Jesus, Benfeitor nosso!
Manoel Philomeno de Miranda
Enquanto o planeta amado estertora no seu processo de
aprimoramento evolutivo, padecendo rudes provas e expiações, arrebatando os
seus habitantes em direção a sofrimentos inenarráveis, aqueles que aqui estamos
reunidos e Te amamos, suplicamos misericórdia, em face da inferioridade moral
que predomina em a nossa natureza espiritual.
Desde há milênios que a todos nos convocas para a
construção do reino espiritual nas
mentes e nos corações, sem que hajamos atendido corretamente ao Teu chamado.
Nas culturas e civilizações antigas, desde o período dos
sumérios, alguns de nos demo-nos conta do alto significado da existência 20 terrestre,
deixando-nos, porém, anestesiar pelos vapores da matéria enganosa...
Mais tarde, na Pérsia e em Nínive, tomamos conhecimento
da Verdade e dos seus mistérios, para logo
os abandonarmos, seguindo as tubas
guerreiras de Dario ou de Salmanasar, conquistando terras e disseminando a morte.
A nossa foi, então, a
sementeira de sangue, de orfandade, de
viuvez, de ódio, e a colheita foram as dores acerbas e sem nome na Babilônia e
no Egito, que nos fascinaram com os seus
templos faustosos, arrastando-nos depois para as derrotas sangrentas com
Astiages e o assassinato de Akenaton...
Transitamos pelos montes do Tibet e as planuras da Índia,
repetindo as lições do Mahabarata que nos emocionavam, sem que conseguíssemos
alterar a belicosidade infeliz que nos assinalava...
A China veneranda com Fo-Hi e os seus filósofos
ensinou-nos sabedoria, entretanto não
nos arrefeceu a sede alucinada de poder sobre
a Manchúria e os povos vizinhos, que também a destroçaram várias vezes com os seus carros de
destruição...
Atravessamos o deserto com Moises, como o faríamos
depois com Esdra, for nobreza de Ciro
para re-construir o Templo e reerguer Jerusalém, e atacamos os filisteus e
outros povos, semeando o terror,
malsinando, destruindo...
Atenas encantou-nos, desde os dias de Anaxágoras, depois,
com as lições de Sócrates, não
impedindo, porem, que nos entregássemos, em Esparta, a hediondez e as lutas
incessantes. . .
Acompanhamos Ciprião, o africano, como o fizéramos com
Alexandre Magno, o macedônio, e Aníbal, o cartaginês, embora conhecedores da
filosofia em torno da imortalidade e da interferência dos deuses em nossas vidas, . .
...E contigo, após ouvir-Te as lições de incomparável
beleza, abandonamos a fidelidade e convertemos a Tua doutrina em poder de mentira, luxuria, hipocrisia e desventura. .
.
Assim, atravessamos a noite medieval, advertidos for
mártires e santos, apegados a infâmia e ao
horror.
Morremos e renascemos, vezes sem conto, despertando
realmente para a vida em abundancia quando as claridades do Espiritismo nos arrancaram da densa treva interior, da
ignorância e do abismo da loucura
egotista. . .
Mais de uma vez, a Tua misericórdia sacudiu a barca
planetária, qual ocorreu, há pouco, através do tsunami, demonstrando a fraqueza dos engenhos humanos e suas parcas
possibilidades de conhecer os desígnios de Deus, a Jim de a todos despertar-nos
em definitivo..
Novamente solicitaste o apoio de outros Espíritos para a
grande transição que logo mais terá
lugar no mundo físico.
Permite-nos, agora, que o Embaixador de outra Esfera, que
estamos aguardando, fossa trazer-nos a Tua bênção em nome do amor universal, a fim de que, realmente
conscientes, consigamos servir-Te com
discernimento e abnegação.
Aqui estamos, genuflexos e expectantes, a Teu serviço, de
coração e mente abertos a verdade.
Misericórdia, Senhor!
FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Manoel Philomeno de
Miranda. Transição Planetária.
Transição Planetária
"Para que na Terra sejam felizes os homens, preciso
e que somente a povoem Espíritos bons,
encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem.
Havendo chegado o
tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal
pelo mal, ainda não tocados pelo
sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos,
porque, senão, lhe ocasionariam de novo
perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso.
Substituí-los-ão Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a
paz e a fraternidade..."
"...A época atual e de transição; confundem-se os
elementos das duas gerações.
Colocados no ponto intermédio, assistimos a partida de uma e a chegada da
outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares...”
(A GENESE, de Allan
Kardec. A geração nova, Cap. XVIII -
Itens 27 e 28. 13. edição da FEB.)
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