segunda-feira, setembro 05, 2011


Limite da Tolerância


Silvio Lemos




Tolerância - Dicionário Michaelis - Atitude social de quem reconhece aos outros o direito de manifestar diferenças de conduta e de opinião, mesmo sem aprová-las.


Aceita as pessoas como elas se apresentam, sem exigir-lhes perfeição, da qual todos nós nos encontramos ainda muito distantes. (Emmanuel)


Um dos pilares do ensinamento evangélico, a tolerância esta diretamente ligada a qualidade das nossas relações pessoais. Quanto mais tolerante somos, mais facilidade encontramos em nossos relacionamentos sociais.


Apenas exercitando a tolerância podemos conviver com as diferenças sem nos desequilibrarmos.


Muitas vezes nos perguntamos qual seria o limite da tolerância?


O diálogo de Jesus com Pedro a respeito do perdão nos ajuda a esclarecer a questão.


Senhor, quantas vezes temos de perdoar aqueles que nos prejudicam? será até sete vezes?

Não Pedro, setenta vezes sete vezes...


Portanto, devemos expandir os limites da nossa tolerância ao ponto dela se tornar regra de conduta como nos ensina o Evangelho.


A tolerância é exercício de convivência, de segurança e de respeito.


Que fique claro que tolerância não implica em submissão, cumplicidade ou indiferença.


Aceitamos as pessoas como elas são, sem termos com isso de aceitar o que fazem.


Como lidar com isso sem nos corrompermos?


Ai vai uma história...

Um professor, acompanhado de seus alunos, caminhava por uma estrada de terra ao final de um dia de chuva, quando percebe que a margem do caminho um escorpião se afogava em uma poça de água que se formara a beira do caminho. Ato contínuo, ele se abaixa e coloca a mão por sobre o corpo do escorpião retirando-o da água.

O escorpião, assim que é retirado da água, da uma ferroada na mão do professor. A dor faz com que o professor solte o escorpião que volta a cair na poça d’água. O professor repete o gesto e toma uma nova picada na mão. Os alunos riem sem compreender porque o professor havia insistido em auxiliar o escorpião, mesmo depois dele ter retribuído a ajuda que recebera da primeira vez com uma agressão.


O professor respondeu dizendo:


- A natureza primitiva do escorpião impõe que ele se comporte dessa maneira. A minha, mais desenvolvida, me leva a agir de maneira diferente.

- Assim, não devo permitir que a natureza do escorpião, ao invés da minha, venha a condicionar o meu comportamento.


Dizendo isso, o professor se abaixa mais uma vez e recolhe uma folha que havia caído no chão. Usando então a folha, ele retira com segurança o escorpião, que mais uma vez estava se afogando na poça d’água.

Salvo o escorpião, ele arremata aos seus alunos:


- Preciso apenas encontrar um meio de continuar ajudando sem me machucar.


 
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