sábado, julho 02, 2011



A elegância do comportamento


Momento Espírita


As pessoas geralmente se preocupam com a aparência física e se esmeram para mostrar certa elegância, de acordo com suas possibilidades.


Isso é natural do ser humano. Tanto que muitos buscam escolas que ensinam boas maneiras.


No entanto, existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.


É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.


É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais corriqueiras, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto: é uma elegância desobrigada.


É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.


Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas de boca em boca.


É possível detectá-la também nas pessoas que não usam um tom superior de voz. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.


É uma elegância que se pode observar em pessoas pontuais, que respeitam o tempo dos outros e seu próprio tempo.


Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece. É quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não.


É elegante não ficar espaçoso demais. Não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.


É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.


É elegante retribuir carinho e solidariedade.


Sobrenome, cargo e jóias não substituem a elegância do gesto. Não há livro de etiqueta que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo e a viver nele sem arrogância.


Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.


A pessoa de comportamento elegante fala no mesmo tom de voz com todos os indivíduos, indistintamente.


Ter comportamento elegante é ser gentil sem afetação.


É ser amigo sem conivência negativa.


Ser sincero sem agressividade.


É ser humilde sem relaxamento.


Ser cordial sem fingimento.


É ser simples com sobriedade.


É ter capacidade de perdoar sem fazer alarde.


É superar dificuldades com fé e coragem.


É saber desarmar a violência com mansuetude e alcançar a vitória sem se vangloriar.


Enfim, elegância de comportamento não é algo que se tem, é algo que se é.


* * *


Mais do que decorar regras de etiqueta e elaborar gestos ensaiados, é preciso desenvolver a verdadeira elegância de comportamento.


Importante que cada gesto seja sincero, que cada atitude tenha sobriedade. A verdadeira elegância é a do caráter, porque procede da essência do ser.



Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em mensagem de Martha Medeiros, encontrável no site: www.nuraferretsilveira.hpg.ig.com.br/elegancia.html

Disponível em www.momento.com.br





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