segunda-feira, novembro 29, 2010




Utilidade providencial


Momento Espírita



 
Na antiga Israel, havia um Rei chamado Davi, que se pôs a pensar sobre a serventia de algumas coisas no mundo. Olhando para as aranhas, logo imaginou que elas não deveriam ter nenhuma utilidade.


Eram uns bichos perigosos, que só serviam para assustar as pessoas e sujar as paredes.


E os mosquitos, então? Insetos que só incomodam. Quando se está para adormecer, surgem eles com o seu barulho esquisito. Ou então, nos passeios pela mata, resolvem estragar tudo, perseguindo as pessoas com suas picadas inconvenientes.


O Rei Davi chegou à conclusão de que esses bichos e outros mais somente existiam para atrapalhar, perturbar a vida humana.


Ocorreu que, em determinada época, o Rei Davi foi perseguido por tropas inimigas. Conseguindo uma boa vantagem sobre os seus perseguidores, ele encontrou uma caverna e nela se abrigou.


Correndo o risco de ser descoberto, qual não foi sua surpresa ao ver passarem pela boca da caverna os cavaleiros apressados que o perseguiam, sem nem tentar observar se ele estaria naquele esconderijo.


É que uma aranha tecera sua rede na entrada da gruta, o que fez com que os inimigos do Rei pensassem que ninguém poderia ali ter se ocultado, pois a entrada estava obstruída pela teia muito bem trançada.


De outra feita, entrando à noite no acampamento inimigo, sozinho, para buscar uma lança, passou perto de um guarda, que dormia. No justo momento em que ele rastejava para adentrar no campo, o guarda estendeu uma perna e Davi ficou embaixo dela.


Situação difícil. Se ele tentasse se mexer para dali sair, poderia acordar o guarda. Se ficasse quieto, até o amanhecer, seria surpreendido pelos demais. De toda forma o seu destino era a morte.


Ele não sabia o que fazer. Foi então que um mosquito pousou na perna do guarda. Este moveu a perna para espantar o mosquito, libertando Davi.


Uma aranha, um mosquito. Duas vezes a sua vida fora salva graças a eles. Que grande utilidade, descobriu o Rei israelita e cantou:


Senhor meu, quem será como tu tão grande, tão sábio?/


* * *

Muitos seres e coisas existem no mundo que nos merecem perguntas semelhantes à do Rei de Israel: para que servem? Por que Deus as terá colocado no mundo? Não estaria a Terra bem melhor sem elas?


São pontos de vistas imediatistas dos que não conseguimos descobrir os propósitos e a Presciência Divina.


Tudo na natureza está sabiamente disposto, atestando a Sabedoria Divina, que tudo providencia ao homem para seu conforto, crescimento e ascensão.


* * *

A natureza é um celeiro abençoado de lições. Nela, coisa alguma permanece sem propósito, sem uma justa finalidade.


A árvore, o caminho, a nuvem, o pó, o rio, os animais revelam mensagens silenciosas e especiais.


É preciso que o homem aprenda a ler nas páginas vivas e eternas da natureza e escutar as vozes que lhe falam ao coração da bondade de Deus, que nada fez de inútil.


Redação do Momento Espírita com base no cap. A utilidade de tudo, do Talmude, do livro Momentos de luz, v. 1, de Hiran Rocha, ed. Kuarup e no cap. A grande fazenda, do livro Cartilha da natureza, pelo Espírito Casimiro Cunha, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.



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