sexta-feira, maio 31, 2024

Convite ao Bem - Joanna de Ângelis



Convite ao Bem

Joanna de Ângelis


“Assim como quereis que vos façam os homens, assim fazei vós também a eles.” (Lucas: capítulo 6º, versículo 31).


A problemática do sofrimento humano, na atualidade, pouco difere das velhas injunções que vêm anatematizando o homem, e por cujo meio o espírito expunge os equívocos e ascende a pouco e pouco na direção do Infinito.


Enxameiam em todo lugar multidões de padecentes experimentando amarguras sem nome, sob o guante de inenarráveis condições de miséria orgânica, social e moral.


Não apenas nas colossais metrópoles modernas, em que se aglutinam milhões de criaturas, mas também, nas pequenas cidades, nos insignificantes burgos, nos campos...


Palácios suntuosos e choças misérrimas diferem na paisagem arquitetônica, igualando-se frequentemente nas estruturas daqueles que os habitam. 


Isto porque o sofrimento independe das condições externas sempre transitórias e de pouca valia.


As necessidades reais, que engendram a dita como o infortúnio, sempre decorrem do espírito.


Por essa razão, sem descuidar dos auxílios ao corpo e ao grupo humano com o indispensável sustento imediato para a vida honrada em condição de dignidade, o convite ao bem nos impele à iluminação da consciência, sobretudo, de modo a erradicar as questões constringentes que fomentam a miséria e os desajustes de toda ordem.



Esparze misericórdia pela estrada por onde segues, estendendo o socorro geral, simultaneamente esclarece e consola para que a semente do bem que consigas plantar numa vida se transforme em gleba feliz pelo tempo futuro a fora.



FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 4, p 5-6, 1972.



quinta-feira, maio 30, 2024

Apatia - Joanna de Ângelis

 




 Apatia 


Joanna de Ângelis


Se a atitude violenta, precipitada, pode levar a desastres de consequências lamentáveis, a apatia é sempre fator de desconserto e atraso na máquina do progresso.


Quase sempre a apatia tem origem no programa carmico do Espírito em prova. 


É decorrência de graves aflições e erros que não foram necessariamente corrigidos pelo Espírito e ressumam do imo dalma como expressão deprimente, paralisante.


O apático é alguém que perde a batalha antes de enfrentá-la...


Encontra-se em processo de evolução com o objetivo de vencer as injunções penosas, devendo investir grandes esforços pelo superá-las.


No estado de debilidade de forças a que se entrega e no qual se deixa paralisar, aprisionado nas teias da indolência, deve e pode romper todos os vínculos e reorganizar-se, iniciando o esforço, a princípio mentalmente, para depois tomar em ações a programática a que se deve submeter, engajando-se no compromisso reabilitador.


Facilmente, aquele que padece a constrição da apatia acomoda-se à situação, e, apesar de penosa, constitui-lhe uma forma de bem-estar, que leva à inércia, ao desequilíbrio.


Vida é ação.


Ação é movimento a ser empreendido para o bem e o progresso, de cujo esforço resultam as conquistas que impulsionam à felicidade.


*

Elimina, do teu vocabulário, as frases pessimistas habituais, substituindo-as por equivalentes ideais.


Não digas: 

“não posso”, “não suporto mais”, “desisto”. 


Faze uma mudança de paisagem mental e corrige-a por outras: 


“tudo posso, quando quero”, “suporto tudo quanto é para o meu bem” e “prosseguirei ao preço do sacrifício, para a vitória que persigo”.


Reage com vigor à urdidura da apatia, do desinteresse.


O homem transita pelos caminhos que elege, nos quais se compraz.


A apatia é doença da alma, que a todos cumpre combater com as melhores disposições.


Na luta competitiva da vida terrestre, não há lugar para o apático.


Receando o labor bendito ou dele fugindo, mediante mecanismos de evasão inconsciente, a criatura se deixa envenenar pela psicosfera mórbida da autopiedade, procurando inspirar compaixão antes que despertar e motivar o amor.


*

Nos estados apáticos, dão-se início os processos de auto obsessão quanto da submissão obsessiva a Espíritos inconsequentes, que se comprazem em explorar, psíquica, emocional e organicamente os que se lhes fazem vítimas espontâneas.


Reage com vigor à urdidura da apatia, do desinteresse.


Ora e vence o adversário sutil, que em ti procura alojamento, utilizando-se de justificativas falsas.


A lei do trabalho é impositivo das leis naturais que promovem o progresso e fomentam a vida.


