorar o nascimento do Cristo (que, efetivamente, não ocorreu em 25 de dezembro), considerado, desde então, como o verdadeiro “sol” de justiça.


Com o passar do tempo, hábitos e costumes de diferentes culturas foram incorporados ao Natal, impregnando o de simbolismo: a árvore natalina, por exemplo, é contribuição alemã, instituída no século XVI, com o intuito de reverenciar a vida, sobretudo no que diz respeito aos pinheiros, que conservam a folhagem verde no inverno; o presépio foi ideia de Francisco de Assis, no século XIII. 


As bolas e estrelas que enfeitam a árvore de Natal representam as primitivas pedras, maçãs ou outros elementos com que no passado se adornavam o carvalho, precursor da atual árvore de Natal.

*

Antes de serem substituídas por lâmpadas elétricas coloridas, as velas eram enfeites comuns nas árvores, como um sinal de purificação, e as chamas acesas no dia 25 de dezembro são uma referência ao Cristo, entendido como a luz do mundo.


A estrela que se coloca no topo da árvore é para recordar a que surgiu em Belém por ocasião do nascimento de Jesus. 


Os cartões de Natal apareceram pela primeira vez na Inglaterra, em meados do século XIX.


Os espíritas veem o Natal sob outra ótica, que vai além da troca de presentes e a realização do banquete natalino, atividades típicas do dia.


Já compreendem a importância de renunciar às comemorações natalinas que traduzam excessos de qualquer ordem, preferindo a alegria da ajuda fraterna aos irmãos menos felizes, como louvor ideal ao Sublime Natalício.


Os verdadeiros amigos do Cristo reverenciam-no em espírito(2).


A despeito do relevante significado que envolve o nascimento e a vida do Cristo e sua mensagem evangélica, sabemos que muitos representantes da cristandade agem como cristãos sem o Cristo, porque vivenciam um Cristianismo de aparência.

*

Neste sentido, afirmava o Espírito Olavo Bilac que “ser cristão é ser luz ao mundo amargo e aflito, pelo dom de servir à Humanidade inteira”(3).


Chegará a época, contudo, em que Jesus, o guia e modelo da Humanidade terrestre,4 será reverenciado em espírito e verdade; Ele deixará de ser visto como uma personalidade mítica, distante do homem comum; ou mero símbolo religioso que mais se assemelha a uma peça de museu, esquecida em um canto qualquer, empoeirada pelo tempo. 


Não podemos, contudo, perder a esperança. 


Tudo tem seu tempo para acontecer.


No momento preciso, quando se operar a devida renovação espiritual da Humanidade, indivíduos e coletividades compreenderão que […] 


Jesus representa o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua lei […].(5)


Distanciado dos simbolismos e dos rituais religiosos, o espírita consciente procura festejar o Natal todos os dias, expressando-se com fraternidade e amor ao próximo. 


Admite, igualmente, que […] a Doutrina Espírita nos reconduz ao Evangelho em sua primitiva simplicidade, porquanto somente assim compreenderemos, ante a imensa evolução científica do homem terrestre, que o Cristo é o sol moral do mundo, a brilhar hoje, como brilhava ontem, para brilhar mais intensamente amanhã(6). 


Perante as alegrias das comemorações do Natal, destacamos três lições ensinadas pelos orientadores espirituais, entre tantas outras. 


Primeira, o significado da Manjedoura, como assinala Emmanuel: 


As comemorações do Natal conduzem-nos o entendimento à eterna lição de humildade de Jesus, no momento preciso em que a sua mensagem de amor felicitou o coração das criaturas, fazendo-nos sentir, ainda, o sabor de atualidade dos seus divinos ensinamentos.



A Manjedoura foi o Caminho. 


A exemplificação era a Verdade. O Calvário constituía a Vida. 


Sem o Caminho,o homem terrestre não atingirá os tesouros da Verdade e da Vida(7).


 Segunda, a inadiável (e urgente) necessidade de nos aproximarmos mais do Cristo, de forma que o seu Evangelho se reflita, efetivamente, em nossos pensamentos, palavras e atos. 


Para a nossa paz de espírito não é mais conveniente sermos cristãos ou espíritas “faz de conta”.[…]

 *
Comentando o Natal, assevera Lucas que o Cristo é a Luz para alumiar as nações(8).


Não chegou impondo normas ou pensamento religioso. 


Não interpelou governantes e governados sobre processos políticos.


 Não disputou com os filósofos quanto às origens dos homens. 


Não concorreu com os cientistas na demonstração de aspectos parciais e transitórios da vida. 


Fez luz no Espírito eterno.



Embora tivesse o ministério endereçado aos povos do mundo, não marcou a sua presença com expressões coletivas de poder, quais exército e sacerdócio, armamentos e tribunais. 


Trouxe claridade para todos, projetando-a de si mesmo. 


Revelou a grandeza do serviço à coletividade, por intermédio da consagração pessoal ao Bem Infinito. 


Nas reminiscências do Natal do Senhor, meu amigo, medita no próprio roteiro.


Tens suficiente luz para a marcha? 


Que espécie de claridade acendes no caminho? 


Foge ao brilho fatal dos curtos-circuitos da cólera, não te contentes com a lanterninha da vaidade que imita o pirilampo em voo baixo, dentro da noite, apaga a labareda do ciúme e da discórdia que atira corações aos precipícios do crime e do sofrimento. 


