domingo, junho 25, 2006

ALTERIDADE


ALTERIDADE

Saara Nousiainen (CE)
E-mail: logos@secrel.com.br


Uma palavra que vem ganhando uso nos meios espíritas ou mais particularmente,
entre os membros da ABRADE - Associação Brasileira de Divulgadores do
Espiritismo é a alteridade.

Esse é um termo relativamente novo, tanto que nem o dicionário Aurélio o registra,
mas seu significado reflete uma nova mentalidade, aquela que deverá vigorar na
civilização que, certamente, irá transformar a Terra num mundo de regeneração
porque se refere à aceitação das diferenças; também significa a não-indiferença,
o aprender com os diferentes, o amar ou ser responsável pelo outro, aceitando
e respeitando as suas diferenças.

Alteridade, palavra que representa, em sua profundidade, as leis cósmicas de
convívio entre os seres. A pessoa que a vivencia passa a ser mais fraterna em
todos os sentidos, deixando de criticar, julgar, agredir...
A não-crítica, a não-agressão, o não-julgamento deixam o ser em paz consigo
mesmo, com a humanidade, com a vida.

Você poderá contestar dizendo que atitudes assim tornam a criatura alienada.
Mas há uma grande diferença entre analisar, estando consciente dos erros e
desacertos, e julgar, criticar, enviar uma vibração negativa para o errado,
seja ele uma pessoa, uma instituição ou uma nação, já que as instituições
e as nações são formadas por pessoas. Exemplo: Você vê uma pessoa
caminhando sobre a grama de um parque para encurtar caminho, e pensa:
que sujeito mais sem educação!

Nesse ato de criticar intimamente a atitude daquela pessoa você está
gerando uma vibração negativa. Parte dessa vibração, desse magnetismo
ou energia pesada fica em você, seu gerador, e outra parte alcança a pessoa
que pisou a grama para cortar caminho.
Por outro lado, se você apenas registrar o ato errado mas, respeitando a diferença
do outro, não criticá-lo, estará fazendo um bem a si mesmo e deixando de fazer
mal ao outro. Mas digamos que, agindo com alteridade, você entende que deve falar
com aquela pessoa alertado-a para o erro que está cometendo, fá-lo-á afetuosamente,
de forma a não humilhá-la, encontrando a melhor maneira de ser, junto a ela,
uma presença benéfica.

Quando nos habituamos a tudo criticar, nosso foco de vida fica dirigido aos
outros, na forma como eles se conduzem nos menores detalhes e, é claro,
colocamos a nós mesmos como parâmetro nessa medição de erros, nesse
julgamento contínuo que exercemos com relação a tudo e a todos.
Esse fato nos leva a desenvolver de forma contínua uma vibração pesada
e antagônica em relação aos outros porque sempre iremos encontrar neles
o que qualificamos como errado. Além disso estaremos também desenvolvendo
nossa vaidade, ao compararmos os que consideramos errados, conosco.
Mas, se desenvolvemos a alteridade, respeitando a maneira de ser dos outros,
lembrando que todos somos seres em diferentes faixas evolutivas, tornamo-nos
mais leves, mais de bem com a vida, mais alegres e, é claro, mais saudáveis.

Texto recebido da Graça :: Blog Luz do Espiritismo

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