sexta-feira, setembro 02, 2011









Razão ou coração?





O Espiritismo ensina que todos os Espíritos são criados por Deus em estado de ignorância e simplicidade.



Eles possuem o embrião de todas as virtudes. Mas necessitam das experiências da vida para desenvolver o seu infinito potencial.


No universo não há privilégios ou injustiças. Cada qual ocupa uma posição adequada ao seu estágio evolutivo e as suas necessidades de aprendizado.


Na jornada para a plenitude, as asas do conhecimento e da moralidade gradualmente despontam em toda criatura.


Mesmo quem hoje parece um pervertido adquirirá a máxima pureza. Tudo é uma questão de tempo e de esforço. A criatura que parece privilegiada pela vida, na verdade trabalhou mais o seu interior.


Talvez seja mais velha do que as demais, por ter sido criada antes. Mas certamente já trabalhou muito. Afinal, o mero passar do tempo pouco ensina. É o que ocorre em uma escola. De nada adianta o aluno ser mais velho do que os demais de sua classe. Se não aprende a lição, não é promovido para a etapa seguinte.


A angelitude é um estado de consciência de quem muito conhece e muito ama.


Freqüentemente se ouve falar de embates entre a razão e o sentimento


Em face de determinada situação, a criatura não sabe qual rumo tomar.


Seu coração anseia por determinada solução, mas a razão aponta para outra saída.


Esse gênero de dúvida revela a pouca compreensão que ainda temos da finalidade da vida.


Ninguém nasce a passeio ou apenas para realizar fantasias.


Todos trazemos uma programação a cumprir, que invariavelmente visa a nossa evolução, o nosso aperfeiçoamento.


O objetivo de nossa vida sempre será o desabrochar do anjo que em nós reside.


Esse objetivo identifica-se com a aquisição da sabedoria e do amor. Ocorre que amor não é sinônimo de desejo. Essa sublime energia rege o universo. Ela desperta em nós o ideal de auxiliar o próximo a ser feliz.


Mas a razão nos diz que a felicidade depende do dever bem cumprido. Ninguém pode ser genuinamente feliz com a consciência pesada. Assim, o coração e a razão nunca entram em contradição, para quem compreende o seu real papel em face da vida.


Nossos amores não nos pertencem. Eles são filhos do divino pai, que os criou para uma meta transcendente e maravilhosa. Nosso papel é o de ajudá-los a atingir essa meta tão sublime. Amar não implica ser conivente ou livrar o próximo do trabalho que lhe compete.


Amar não significa manter o ser amado ao nosso lado, quando ele deseja viver outras experiências. Amar é auxiliar a ser feliz, a ser melhor, a crescer para Deus.


A razão lúcida ilumina e dirige o coração. O coração que aprendeu a amar suaviza e dulcifica o raciocínio.


A sabedoria e o amor são duas energias que se complementam, na perfeita harmonia da vida.


Nem determinações duras e implacáveis, nem pieguice e conivência com equívocos.


Quem ama e sabe, educa e ampara.


Acalenta, mas liberta.



Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita. Disponível em www.momento.com.br





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