*

Não é por outra razão que a tradição evangélica nos informa: 


“Ajuda-te e o céu te ajudará”, conclamando-nos à luta contra a apatia e os seus sequazes, que se fazem conhecidos como desencanto, depressão, cansaço e equivalentes.


FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Alerta, cap.35.

quarta-feira, maio 29, 2024

A máxima lição da vida é o amor - Joanna de Ângelis





A máxima lição da vida é o amor 

Joanna de Ângelis

A máxima lição da vida é o amor.


Sem ele os objetivos a alcançar perdem a finalidade, deixando a criatura à mercê das suas paixões inferiores.


O amor dilui as sombras dos sentimentos negativos, imprimindo o selo da mansidão em todos os atos.


Ama, portanto, tudo e todos.


Exercita-te no amor à Natureza, que esplende em Sol, ar, água, árvore, flores, frutos, animais e homens.


Deixa-te enternecer pelos convites silenciosos que o Pai Criador te faz e espraia as tuas emoções por sobre todas as coisas, dulcificando-te interiormente.


Quanto mais ames, menos serás atingido pelas farpas do mal,  pois que a tua compreensão dilatada abrirá os espaços à vida, colhendo somente os efeitos da paz.




FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Vida feliz, p. 254-255.

terça-feira, maio 28, 2024

Preocupações - André Luiz

 




Preocupações 

André Luiz


Não se aflija por antecipação, porquanto é possível que a vida resolva o seu problema, ainda hoje, sem qualquer esforço de sua parte.


Não é a preocupação que aniquila a pessoa e sim a preocupação em virtude da preocupação.

 

Antes das suas dificuldades de agora, você já faceou inúmeras outras e já se livrou de todas elas, com o auxílio invisível de Deus.

 

Uma pessoa ocupada em servir nunca dispõe de tempo para lembrar injúria ou ingratidão.

 

Disse um notável filósofo: "uma criatura irritada está sempre cheia de veneno", e podemos acrescentar: "e de enfermidade também".

 

Trabalhe antes, durante e depois de qualquer crise e o trabalho garantirá sua paz.

 

Conte as bênçãos que lhe enriquecem a vida, em anotando os males que porventura lhe visitem o coração, para reconhecer o saldo imenso de vantagens a seu favor.

 

Geralmente, o mal é o bem mal interpretado.

 

Em qualquer fracasso, compreenda que se você pode trabalhar, pode igualmente servir, e quem pode servir carrega consigo um tesouro nas mãos.

 

Por maior lhe seja o fardo do sofrimento, lembre-se de que Deus, que aguentou você ontem, aguentará também hoje.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito  André Luiz. Sinal verde.

segunda-feira, maio 27, 2024

Poema da Gratidão - Amélia Rodrigues

 




Poema da Gratidão
 

Amélia Rodrigues

 

Senhor, muito obrigado...


Pelo ar que nos dás, pelo pão que nos deste, pela roupa que nos veste, pela alegria que possuímos, por tudo de que nos nutrimos...


Muito obrigado pela beleza da paisagem, pelas aves que voam no céu de anil, pelas Tuas dádivas mil..


Muito obrigado, Senhor, pelos olhos que temos...


Olhos que veem o céu, que veem a terra e o mar, que contemplam toda beleza...


Olhos que se iluminam de amor ante o majestoso festival de cor da generosa Natureza!


E os que perderam a visão?


Deixa-me rogar por eles ao Teu nobre coração!


Eu sei que depois desta vida, além da morte, voltarão a ver com alegria incontida...


Muito obrigado pelos ouvidos meus, pelos ouvidos que me foram dados por Deus.


Obrigado, Senhor, porque posso escutar o Teu nome sublime e, assim, posso amar...


Obrigado pelos ouvidos que registram a sinfonia da vida no trabalho, na dor, na lida...


O gemido e o canto do vento nos galhos do olmeiro, as lágrimas doridas do mundo inteiro e a voz longínqua do cancioneiro...


E os que perderam a faculdade de escutar?


Deixa-me por eles rogar.


Sei que em Teu Reino voltarão a sonhar...


Obrigado, Senhor, pela minha voz, mas também pela voz que ama, pela voz que ajuda, pela voz que socorre, pela voz que ensina, pela voz que ilumina e pela voz que fala de amor, obrigado, Senhor!


Recordo-me, sofrendo, daqueles que perderam o dom de falar e o Teu nome não podem pronunciar.


Os que vivem atormentados na afasia e não podem cantar nem de noite, nem de dia.


Eu suplico por eles sabendo, porém, que mais tarde, no Teu reino voltarão a falar...


Obrigado, Senhor, por estas mãos que são minhas alavancas da ação, do progresso, da redenção...


Agradeço pelas mãos que acenam adeuses, pelas mãos que fazem ternura, e que socorrem na amargura.


Pelas mãos que acarinham, pelas mãos que elaboram as leis pelas mãos que cicatrizam feridas retificando as carnes sofridas balsamizando as dores de muitas vidas!


Pelas mãos que trabalham o solo, que amparam o sofrimento e estancam lágrimas, pelas mãos que ajudam os que sofrem, os que padecem...


Pelas mãos que trabalham nestes traços, como estrelas sublimes fulgindo em meus braços!


E pelos pés que me levam a marchar, ereto, firme a caminhar.


Pés de renúncia que seguem humildes e nobres sem reclamar...


E os que estão amputados, os aleijados, os feridos, os deformados, eu rogo por eles e posso afirmar que no Teu Reino, após a lida dolorosa da vida, hão de poder bailar e em transportes sublimes outros braços afagar...


Sei que a Ti tudo é possível mesmo que ao mundo pareça impossível...


Obrigado, Senhor, pelo meu lar, o recanto de paz ou escola de amor, a mansão da glória...


Obrigado, Senhor, pelo amor que eu tenho e pelo lar que é meu...


Mas, se eu sequer nem um lar tiver ou teto amigo para me aconchegar nem outro abrigo para me confortar...


Se eu não possuir nada, senão as estradas e as estrelas do céu, como leito de repouso e o suave lençol, e ao meu lado ninguém existir, vivendo e chorando sozinho ao léu sem alguém para me consolar...


Direi ainda: Obrigado, Senhor porque Te amo e sei que me amas, porque me deste a vida jovial, alegre, por Teu amor favorecida...


Obrigado, Senhor, porque nasci...


Obrigado porque creio em Ti e porque me socorres com amor, hoje e sempre, obrigado, Senhor!

 

FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Amélia Rodrigues.  Sol de esperança.Bahia: Salvador,LEAL.

 

 


O poema de Gratidão, é antes de tudo, uma prece de agradecimento a Deus.


É o ser humano, expressando esse sentimento de forma bela e poética.

  

Ressalta com muita beleza, os atributos do espírito imortal, a se refletir no hoje e o quanto podem ser úteis, produzindo no campo do Bem e do Amor.

 

Evidencia que as mãos, em ações altruísticas e no trabalho edificante, são propulsoras do progresso e da evolução.

 

E, sobretudo, um hino magnífico, que exalta a reencarnação, abrindo perspectivas de esperança, de novas e sucessivas etapas através dos tempos, nas quais, os que sofrem, encontrarão a recompensa merecida.

 

Essa bela oração gratulatória do espírito Amélia Rodrigues, foi psicografada por Divaldo P. Franco, em Buenos Aires, Argentina, em 21 de Novembro de 1962, que passou a apresentá-la ao finalizar as suas palestras.

 

No momento de encerramento, quando Divaldo pronuncia as primeiras frases do poema, unem-se os pensamentos e vibrações do público presente e, como um majestoso concerto, seus acordes repercutem harmoniosamente, levando a mensagem de gratidão a Deus pela amplidão afora.


Suely Caldas Schubert


quinta-feira, maio 23, 2024

Teu Corpo - Emmanuel


 

Teu Corpo 

Emmanuel


Não menosprezes teu corpo, a pretexto de ascensão à virtude.


Recorda que a semente responsável pelo pão que te supre a mesa, em muitas ocasiões, se valeu do adubo repelente a fim de poder servir-te e que a água a derramar-se do vaso para acalmar-te a sede, quase sempre, foi filtrada no charco, para que a secura não te arruinasse a existência.


O corpo físico é o santuário em que te exprimes no mundo.


Não olvides semelhante verdade para que não respondas com o desleixo à Previdência Divina que, com ele, te investiu na posse de valiosos recursos para o teu aperfeiçoamento de espírito na vida imperecível.


Realmente, as almas vacilantes na fé e ainda aprisionadas às teias da ignorância arrojam-no aos desvãos da aventura e da inutilidade, mas os caracteres valorosos e acordados para o bem, dele fazem o precioso veículo para o acesso às alturas.


Com o corpo terrestre, Maria de Nazaré honorificou a missão da Mulher, recebendo Jesus nos braços maternais e Paulo de Tarso exalçou o Cristianismo nascente, atingindo o heroísmo e a sublimação... 


