O Capital dos Minutos
Scheilla
No tamanho da Terra, em toda parte, surge a erva daninha.
Aqui, chama-se tiririca, além é joio imprestável, mais adiante guarda o nome de escalracho destruidor.
No fundo, é sempre mato inculto, impedindo a germinação da boa semente e consumindo a vitalidade do solo.
Extensos tratos de gleba proveitosa permanecem dominados por essa relva improdutiva e renascente, onde tanta árvore generosa poderia crescer e produzir para a alegria e segurança de todos.
Referimo-nos a esse elemento invasor para lembrar o vosso valioso capital dos minutos.
Quanta felicidade poderemos plantar com a bênção de meia hora? Quanto estudo nobre investir-nos-á na posse de elevados conhecimentos com apenas alguns instantes de leitura e reflexão?
Dez minutos na conversação digna ou na visita confortadora podem operar a renovação de muitos destinos. Um quarto de hora na assistência aos enfermos ou no trabalho gratuito em favor do próximo consegue prodígios na vitória do bem.
Entretanto, contra a plantação de semelhantes recursos nas leiras do tempo, encontramos a tiririca da maledicência, o joio do azedume verbal e o escalracho das críticas ociosas fantasiadas de interesse pela salvação apressada dos outros...
No fundo, porém, é sempre a conversa inútil que aniquila as mais nobres oportunidades de serviço e progresso.
Não olvidemos o capital dos minutos, a riqueza capaz de comprar-nos a sublimação para a vida eterna, se atendermos à edificação da verdadeira fraternidade.
E com os talentos do amor e da fé, procuremos servir sem repouso, recordando a afirmação do Mestre Divino:
“Meu Pai trabalha até hoje e eu trabalho também”.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Scheilla.
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