Se procuras o Mestre divino e a experiência cristã, lembra-te de que na Terra há clarões que ameaçam, perturbam, confundem e anunciam arrastamento…


Estarás realmente cooperando com o Cristo, na extinção das trevas, acendendo em ti mesmo aquela sublime luz para alumiar?(9).


 Por último é muito importante aprendermos a ser gratos a Jesus pelas inúmeras bênçãos que Ele nos concede cotidianamente, em nome do Pai, como a família, os amigos, a profissão honesta, a vivência espírita etc., sabendo compartilhá-las com o próximo, como aconselha Meimei: 


Recolhes as melodias do Natal, guardando o pensamento engrinaldado pela ternura de harmoniosa canção…


Percebes que o Céu te chama a partilhar os júbilos da exaltação do Senhor nas sombras do mundo. […] 


Louva as doações divinas que te felicitam a existência, mas não te esqueças de que o Natal é o Céu que se reparte com a Terra, pelo eterno amor que se derramou das estrelas. 


Agradece o dom inefável da paz que volta, de novo, enriquecendo-te a vida, mas divide a própria felicidade, realizando, em nome do Senhor, a alegria de alguém!..


Revista Reformador Edição de Dezembro 2010 Editora FEB


Referências:
1 DUTRA, Haroldo D. O novo testamento. (Tradutor). Brasília: EDICEI, 2010. p. 258.

2 VIEIRA, Waldo. Conduta espírita. Pelo Espírito André Luiz. 31. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 47, p. 154.

3 XAVIER, Francisco C. Antologia mediúnica do natal. Espíritos diversos. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 76, p. 201.

4 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 625.

5 ___________. _______________________                                            Comentário de Kardec àq. 625.
6 XAVIER, Francisco C. Religião dos espíritos. Pelo Espírito Emmanuel. 21. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. Jesus e atualidade, p. 296.

7 _________________. Antologia mediúnica do natal. Espíritos diversos. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 21, p. 57.


8LUCAS, 2:32.


9 XAVIER, Francisco C. Antologia mediúnica do natal. Espíritos diversos. 6. ed.Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 4.


10 ______. ______. Cap. 29, p. 73-74.


FONTE:

MOURA, Marta Antunes . Verdade Luz. O significado do natal para os espíritas. Disponível em https://www.verdadeluz.com.br/o-significado-natal-para-os-espiritas-marta-antunes-moura/. Acesso : 24 DEZ 2019.



terça-feira, dezembro 24, 2019

Sonhos de Criança - Iraima Bagni






Sonhos de Criança

Iraima Bagni




Fiquei sabendo que você cresceu

E já não acredita mais em Papai Noel.


Como pode esquecer daquele tempo de criança,


Onde a fantasia reinava ?




O tempo em que você antes de se deitar,

Colocava seu sapatinho na janela

E acordava cedinho, na esperança de encontrar

O presente que Papai Noel lhe deixaria ?



Hoje seus sonhos são outros...



Cadê a "sua " criança ?

Perdeste-a ao longo da vida ?

Não estará ela escondidinha no seu coração ?

Procure-a !



Ela ainda vive dentro de você !

Não deixe que seus sonhos morram !

A fantasia nos faz viver, sonhar, desejar...


Coloque seu sapatinho na janela !

Faça seu pedido !

Talvez ele demore um pouco a se realizar

Mas a vida já te ensinou que tudo tem seu tempo

E você já aprendeu a esperar, a ter paciência...


Já aprendeu que se seu pedido não se realizar

Pode já ser um grande presente,

Pois, nem tudo que queremos é para o nosso bem.



Então, pegue seu sapatinho da esperança


Coloque-o na janela do desejo


E aguarde para que seus sonhos


Se tornem realidade.




Depois sorria, compreenda, dê pulos


E agradeça seu presente de Natal!


E seja muito, muito FELIZ!







Mantenha  "viva" essa criança íntima que nunca devemos deixar  morrer...Ao contrário, acolha-a , ame-a, agradeça-a, sorria, seja feliz , ame e acima de tudo, agradeça a Deus !






Desejo um FELIZ NATAL a todos e que Jesus possa renascer em nossos corações em cada dia do Novo Ano  ... 



Aos  amigos que tem partilhado seus momentos comigo, aqueles que se fizeram ausentes e a todos que acessam este blog , seja frequentemente , esporadicamente ou casualmente, mas que aqui marcam sua presença ...

Natal de Luzes - Joanna de Angelis





Natal de Luzes



Joanna de Angelis



Não te deixes consumir pela angústia ou pelo medo destes dias.


Busca Jesus nas tuas paisagens íntimas e estabelece um vínculo de amor com Ele, deixando-te conduzir pelo caminho seguro do Bem. 


Se Ele, porém, ainda não nasceu no teu coração, abre-te à possibilidade, para que aconteça esse evento imediatamente, passando a conviver com a Sua presença libertadora.


Aquele foi um Natal de luzes, que iniciou era nova para a humanidade, em desalinho.


Permite que este seja o teu momento luminífero e transformador com Ele nascendo nos teus sentimentos e clareando a noite afligente em que te encontras em um permanente Natal de luzes.


Neste Natal permite que o amor de Jesus te irrigue o coração e verta em direção daqueles para os quais Ele veio, os nossos irmãos sofredores da Terra.


Faze mais: deixa-O renascer na tua alma e agasalha-O, para que Ele siga em ti e contigo, por todos os dias da tua vida.



FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis.



FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis.