sexta-feira, janeiro 08, 2010



A felicidade e o trabalho


Momento Espírita



Os Espíritos ensinam que completa felicidade é apanágio da perfeição espiritual.


Enquanto o homem possuir vícios e fissuras morais, ele sofrerá.


A identificação exclusiva com as coisas materiais causa sofrimento.


Tudo o que é material é transitório.


Quem localiza sua fonte de satisfação no que dependa apenas do elemento material está fadado a perdê-la.


Ao final da existência terrena, restam somente as conquistas morais e intelectuais.


Tais conquistas correspondem ao tesouro que nenhum ladrão consegue roubar e que as traças e a ferrugem não atingem.


A perfeição espiritual não se cinge à conquista de virtudes morais.


Ela envolve também o burilar do intelecto.


A razão e o sentimento burilados e purificados constituem as duas asas que conduzem o Espírito à plenitude.


Importa, pois, dedicar-se ao cultivo de ambos.


A felicidade é o sonho de todo homem.


Pergunte-se a qualquer pessoa o que deseja e ela certamente afirmará que quer ser feliz.


A busca de plenitude, de conforto e de paz têm conduzido a raça humana ao longo das eras.


A própria fragilidade da vida material desafia o intelecto.


Na busca de preservá-la e de vencer os elementos da natureza, os homens desenvolvem suas faculdades intelectuais.


Com o tempo, esse intelecto desenvolvido volta-se para questões mais transcendentes.


Surgem reflexões sobre a razão e a finalidade da vida.


Indaga-se o porquê de tantos sofrimentos que envolvem a vida humana.


O Espiritismo responde tais questionamentos.


Ele ensina que os obstáculos e os infortúnios destinam-se a desenvolver a sensibilidade e o intelecto humanos.


A igualdade em face da dor, da doença e da morte mostra o quanto todos são parecidos e devem ser solidários.


Ricos e pobres, belos e feios, todos se submetem aos imperativos da natureza.


É difícil permanecer insensível em face de uma dor que já se experimentou.


À medida que a Humanidade evolui, as dores se tornam menos atrozes.


Por conta da evolução intelectual, medicamentos e tratamentos sofisticados são descobertos.


Tudo se encadeia no Plano Divino.


O progresso intelectual dá-se de modo quase automático, pelo natural desejo que os homens têm de se furtar a dores e embaraços.


O progresso moral secunda o intelectual, mas demanda uma sensibilidade e um esforço a mais para operar-se.


Ele pressupõe maturidade bastante para compreender a vida a partir de um patamar mais elevado.


O estágio atual da Humanidade já possibilita compreender que conquistas materiais não garantem a felicidade.


Embora a evolução científica e tecnológica, os homens persistem angustiados e carentes de paz.


Para ser feliz, é necessário vencer velhos vícios, que causam grande tormento.


Inveja, ciúme, egoísmo, ganância e sensualidade desequilibrada são exemplos de fissuras morais que infernizam quem as possui.


O homem realmente decidido a ser feliz precisa dedicar-se a combater seus vícios.


O intelecto desenvolvido auxilia-o a identificar os seus problemas morais.


Basta pensar quais de suas características lhe tiram a paz e não são elogiáveis no próximo.


Identificados os problemas, é necessário trabalhar para combatê-los.


A criatura madura sabe que não existe resultado sem trabalho, nem recompensa sem esforço.


Ninguém se transformará em anjo por um golpe de sorte.


Impõe-se a aplicação de uma firme vontade no burilamento do próprio caráter.


A plena felicidade pressupõe a perfeição espiritual, mas esta é fruto do trabalho.


Pense nisso.


Redação do Momento Espírita.


Disponível<http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2488&stat=0>