sexta-feira, outubro 01, 2010




COMO MARCO O MUNDO COM A MINHA PRESENÇA ?





Como posso contribuir? Participar em que? 



Como transformar o desassossego em veículo de reflexão e ação.



Que cada um de nós é único, é singular, todos nós sabemos. 


Que a vida de cada um é vi­vida em diversos papéis, de marido e esposa, de pai e mãe, de profissi­onal, de cidadão, de amigo e tantos outros, é indiscutível. 




Todos sabem o esforço que fazem e como é difícil conciliar e ter um equilíbrio razoá­vel nestes papéis.



O que, às vezes, não está muito claro para as pessoas  é o impacto que as suas vidas causam nos ou­tros e no meio em que vivem.




Será que fazem diferença? Como influ­enciar a história do mundo,  de sua cidade, de seu bairro com a história de suas vidas? 



Estão ajudando a construir um mundo diferente, um mundo melhor, já que este que vivemos não agrada a ninguém?




O ano de 2001 comemorou o Ano Internacional do Voluntariado e,  como é bom consta­tar, este numeroso e valoroso exér­cito de pessoas,  que de alguma forma, acordaram para a idéia de que po­dem fazer  a diferença para melhor.




Como marco o mundo com a minha presença,  além de ser uma profunda indagação existencial,  nos provoca uma grande inquietude pessoal que nos desaloja,  nos de­sassossega. 



Como posso contribuir? Participar em que? 

Como posso transformar o desassossego em matéria prima 

para reflexão e ação? 




Trabalhar para o bem comum, par­ticipar de um processo de construção humana,  contribuir e ser um agente ativo de transformação  pode ser rea­lizado de inúmeras maneiras. 



Existem hoje entidades, ONGs, grupos mais ou menos organizados de voluntários  que atuam em educação, saúde, pre­servação ambiental, família, crianças  e adolescentes, idosos, alfabetização, entre tantos outros focos.




O processo de escolha é individu­al e exige uma opção consciente,  responsável para que, de fato, as­sumamos o compromisso de fazer  a nossa parte na construção de um novo mundo.




O filme Impulsionando as Águas que pode ser alugado ou adquirido da Siamar, 

apresenta cinco aspec­tos que nos ajuda, neste processo. 



Vale tanto para indivíduos como para organizações.




O primeiro aspecto é a auto‑estima . 



É o que penso e o que faço a meu respeito. 



Auto‑estima é a soma da auto‑confiança com o auto‑respeito. 



Não é competitivo e nem comparativo. 



Nossas reações são de­terminadas por quem e pelo que pensamos que somos. 

É a chave para o sucesso ou o fracasso. 



A compreensão de nós mesmos influ­encia todas as nossas escolhas signi­ficativas. 



Por isso, a importância de termos uma auto‑estima adequada.





O segundo aspecto cuida da ne­cessidade de estabelecermos uma visão, uma meta, um sonho e como podemos realizar o nosso sonho, criando metas claras, possíveis e exeqüíveis que poderão ser alcan­çadas  através de um planejamento.




O propósito que nos anima é nosso terceiro aspecto. 



"É a resolu­ção de lutar para atingir a meta estabelecida,  é a razão de viver e lutar, é acreditar que há algo a realizar neste mundo, além de nós".




O quarto aspecto é o compromis­so íntimo,  que cada um estabelece consigo mesmo, de perseguir com empenho,  com dedicação, os obje­tivos e as metas que fixou. 



É a res­ponsabilidade que se sente mesmo no trabalho voluntário. 



É a consciên­cia de que a luta, o trabalho escolhi­do vale a pena e faz a diferença.





Por fim, o último elemento é a contribuição que cada um de nós,  dentro de suas características pes­soais ‑ qualificação, habilidades, experiência,   conhecimento , pode dar para melhorar um pouco mais seu bairro,  sua comunidade, seu trabalho, sua família.





Um ditado africano é muito ilus­trativo quando diz:



"O mundo que temos hoje nas mãos, não nos foi dado por nossos pais, mas na verdade, ele nos foi emprestado por nossos filhos".




Que tipo de mundo entregare­mos para as gerações futuras? Como estamos marcando nossa presença no mundo?





Jeanete W. Scheibe