Com ele Francisco de Assis imortalizou a bondade humana; Giordano Bruno lobrigou a multiplicidade dos mundos habitados;


Galileu observou o movimento da Terra em plena vida cósmica; 


Vicente de Paulo teceu o poema inesquecível da caridade e Beethoven trouxe ao ouvido humano as melodias celestiais...


Lembra-te de que teu corpo é harpa divina. 


E ao invés de lhe condenares as cordas ao abandono e à destruição, tange nelas, com o próprio esforço, o hino do trabalho e da fraternidade, da compreensão e da luz, que te fará nota viva e harmoniosa na sintonia de amor universal com que a Beleza Eterna exalta incessantemente a Sabedoria Infinita de Deus.


XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel.Viajor, cap.22.

quarta-feira, maio 22, 2024

O Olhar de Jesus - Emmanuel

 




O Olhar de Jesus

Emmanuel


Recordemos o olhar compreensivo e amoroso de Jesus, a fim de esquecermos a viciosa preocupação com o argueiro que, por vezes, aparece no campo visual dos nossos irmãos de experiência.


*

O Mestre Divino jamais se deteve na faixa escura dos companheiros de caminhada humana.

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Em Bartimeu, o cego de Jericó, não encontra o homem inutilizado pelas trevas, mas sim o amigo que poderia tornar a ver, restituindo-lhe, desse modo, a visão que passa, de novo, a enriquecer-lhe a existência.

*

Em Maria de Magdala, não enxerga a mulher possuída pelos gênios da sombra, mas sim a irmã sofredora e, por esse motivo, restaura-lhe a dignidade própria, nela plasmando a beleza espiritual renovada que lhe transmitiria, mais tarde, a mensagem divina da ressurreição.

*

Em Zacheu, não identifica o expoente da usura ou da apropriação indébita, e sim o missionário do progresso enganado pelos desvarios da posse e, por essa razão, devolve-lhe o raciocínio à administração sábia e justa

*

Em Simão Pedro, no dia da negação, não se refere ao cooperador enfraquecido, mas sim ao aprendiz invigilante, a exigir-lhe compreensão e carinho, e por isso transforma-o, com o tempo, no baluarte seguro do Evangelho nascente, operoso e fiel até o martírio e a crucificação.

*

Em Judas, não surpreende o discípulo ingrato, mas sim o colaborador traído pela própria ilusão e, embora sabendo-o fascinado pelas honrarias Terrestres, sacrifica-se, até o fim, aceitando a flagelação e a morte para doar-lhe o amor e o perdão que se estenderiam pelos séculos, soerguendo os vencidos e amparando a justiça das nações.

*

Busquemos algo do olhar de Jesus para nossos olhos e a crítica será definitivamente banida do mundo de nossas consciência, porque, então teremos atingido o Grande Entendimento que nos fará discernir em cada companheiro do caminho, ainda mesmo quando nos mais inquietantes espinheiros do mal, um irmão nosso, necessitado, antes de tudo, de nosso auxílio e de nossa compaixão.


XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel.Viajor, cap.18.

 

terça-feira, maio 21, 2024

Caridade - Emmanuel

 


Caridade 

Emmanuel


Caridade é, sobretudo, Amizade.

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Para o faminto — é o prato de sopa fraterna.

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Para o triste — é a palavra consoladora.

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Para o mau — é a paciência com que nos compete auxiliá-lo.

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Para o desesperado — é o auxílio do coração.

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Para o ignorante — é o ensino despretensioso.

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Para o ingrato — é o esquecimento.

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Para o enfermo — é a visita pessoal.

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Para o estudante — é o concurso no aprendizado.

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Para a criança — é a proteção construtiva.

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Para o velho — é o braço irmão.

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Para o inimigo — é o silêncio.

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Para o amigo — é o estímulo.

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Para o transviado — é o entendimento.

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Para o orgulhoso — é a humildade.

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Para o colérico — é a calma.

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Para o preguiçoso — é o trabalho.

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Para o impulsivo — é a serenidade.

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Para o leviano — é a tolerância.

*

Para o deserdado da Terra — é a expressão de carinho.

*

CARIDADE é o AMOR, em manifestação incessante e crescente. 


É o sol de mil faces, brilhando para todos, e o gênio de mil mãos, amparando, indistintamente, na obra do bem, onde quer que se encontre, entre justos e injustos, bons e maus, felizes e infelizes, porque, onde estiver o Espírito do Senhor aí se derrama a claridade constante dela, a benefício do mundo inteiro.


XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel.Viajor, cap.13.

