terça-feira, abril 24, 2012

Pipas ao Vento - Momento Espírita



Pipas ao vento

       Você já viu pipa voar a favor do vento?
Claro que não.

Por mais frágil que seja, de papel de seda e taquara, nenhuma se dá ao exercício fácil de voar levada suavemente pelas mãos de alguma corrente.

Nunca. Elas metem a cara, vão em frente.

Tem dessa vaidade de abrir mão da brisa e preferir a tempestade.

Como se crescer e subir fosse descobrir em cada vento contrário uma oportunidade.

Como se viver e brilhar fosse ter a sabedoria de ver uma lição em cada dificuldade.

No fundo, todo mundo deveria aprender na escola a empinar pipas.

Para entender, desde cedo, que Deus só lhes dá um céu imenso porque têm condições de alcançá-lo.

Assim como nos dá sonhos, projetos e desejos, quando possuímos os meios de realizá-los.






A pipa, também chamada papagaio de papel, pandorga ou raia, é um brinquedo que voa, baseado na oposição entre a força do vento e a força da corda segurada pelo operador.




Ela tem no vento o seu aliado, mesmo quando ele sopra em direção oposta.

A pipa precisa do vento contrário para manter-se lá em cima.

Assim são as lutas da vida, companheiras que, tantas vezes, julgamos indesejáveis, que aparentam estar nos puxando para baixo e nos atrapalhando o caminho, quando na verdade, estão nos impulsionando para frente.

Os problemas encontrados na nossa caminhada nos mostram que chegou o momento de lutar ou, caso contrário, não encontraremos as soluções desejadas.

Não tenhamos a ilusão de que alcançaremos a felicidade futura sem esforço. As dificuldades fazem parte do processo de evolução de todos nós.

Problemas de saúde, na família, desentendimentos, desequilíbrios financeiros são mecanismos que as Leis de Deus nos oferecem para estimular-nos ao avanço.

Às vezes, as pequenas aflições encontradas no presente poderão servir de experiência para enfrentarmos uma grande adversidade que nos aguarda no tempo futuro.

Toda a vida é um processo contínuo de ação.

A luta é um desafio abençoado que a lei do progresso nos impõe.

Lutamos contra as nossas imperfeições, pela aquisição de valores morais elevados, por nos superarmos a cada dia no campo moral, ético, físico e intelectual.

Há lutas para defender os fracos, lutas contra preconceitos de diversos tipos, lutas pela paz, lutas para vencermos todos os problemas que nos afligem.

Sejamos como as pipas, que usam a adversidade para subir às alturas.

Saibamos usar essas dificuldades para nos elevar e crescer na direção de Deus.

E que o nosso objetivo seja alcançar um céu de felicidade plena.

É necessário lutar em paz, alegremente, sabendo que os Bons Espíritos estarão lutando ao nosso lado em nome do lutador incessante que é Jesus, que até hoje não descansa nem desanima, embora permanecendo conosco.

Lutemos, pois, com entusiasmo, renovando as nossas energias, antes que as exaurindo, para que, longos, profícuos e abençoados sejam os nossos dias na face da Terra, quando terminar a nossa oportunidade de serviço e luta.


Redação do Momento Espírita, com base em texto de José Oliva, publicado no site Caixinhas de atitude e no cap. 8, do livro Desperte e seja feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco, ed. Leal.Disponível em www.momento.com.br.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

“Deixe aqui um comentário”