terça-feira, março 16, 2010



A fé e a esperança


Momento Espírita



A fé e a esperança são amigas inseparáveis. Poderíamos dizer que a fé está para a esperança como o Sol está para a Lua.


A Lua não tem luz própria: reflete aquela que recebe do Sol. Daí porque a Lua difunde raios pálidos e isentos de calor, enquanto o Sol espalha raios intensos e fúlgidos que, além de iluminar, aquecem e vivificam.


O Sol é a própria luz; a Lua não é, reflete a luz recebida. Assim, a fé é como o Sol. É força comunicativa que se irradia do coração de quem a tem e se reflete no coração de outrem gerando neste a esperança.


Jesus tinha fé. Seus discípulos tinham a esperança gerada pela fé exemplificada de seu Mestre.


Assim também os corações que se aproximam de Jesus e estabelecem com Ele certa comunhão, iluminam-se com a luz patente do Seu imaculado espírito.


A Lua clareia os caminhos em noites escuras tal qual a esperança nos sustenta nas horas de trevas.


O Sol ilumina e fecunda a estrada da vida, como a fé fortalece as fibras íntimas da alma, robustecendo-a na caminhada para Deus.


O Sol é energia: movimenta, vivifica, ativa e produz.


A luz amortecida da Lua mostra os obstáculos; a luz brilhante e vívida do Sol distingue e remove os tropeços dos caminhos da vida.


A esperança faz nascer no coração do homem as boas e nobres aspirações; só a fé, porém, as realiza.


A esperança sugere, a fé concretiza.


A esperança desperta nos corações o anseio de possuir luz própria, conduzindo, portanto, as criaturas à fé.


Quem alimenta a esperança está, invariavelmente, sob o impulso da fé que lhe vem de alguém. A força da fé é eminentemente conquistadora.


Quem admira os exemplos e os feitos edificantes, põe-se, desde logo, em harmonia com o poder de quem os realizou. Este, projeta naqueles suas influências benfazejas: é o Sol fazendo a Lua refletir a sua luz, ou seja, a fé gerando a esperança.


Saulo de Tarso, doutor da lei e membro do sinédrio, após conhecer e absorver os ensinos do Sublime Carpinteiro de Nazaré, passou a refletir com fidelidade as verdades da Boa Nova. Contagiado pela fé dos discípulos singelos do Meigo Rabi, chamados homens do caminho, dispõe-se a reformular sua vida, passando de perseguidor a defensor ardoroso das idéias cristãs, convertendo-se no grande pregador Paulo, também chamado Apóstolo do gentios.


Foi refletindo a fé do Cristo que os primeiros cristãos se entregaram ao martírio de cabeça erguida e serenidade no olhar.


Bem-vinda seja a esperança! Bendita seja a fé!


Uma e outra espancam as trevas interiores.


Que seria da alma encarcerada na carne se não houvesse fé, nem esperança?


Pense nisso!


Se é doce ter esperança, é valor e virilidade ter fé.


Enquanto a esperança suaviza o sofrimento, a fé neutraliza seus efeitos depressivos.


Se a esperança nos sustenta nas lutas deste século, a fé nos assegura desde já a vitória da vida sobre a morte.


Pensemos nisso!


Baseado no livro Em Torno do Mestre, cap. Fé, Esperança e Caridade


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=263&stat=3&palavras=a%20fe%20e%20a%20esperança&tipo=t>