domingo, junho 05, 2011



O Sal da Terra


Momento Espírita


Em várias passagens do Evangelho, Jesus exorta Seus seguidores a que sejam o sal da Terra e a luz do Mundo.


A mensagem cristã constitui um chamado ao desprendimento das coisas e dos valores mundanos.


Desprendimento não no sentido de desprezo, mas com o significado de dar a tudo o seu justo valor.


Sabe-se que as conquistas terrenas são fugazes e transitórias.


Tudo o que se refere à matéria possui uma grande fragilidade.


Beleza, poder, influência, fortuna, tudo isso cedo ou tarde fenece ou troca de mãos.


A vida é cheia de revezes e os percalços inerentes à trajetória humana podem amargurar.


Quem coloca todas as suas alegrias e expectativas nessas conquistas transitórias candidata-se a fortes decepções.


A proposta evangélica é que se deve viver no Mundo, mas sem ser do Mundo.


Ocupar-se com dignidade das atividades que garantem a manutenção da vida e da ordem social.


Estudar, trabalhar, cuidar da saúde e planejar a própria existência com prudência e critério.


Contudo, perceber que a finalidade do viver terreno não se cinge a tais aspectos.


Por preciosa que seja determinada conquista material, ela um dia ficará para trás.


Ao mesmo tempo, os revezes da fortuna nem sempre permitem que se atinja o objetivo almejado.


Nem por isso a criatura humana deve se tornar angustiada ou indiferente.


Para bem aproveitar seu tempo na Terra, ela precisa aprender a dar a cada coisa o seu merecido valor.


Tendo em vista seu potencial de desenvolvimento da inteligência e da vontade, são positivos os mais comuns sonhos humanos.


Entretanto, sua realização não pode constituir a meta da existência.


Ciente de que um dia o corpo físico perecerá, é importante cuidar do que a ele transcende.


Aí se encontra a possibilidade que a mensagem cristã possui de conferir um novo sabor à vida do homem.


À semelhança do sal, ela funciona como um tempero, dá um atrativo diferente ao que de outro modo seria insípido.


Trata-se do convite à vivência de virtudes com o potencial de tornar doce e pacífico o coração.


Jesus apresentou ao mundo um Deus pleno de amor e sabedoria.


A fé nesse Deus amoroso e sábio possui o condão de pacificar a alma, entre as lutas do mundo.


Também o perdão é uma força libertadora, que permite seguir tranquilo mesmo por entre agressões.


A compaixão faz com que o homem preste atenção no semelhante e sinta vontade de auxiliá-lo.


Com isso, ajuda-o a não pensar muito em seus próprios problemas e sua vida se simplifica.


O Evangelho significa Boa Nova e seu objetivo é tornar felizes os homens.


Não promete uma felicidade feita das instáveis e perecíveis conquistas humanas.


Mas assegura a vivência de doces emoções, com infinito potencial pacificador.


Pense nisso.


Redação do Momento Espírita.

Disponível em www.momento.com.br

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