terça-feira, julho 27, 2010



SAÚDE E BEM ESTAR


Joanna de Ângelis



O planejamento de qualquer projeto responde pela qualidade da futura realização. Previsões e detalhes, cálculos e referências, organograma e execução, constituem a base do labor, do qual decorrem os êxitos ou insucessos.

Da planificação até a concretização do empreendimento, quaisquer alterações têm que ser estudadas, a fim de serem introduzidas sem prejuízo para o conjunto ou excesso de gastos não previstos.

Na mesma linha de raciocínio, uma cuidadosa sementeira de cardos, com adubação freqüente, outra colheita não resultará, senão de espinhos e acúleos.

A criatura humana torna-se o que pensa, o que sustenta mentalmente se desenvolve até a fixação.

Lamentavelmente porém, expressiva maioria de indivíduos somente acalenta idéias negativas, lucubra pessimismo, agasalha mal-estares. Como resultado, enfraquecem-se-lhes as resistências morais, debilitam-se-lhes os valores espirituais e alimentam-se da própria insânia.

Há determinadas provações que são inevitáveis, por procederem de desmandos de outras existências. Podem, entretanto, através de construções mentais e humanas edificantes, serem alteradas, atenuadas e até liberadas, pois que atos saudáveis granjeiam mérito para superar aqueles que são danosos.

Não te atenhas aos atavismos infelizes, revivendo-os, comentando-os, reestruturando-os nos campos mental e verbal. Eles não te abandonarão, enquanto não os deixes.

Queixas-te de insucessos, dissabores, enfermidades, desamor; e, no entanto, aferras-te a eles de tal forma que perdes o senso de avaliação da realidade, rotulando-te como infeliz e estacionando aí, sem qualquer esforço de renovação.

Afirma a sabedoria popular com propriedade: Pedra que rola não cria limo, sugerindo alteração de rota, movimento, realização.

Esforça-te para desconsiderar as ocorrências desagradáveis, perturbadoras.

Planeja o teu presente, estabelece metas para o futuro e põe-te a trabalhar sem desfalecimento, sem autocomiseração, sem amargura.

Podes e deves alterar para melhor o clima que respiras, o ambiente no qual te encontras.

Não basta pedires a Deus ajuda, porém, deves fazer a tua parte, sem o que, pouco ou nada conseguirás. Saúde ou doença, bem ou mal-estar dependem de ti.

Narra-se que um sábio caminhava com os discípulos por uma via tortuosa, quando encontraram um homem piedoso que, ajoelhado, rogava a Deus o auxiliasse a tirar do atoleiro o carro em que seguia.

Todos olharam o devoto, sensibilizaram-se e prosseguiram.

À frente, alguns quilômetros vencidos, havia um outro homem, que tinha, igualmente, o carro atolado num lamaçal. Este, porém, esbravejava reclamando, mas tentava com todo empenho liberar o veículo.

Comovido, o sábio propôs aos discípulos ajudá-lo.

Reunidas todas as forças, logo o transporte foi retirado e, após agradecimentos, o viajante prosseguiu feliz.

Os aprendizes surpresos, indagaram ao mestre: – O primeiro homem orava, era piedoso e não o ajudamos. Este, que era rebelde e até vociferava, recebeu nosso apoio. Por que?

Sem perturbar-se, o nobre professor elucidou:

– O que orava, aguardava que Deus viesse fazer a tarefa que a ele competia. O outro, embora desesperado por ignorância, empenhava-se, merecendo auxílio.

Será, pois, ideal, que sem reclamar e pensando corretamente te disponhas a retirar do paul o carro da tua existência, a fim de seguires feliz adiante com saúde e bem-estar.

FRANCO, Divaldo Pereira. Pelo Espírito Joanna de Ângelis.