quinta-feira, julho 29, 2010



O bem que se faz


Momento Espírita



Quando a ingratidão te bater à porta, não digas: Nunca mais ajudarei a ninguém!


Quando a impiedade daqueles a quem beneficiaste chegar ao teu lar, não exclames: Para mim, chega!


Não sofras e nem te arrependas de ter ajudado.


Nem reclames: E eu que lhes dei tudo!


Não retribuas mal por mal, pois que assim, vitalizarás o próprio mal.


O bem que se faz a alguém é sempre luz que se acende na intimidade.


Naturalmente, gostarias de receber gratidão, amizade, compreensão. Todos apreciamos experimentar os frutos da gratidão.


Pensa que a árvore jamais pergunta a quem lhe colhe os frutos para onde os carregará ou o que pretende fazer deles.


Ela se felicita por poder dar. Por se multiplicar através da semente que, atirada ao solo, o abençoa com novas dádivas de alegria.


Segue-lhe o exemplo.


Teus frutos bons, que produzam bons frutos além...


Tuas nobres tarefas, que se desdobrem em tarefas superiores mais tarde.


Fica com a alegria de fazer, de doar. Nunca com a idéia de colher reconhecimento ou gratidão.


Porque esperar gratidão pode ser também uma espécie de pagamento.


Sê tu sempre grato mas não esperes pelo reconhecimento de ninguém.


O bem que faças, viajando sem parar em muitos corações, espalhará luz no longo curso da tua vida.


Amanhã ou depois, nos caminhos sem fim do futuro, mesmo que não o saibas ou que o tenhas esquecido, esse bem te alcançará, mais formoso, mais fecundo.


Assim, prossegue ajudando sempre. Observa como age a natureza.


O rio não cogita de examinar as bênçãos que conduz em suas águas, nem interpela o solo por onde segue.


Deixa-se jorrar, beneficiando a terra, a agricultura, as gentes.


O perfume, bailando no ar, nada pede para se espalhar até onde possa.


O grão não espera nada, além de ser triturado, para se converter em alimento.


O sol não escolhe lugar para visitar com luz, calor e vida.


A chuva não tem preferência por onde espalhar vitalidade.


Todos cooperam em nome da Divindade, sem exigências e sem reclamações.


São úteis e passam. Nada esperam, nada impõem.


Age desta forma, tu também e transforma-te num cálice de bênçãos, servindo sempre.

* * *
Se a tristeza te visitar a alma, ante a ingratidão de tantos a quem doaste o que possuías de melhor, recorda o Mestre de todos nós.


Ele disse que estava no meio de nós, como Aquele que serve.


E, tendo derramado o Seu amor, plenificando de vida a todos os que se Lhe aproximaram, recebeu na hora extrema a ingratidão do abandono.


Mesmo assim, até hoje, Ele prossegue, convidando: Vinde a Mim.


Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida./


Ninguém vai ao Pai senão por Mim.

Texto da Redação do Momento Espírita com base no cap. Benefício e gratidão, do livro Dimensões da verdade, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1367&stat=3&palavras=Nuvens%20que%20passam&tipo=t>