quarta-feira, junho 16, 2010



A compaixão indispensável


Momento Espírita



A busca pelo bem-estar é inerente à natureza humana.


O desejo do homem de livrar-se do sofrimento propiciou notáveis descobertas em todos os setores do conhecimento.


Analgésicos e anestésicos podem ser citados como conquistas humanas na procura de bem-estar.


Ar condicionado, colchões ortopédicos e mesmo a singela água encanada também compõem o espectro de invenções destinadas a tornar a vida confortável.


Na busca de conforto e tranqüilidade, um dia o homem voltará sua atenção para os problemas morais que a sociedade enfrenta.


Então compreenderá que o egoísmo é a causa de todas as desgraças sociais.


Ele é que permite a um homem investir sobre o patrimônio, a honra e a vida de outro, qual uma fera selvagem.


O egoísmo é a matriz de todos os vícios.


Quando ele for combatido, todos os seus desdobramentos, como vaidade, ganância, maledicência e corrupção, perderão a força.


A disseminação das idéias espíritas é um poderoso elemento de combate ao egoísmo.


O Espiritismo deixa claro que todo vício gera dor e que a Lei de Causa e Efeito rege a vida.


Todo mal feito ao semelhante é uma semeadura de dor no próprio caminho.


Quem quer ser feliz deve tratar o próximo com todo o respeito e generosidade com que desejaria ser tratado.


A vinculação da própria felicidade à felicidade que se proporciona torna evidente o quanto é tolo ser egoísta.


Ao buscar seu interesse, em detrimento ao do próximo, o egoísta apenas se candidata a vivenciar grandes dores.


Ao se conscientizar da inexorabilidade da Lei de Causa e Efeito, a Humanidade reverá seus valores e prioridades.


Entretanto, é preciso reconhecer que uma idéia nem sempre é fácil de ser posta em prática.


Provavelmente você já se conscientizou de que a Justiça Divina é infalível.


Mas ainda titubeia em sua caminhada e por vezes comete leviandades em prejuízo do próximo.


Uma boa tática de renovação moral é parar de apenas pensar e começar a sentir.


Raciocinar é necessário, mas amar é imprescindível.


O melhor caminho para o genuíno amor fraterno é a compaixão.


Compaixão é a tristeza que se sente com a infelicidade alheia.


Mas também é o desejo de livrar o próximo do sofrimento.


Para desenvolver esse nobre sentimento, deixe de fugir ao espetáculo das misérias humanas.


Permita-se conviver com os doentes e os viciados do corpo e da alma, conforme fez o Cristo.


Faça-se companheiro e amigo de idosos e enfermos.


Visite asilos, orfanatos, hospitais e presídios.


A título de preservar sua paz, não cultive a indiferença.


Deixe que seu coração se enterneça com a dor alheia.


A compaixão impede que um homem siga satisfeito em meio à tragédia que devasta a vida do outro.


Ela possui um certo encanto melancólico, pois nasce ao lado da dor e da desolação.


Contudo, constitui a mais eficiente forma de cura das ilusões e paixões humanas.


A compaixão desperta as fibras mais íntimas da alma e a prepara para as experiências sublimes do devotamento e da caridade.


Não receie sofrer ao se tornar compassivo.


Ao avançar nesse caminho, você logo se tomará do ideal de aliviar a dor do semelhante e começará a agir.


Então, a tristeza inicial se converterá no júbilo de quem amorosamente socorre e ampara os desprotegidos do Mundo.


A alegria de ser útil e bondoso iluminará sua vida e o acompanhará pela eternidade.


Pense nisso.


Redação do Momento Espírita.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1645&stat=3&palavras=faça%20da%20oração&tipo=p>