sexta-feira, agosto 13, 2010



JESUS E AMOR


Joanna de Ângelis


A figura humana de Jesus confirma a Sua procedência e realização como o Ser mais perfeito e integral jamais encontrado na Terra.


Toda a Sua vida se desenvolveu num plano de integração profunda com a Consciência Divina, conservando a individualidade em um perfeito equilíbrio
psicofísico.

Como conseqüência, transmitia confiança, porque possuía um caráter com transparência diamantina, que nunca se submetia às injunções vigentes, características de uma cultura primitiva, na qual predominavam o suborno das
consciências, o conservadorismo hipócrita, uma legislação tão arbitrária quanto
parcial e a preocupação formalística com a aparência em detrimento dos valores legítimos do individuo.



Portador de uma lidima coragem, se insurgia contra a injustiça onde e contra quem se apresentasse, nunca se omitindo, mesmo quando o consenso geral atribuía legalidade ao crime.


Paciente e pacífico, mantinha-se em serenidade nas circunstâncias mais adversas, e jovial, nos momentos de alta emotividade, demonstrando a inteireza dos valores íntimos em ritmo de harmonia constante.

Numa sociedade agressiva e perversa, elegeu o amor como a solução para todos os questionamentos, e o perdão irrestrito como terapêutica eficaz para todas as enfermidades.


Não apenas ministrava-o através de palavras, mas, sobretudo, mediante atitudes claras e francas, arriscando-se por dilatá-lo especialmente aos infelizes, aos detestados, aos segregados, aos carentes.

Em momento algum submeteu-se às conveniências perniciosas de raça, ideologia, partido e religião, em detrimento do amor indistinto quanto amplo a todos que O cercavam ou O encontravam.

*

Por amor, elegeu um samaritano desprezado, para dele fazer o símbolo da
solidariedade.


Com amor, liberou uma mulher equivocada, tirando-lhe o complexo de
culpa.

Pelo amor, atendeu à estrangeira siro-fenícia que Lhe pedia socorro para
a enfermidade humilhante.


De amor estavam repletos Seu coração e Suas mãos para esparzi-lo com
os espezinhados, fosse um cobrador de Impostos, uma adúltera, o filho pródigo,
a viúva necessitada, ou a mãe enlutada.

Sempre havia amor em Sua trajetória, iluminando as vidas e amparando
as necessidades dos corpos, das mentes, das almas.

*

Compadecia-se de todos; no entanto, mantinha a energia que educa, edifica, disciplina e salva.


Chorou sobre Jerusalém, invectivou a farsa farisaica, advertiu os distraídos, condenou a hipocrisia e deu a própria vida em holocausto de amor.

Nunca se perdeu em sentimentalismos pueris ou agressividades rudes.


O amor norteava-lhe os passos, as palavras e os pensamentos.

Tornou-se e prossegue como sendo o símbolo do amor integral em favor da humanidade, à qual auspicia um sentimento humano profundo e libertador


FRANCO, Divaldo Pereira. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Jesus e Atualidade.