domingo, maio 23, 2010



Aparências


Momento Espírita



O ser humano costuma se preocupar com a imagem que transmite ao mundo.


Há regras de comportamento e de vestimentas para as mais variadas ocasiões.


Conforme o local, as exigências mudam.


Há ambientes formais e informais, mais ou menos sofisticados.


Para ter uma boa aparência, as pessoas cuidam de seu vestuário e de seu corpo.


Uma imagem desleixada em geral dificulta o sucesso profissional.


Também a vida social oscila conforme o apuro da apresentação pessoal.


É bom e necessário que haja preocupação em ser asseado, agradável no trato e em se vestir conforme a ocasião.


Esse acatamento das regras sociais constitui sinal de respeito às pessoas com quem se convive.


Contudo, convém não cuidar apenas do que aparece.


Tudo o que é material é sempre efêmero.


Boas roupas, corpo bem cuidado e maneiras sofisticadas podem ser apenas uma capa para esconder o que realmente se é.


A polidez é importante, mas representa apenas uma aparência, que pode ser enganosa, ou a porta de entrada das virtudes.


É possível adotar expressões que traduzem atenção e respeito, sem ter o menor interesse no bem estar do próximo.


A título de princípio, vale a disciplina do exterior.


Entretanto, é preciso que o coração também seja convocado a participar.


Não dá para cuidar apenas do exterior e achar que basta.


Cedo ou tarde, as aparências cessarão.


Todo homem é um Espírito momentaneamente vestindo um corpo de carne.


Por lindo que seja esse corpo, seu destino é a sepultura.


A essência da criatura reside em sua realidade íntima.


Cada qual transcende com o que é, não com o que aparenta.


Há pessoas que se ocupam de aparentar pureza.


Mas cultivam pensamentos e sentimentos desonestos e lascivos.


Para os que estão a sua volta parecem exemplos de dignidade.


Mas os Espíritos, que podem perceber seus pensamentos, os veem de modo bem diverso.


Conforme a realidade íntima, assim é a constituição espiritual.


Alguém de aparência e modos irretocáveis pode ter estrutura espiritual apodrecida.


Talvez passe uma imagem respeitável à sociedade, que lhe ignora o íntimo.


Contudo, é visto pelos Espíritos como um decaído.


Exala fluidos deletérios, literalmente cheira mal, para quem consegue perceber.


Será como um lascivo decadente que ressurgirá após a morte do corpo.


Convém pensar nisso, para evitar surpresas desagradáveis.


Mais cedo ou mais tarde, sua realidade íntima aparecerá, sem nenhum disfarce.


Redação do Momento Espírita.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2615&stat=0>