Quando
Eros
- Senhor! - rogou o discípulo, emocionado - quando
identificarei a plenitude da paz e da felicidade, jornadeando neste mundo
torvo, atribulado, de enfermidades e violências?
O compassivo Mestre penetrando-o com a magia do seu
encantamento, respondeu:
- Quando puderes ver
com a suavidade do meu olhar as mais graves ocorrências, sem precipitares
julgamentos, remontando às causas;
quando lograres ouvir com a paciência da
minha compreensão generosa;
quando puderes falar auxiliando, sem acusação nem
desculpismo;
quando agires com misericórdia, mesmo sob as mais árduas penas e
prosseguires intimorato na senda do bem entre abrolhos pontiagudos, confiando
nos objetivos superiores, já não serás tu, mas sim eu quem vive em ti, e,
identificado comigo, fruirás de felicidade e paz.
O aprendiz ouviu, meditou, e, levantando-se, partiu pela
estrada do serviço ao próximo, intentando conjugar o verbo amar, sem cansaço,
sem ansiedade, sem receio.
FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Eros. No longe do Jardim.
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