quinta-feira, junho 12, 2014

Convite à jovialidade - Joanna de Ângelis






Convite à jovialidade

Joanna de Ângelis




“Se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois se as praticardes.” (João: capítulo 13º, versículo 17).



A palavra áspera aqui e o conceito azedo ali consubstanciam a aura do desagrado.


O cenho carrancudo em regime de continuidade, deformando a aparência da face, materializa a expressão do tormento íntimo.


A habitual constrição facial, exteriorizando desagrado, produz a possibilidade negativa do intercâmbio fraterno...


Eles passam, os atormentados de toda característica, assinalados pelas marcas fundas dos dramas que ressumam dos painéis perispirituais, gerando
deformidades que exteriorizam, desagradáveis.


Indispensável cultivar a jovialidade em qualquer esfera de ação mormente nas tarefas do Cristianismo Redivivo.


Movimentar o bem como quem suporta pesado fardo, significa desfigurar o próprio bem.


Ensinar alegria e confiança entre asperezas, carrancas e severidade para com os outros e sistemática de antipatia representa enunciar palavras belas e
viver paisagens sombrias.


Como um semblante vulgarizado por um sorriso de idiotia representa um espírito agrilhoado à expiação, a dureza da face, o verbo cortante constituem
as armas de insidiosa enfermidade espiritual.


Jovialidade, portanto.


Um espírito agradável a reproduzir-se numa face amena, não obstante as sombras e as lágrimas que, por vezes, expressam os impositivos da evolução
pela dor, gerando simpatia e afabilidade.


Cismando, porém, ameno, carregando a Cruz, todavia, tranqüilo, azorragado e humilhado até à extrema e mísera posição, Jesus manteve o alto padrão da jovialidade, em tal monta que mesmo em agonia amenizou as circunstâncias que exornavam a tarde de hediondez para cantar esperanças aos acompanhantes infelizes, acenando-lhes com a promessa do Paraíso, e bordando-lhes a noite pesada em que padeciam intimamente com as estrelas
excelsas da paz ditosa.




FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Convites da Vida, Cap. 29.

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