quarta-feira, novembro 07, 2012

Convite à calma - Joanna de Ângelis





Convite à calma

Joanna de Ângelis 


“Não resistais ao mal que vos queiram fazer.” (Mateus: capítulo 5º, versículo 39.)


O espinho do ciúme vence-a;


o estilete da ira dilacera-a;


o ácido da inveja corroe-a, os vapores do ódio enlouquecem-na;


a agressão da calúnia despedaça- a;


o tóxico da maledicência perturba-a;


a rama da suspeita inquieta-a;


o petardo da censura fere-a; 


as carregadas tintas do pessimismo tisnam-na se o cristão decidido não se resolve mantê-la a qualquer preço.


Não importa que exsudes, agoniado, em quase colapso periférico, ou estejas com a pulsação alterada, ou, ainda, sofras o travo do amargor nos lábios.


Imprescindível não precipitares atitudes, nem conclusões aligeiradas, nem desesperações injustificáveis.


Não nos reportamos à posição inerme, à aparência, pois o pântano que parece tranqüilo é abismo, reduto de miasmas e morte traiçoeira.


Aludimos a um espírito confiante, fixado nas diretrizes do Cristo, sem receios íntimos, sem ambições externas. Equilibrado pela reflexão, possuidor de probidade pela ponderação.


Calma significa segurança de fé, traduzindo certeza sobre a Justiça Divina.


Ante o dominador tíbio que lavava as mãos, em referência à Sua vida, Jesus se fez o símbolo da calma integral e da absoluta certeza da vitória da verdade.


Cultiva, portanto, os sentimentos e mantém os propósitos edificantes.


Perceberás, surpreso, que as atitudes dos maus não te atingirão, facultando-te através da calma não resistir ao mal que te queiram fazer, conforme lecionou o Senhor, porquanto a integridade da fé em exteriorização de calma dar-te-á forças para vencer as próprias limitações e prosseguir resolutamente, em qualquer circunstância.




FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Convites da Vida, CAP. 5, p. 6.

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