segunda-feira, julho 07, 2008

Tela de Renoir



VOCÊ E OS OUTROS



Amigos, atendamos ao apelo da fraternidade.

Abra a própria alma às manifestações generosas para com todos os seres, sem trancar-se na torre das falsas situações perante o mundo.


A pretexto de viver com dignidade, não caminhe indiferente ao passo dos semelhantes.


Busque relacionar-se com as pessoas de todos os níveis sociais, tendo amigos além das fronteiras do lar, da fé religiosa ou da profissão.


Evite a circunspecção constante e a tristeza sistemática que geram a frieza e sufocam a simpatia.


Não menospreze a pessoa mal vestida nem a pessoa bem-posta.


Não crie exceções na gentileza para com o companheiro menos experiente ou menos educado, nem humilhe aquele que atenta contra a gramática.


Não deixe correr meses sem visitar e falar aos irmãos menos favorecidos ignorando a dor que o acaso existe.


Não condicione as relações com os outros ao paletó e à gravata, às unhas esmaltadas ou aos sapatos brilhantes que possam mostrar.


Não se escravize ao título convencional e nem exagere as exigências da sua posição em sociedade.


Dê atenção a quem lhe peça, sem criar empecilhos.


Trave conhecimento com os vizinhos sem qualquer solenidade.


Faça amizade desinteressadamente.


Aceite o favor espontâneo e preste serviço também sem pensar em remunerações.


Ninguém pode fugir à convivência da Humanidade.


Saiba, pois, viver com todos para que o orgulho não lhe solape o equilíbrio.


Quem se encastela no próprio espírito é assim como o poço de água parada que envenena a si mesmo.


Seja comunicativo.


Sorria à criança.


Cumprimente o velhinho.


Converse com o doente.


Liberte o próprio coração, destruindo as barreiras de conhecimento e fé, título e tradição, vestimenta e classe social, existentes entre você e as criaturas, e a felicidade que você fizer para os outros será luz da felicidade sempre maior brilhando em você.


ANDRÉ LUIZ



O Espírito da Verdade, 100, FEB.

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