sábado, setembro 22, 2012





Quando

Eros


- Senhor! - rogou o discípulo, emocionado - quando identificarei a plenitude da paz e da felicidade, jornadeando neste mundo torvo, atribulado, de enfermidades e violências?


O compassivo Mestre penetrando-o com a magia do seu encantamento, respondeu:


-  Quando puderes ver com a suavidade do meu olhar as mais graves ocorrências, sem precipitares julgamentos, remontando às causas; 


quando lograres ouvir com a paciência da minha compreensão generosa; 


quando puderes falar auxiliando, sem acusação nem desculpismo; 


quando agires com misericórdia, mesmo sob as mais árduas penas e prosseguires intimorato na senda do bem entre abrolhos pontiagudos, confiando nos objetivos superiores, já não serás tu, mas sim eu quem vive em ti, e, identificado comigo, fruirás de felicidade e paz.


O aprendiz ouviu, meditou, e, levantando-se, partiu pela estrada do serviço ao próximo, intentando conjugar o verbo amar, sem cansaço, sem ansiedade, sem receio.



FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Eros. No longe do Jardim.

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