 

quinta-feira, maio 16, 2024

Doentes da Alma - Emmanuel



Doentes da Alma

Emmanuel


Existem doentes da alma, quanto existem enfermos do corpo.

*

Quando encontrares companheiros envolvidos na sombra do materialismo destruidor, ao invés de invectivá-los, compadece-te.


Cercados pela vida triunfante, do sol aos vermes e do lodo às estrelas, quantos se acham aparentemente desligados da ideia de Deus e trazem o coração em transitório desequilíbrio.


Se te hostilizam, silencia.


Se te provocam, abençoa.


Não lhes atires fel ao vinagre em que se lhes represa a existência.


Pensa nas dificuldades e lágrimas que os fizeram assim.


Considera, sobretudo, que não são indiferentes à fé porque o desejem.


*

Surpreendemos os que foram orientados na rebeldia, desde a primeira infância e não dispõem de facilidades imediatas para renovarem convicções; 


os que viram mentalmente espancados por desenganos e perderam a confiança em si próprios; 


os que se supunham superiores à Sabedoria Divina e quiseram subjugar os seus irmãos, caindo em amargas experiências que os constrangeram ao reconhecimento da própria pequenez que ainda não conseguem admitir; 


os que tiveram a casa visitada pela morte e se revoltaram contra as leis da Vida que lhes favorecem os entes amados com a libertação, antes que se lhes arrochassem as cadeias de sofrimento; 


os que estimariam poder transformar inconsideravelmente os princípios do Universo e se fazem adversários de Deus por não lhes ser possível o controle absoluto da Natureza e da Humanidade; 


e aqueles outros que se enredaram em laços de angústia e pranto, pretendendo a fuga dos recursos expiatórios que criaram para si mesmos, na liberação das próprias culpas.


*

Diante dos irmãos que a descrença domina, jamais acuses.


Sejam eles quem forem, abençoa-os e espera.


Não são passíveis de condenação ou censura. 


São enfermos da alma, portadores de estranha paranoia  de que a misericórdia de Deus os retirará.



Uma Aberração da Inteligência

Irmão Saulo


Ao enviar-nos mensagem recebida em reunião pública em Uberaba, escreveu-nos Chico Xavier: 


“Os temas e comentários da noite giraram em torno da questão nº. 147 de “O Livro dos Espíritos”. 


As opiniões eram as mais diversas com respeito aos nossos irmãos materialistas, mas no término das tarefas o nosso abnegado Emmanuel escreveu, por nosso intermédio, a página, que intitulou “Doentes da Alma”, de que lhe envio cópia".


A questão 147 refere-se ao problema do materialismo entre os especialistas em ciências médicas e estudos superiores em geral.


Na pergunta seguinte o assunto é desenvolvido e os Espíritos respondem que não são os estudos que produzem o materialismo, mas a vaidade humana. 


E no final da resposta Kardec acentua: 


Por uma aberração da inteligência há pessoas que só veem nos seres orgânicos a anão da matéria e a ela atribuem os nossos atos. 


Só viram no corpo humano a máquina elétrica.


Essa expressão de Kardec, ainda hoje criticada, é agora  plenamente confirmada pelo diagnóstico de Emmanuel: 


os materialistas são enfermos da alma, portadores de estranha paranoia. 


Aberração da inteligência ou enfermidade da alma são expressões que se equivalem. 


Mas por que esse rigor na apreciação do problema? 


Classificando-os assim, não menosprezamos e ofendemos os materialistas? 


Não se trata de uma coisa nem de outra, mas apenas de exame objetivo da situação. 


O Materialismo é considerado pelo Espiritismo como verdadeira ameaça à criatura humana, porque deforma a visão natural do homem e o precipita na cegueira espiritual.


O Materialismo nega a própria natureza humana que é espiritual e não material. 


Partindo dessa premissa falsa conduz o homem a uma atitude errônea diante da vida e do mundo. 


Bastaria isto para mostrar a sua origem patológica. R uma distorção da realidade. 


Hoje sabemos, pelas pesquisas antropológicas, etnológicas e sociológicas, que nunca houve na Terra um só povo ateu. 


O homem é naturalmente religioso, pois, como afirmou Descartes, traz a ideia de Deus em si mesmo. 


O Espiritismo nos mostra a existência da lei de adoração, lei natural que caracteriza a natureza humana. O materialismo nega essa lei e gera o desespero e a irresponsabilidade.


XAVIER, Francisco Cândido; PIRES, Herculano. Chico Xavier pede  licença.  Espíritos Diversos, Cap 28.