Cirurgias Espirituais
Joanna de Ângelis
A inefável misericórdia de Deus sempre proporcionou ao ser humano os recursos hábeis para que a paz, o bem-estar e a saúde o alcancem, embora os percalços existenciais.
Quando escasseiam os meios humanos convencionais, nunca faltam os valiosos contributos da oração, da inspiração, da ajuda espiritual direta ou indireta, proporcionando os tesouros incalculáveis do amor para tornar a vida mais suave e menos dorida.
Todos os dissabores e enfermidades de qualquer procedência encontram no Espírito as causas que os desencadeiam no corpo, na emoção ou no psiquismo. O ser real é sempre o responsável por quaisquer ocorrências no trânsito carnal. Em conseqüência, todas as providências saneadoras de distúrbios devem ser direcionadas às matrizes, ao veículo modelador orgânico.
Atendendo às necessidades evolutivas dos homens e mulheres reencarnados na Terra, o Senhor da Vida permite que os generosos Espíritos que desempenham o ministério médico no mundo retornem, a fim de os auxiliar durante o curso de enfermidades dolorosas e pungentes.
Quando escasseiam os recursos técnicos e acadêmicos, não poucas vezes, eles vêm oferecer o contributo do auxílio fraternal, vitalizando a virtude da caridade, que é sempre a bandeira que desfraldam.
Espiritualmente, durante os desdobramentos parciais pelo sono, conduzem os enfermos às regiões de onde procedem, ali realizando transfusões de energias benéficas e curativas, que se incorporarão ao patrimônio celular.
Noutras oportunidades, mediante a bioenergia, revitalizam os chakras, ativando os centros de fixação do Espírito ao corpo e mudando a estrutura molecular enfermiça, que se renova e se reequilibra.
Vezes outras, ainda, mediante o atendimento homeopático, socorrem aqueles que os buscam, estimulando-os à mudança de comportamento moral e estimulando os núcleos energéticos através das tinturas-mães devidamente dinamizadas, mais especialmente quando se utilizam de médiuns portadores de faculdades de efeitos físicos ou de ectoplasmia, para procedimentos cirúrgicos com instrumentos próprios ou sem eles.
Neste último caso, tem por meta chamar a atenção para a imortalidade da alma e para os mecanismos ainda desconhecidos por muitos acadêmicos que teimam em permanecer na cômoda atitude da negação sistemática, procurando explicações esdrúxulas ou complicadas para ocultar aquilo que ignoram, mesmo antes de intentarem qualquer investigação séria e descomprometida.
Embora devamos ter grande respeito pelos investigadores honestos e devotados, aqueles que se dedicam a pesquisar o que ignoram antes de assumirem atitude de hostilidade, não cabe a mesma consideração em referência aos que negam tomados de vã presunção, numa postura injustificável na atualidade como “*magister dixit” (*1).
Os fenômenos mediúnicos e espíritas ocorrem amiúde, quer desejem as criaturas ou não, sendo de todos os tempos e sucedendo em toda parte, faltando somente interesse e seriedade para o seu estudo.
Todos os procedimentos espirituais que têm por meta a recuperação orgânica são realizados no perispírito, o campo onde se encontram registradas as necessidades de evolução para o Espírito. Conforme se haja conduzido no transcurso das reencarnações, fixam-se-lhe nos tecidos sutis e etéreos desse delicado revestimento do Espírito, todos os atos que se irão impor como exigências do processo iluminativo, sejam de natureza elevada ou de recuperação.
Desse modo, as cirurgias espirituais ou mediúnicas não tem necessidade de ser realizadas no corpo somático, muitas vezes através de comportamentos agressivos e chocantes, violentando os dispositivos da técnica, da higiene,
da precaução às infecções...
Assim sucedem, para chamar a atenção dos cépticos, face à violação dos cânones estabelecidos a vigentes nas Academias de Medicina.
Hemóstase (*2), insensibilidade, assepsia, refazimento dos tecidos cirurgiados, decorrem, portanto, da ação fluídica dos Espíritos cirurgiões sobre o perispírito dos pacientes, que absorvem essas saudáveis energias impregnando a estrutura molecular das células e imprimindo-lhes novo comportamento.
*1 Magister dixit (O mestre o disse) é uma expressão latina que pode ser utilizada quando se procura construir um argumento referindo-se à uma autoridade tida como inquestionável.
*2 Hemostasia é o conjunto de mecanismos que o organismo emprega para coibir hemorragia. Para tal, é formado um coágulo de plaquetas que obstrui a lesão na parede vascular.
FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis- Livro Nascente de Bênçãos.
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