terça-feira, junho 24, 2008




A Pintura da Paz



Certa vez houve um concurso de pintura e o primeiro lugar seriadado ao quadro que melhor representasse a paz.Ficaram, dentre muitos, três finalistas igualmente empatados.


O primeiro retratava uma imensa pastagem com lindas flores e borboletas que bailavam no ar acariciadas por uma brisa suave.


O segundo mostrava pássaros a voar sob nuvens brancas como a neveem meio ao azul anil do céu.


O terceiro mostrava um grande rochedo sendo acoitado pela violênciadas ondas do mar em meio a uma tempestadeestrondosa e cheia de relâmpagos.


Mas para surpresa e espanto dos finalistas,o escolhido foi o terceiro quadro,o que retratava a violência das ondas contra o rochedo.


Indignados, os dois pintores que não foram escolhidos,questionaram o juiz que deu o voto de desempate:


- Como este quadro tão violento pode representar a paz, Sr. Juiz?


E o juiz, com uma serenidade muito grande no olhar, disse:


- Vocês repararam que em meio à violência das ondas e a tempestade há,numa das fendas do rochedo,um passarinho com seus filhotes dormindo tranqüilamente?


E os pintores sem entender responderam:-sim, mas...


Antes que eles concluíssem a frase, o juiz ponderou:


- Caros amigos, a verdadeira paz é aquela que mesmo nos momentosmais difíceis nos permite repousar tranqüilos.


Talvez muitas pessoas não consigam entender como pode reinar a pazem meio a tempestade, mas não é tão difícil de entender.


Considerando que a paz é um estado de espírito podemos concluir que,se a consciência está tranqüila, tudo à volta pode estar em revoluçãoque conseguiremos manter nossa serenidade.


Fazendo uma comparação com o quadro vencedor,poderíamos dizer que o ninho do pássaro que repousava serenamentecom seus filhotes representa a nossa consciência.


A consciência é um refugio seguro, quando nada tem que nos reprove.


E também pode acontecer o contrario:tudo à volta pode estar tranqüilo e nossa consciência arder em chamas.


A consciência, portanto, é um tribunal implacável,do qual não conseguiremos fugir, porque está em nós.


É ela que nos dará possibilidades de permanecer em harmonia íntima,mesmo que tudo a volta ameace desmoronar,ou acuse sinais de perigo solicitando correção.


Sendo assim, concluiremos que a paz não será implantada por decretosnem por ordens exteriores, mas será conquista individualde cada criatura, portas a dentro da sua intimidade.


Um dia, a paz vestiu-se de homem e conviveu com a humanidadesofredora e aflita.


Conservava-se em paz mesmo diante das situaçõesmais turbulentas e assustadoras.



Autor Desconhecido

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