Felicidade simples
O que verdadeiramente nos faz felizes? Se alguém nos fizer
esta pergunta, ou se nós mesmos fizermos esta pergunta ao nosso coração, qual
será a resposta?
Pensemos se o carro que temos nos faz felizes por completo.
E nossa casa, ela tem a capacidade de nos fazer plenamente felizes?
Pensemos nos nossos bens materiais, na roupa cara, na conta
do banco, nos adornos... Isso nos faz efetivamente felizes?
Vários pesquisadores, ao estudarem as causas da felicidade,
chegam sempre a conclusões muito semelhantes.
Nossa felicidade não se constrói com o aumento do salário,
com o ganhar na loteria, com algum bem caro que possamos adquirir.
Mesmo que mudemos nosso patamar de vida, que passemos a
ganhar o dobro ou o triplo do salário, isso não é sinônimo de uma verdadeira
felicidade.
Rapidamente nos adaptamos a um novo estilo de vida, a um
novo padrão de consumo, e o que, no início, parecia ser felicidade, torna-se
trivial e cotidiano.
Porém, muitos nos iludimos achando que a felicidade mora no
ter, no possuir, no aparentar, no exibir.
Imaginamos que a felicidade estará naquilo que é difícil de
se obter, no objeto raro, no produto caro, que sonhamos um dia possuir.
Porém, a felicidade verdadeira e perene é simples e modesta.
Se não a temos, é porque complicamos a vida, e assim não
conseguimos entender e aprender como buscar a felicidade.
As moedas que compram a felicidade são apenas aquelas que
conseguimos guardar no cofre do coração.
Não raro, nos lares humildes, nos ambientes de carência
socioeconômica, encontramos olhares felizes, corações plenos.
Não menos frequente, vemos na opulência e na fartura de bens
terrenos grassarem os desequilíbrios e dores de grande monta.
Assim, se anelamos a felicidade, devemos investir no tesouro
correto.
Analisemos qual a qualidade das moedas que guardamos em
nosso coração.
Percebamos quais valores estamos juntando em nossos cofres
íntimos.
Serão sempre eles que nos traçarão o destino da felicidade
ou da desdita.
Não falamos aqui da felicidade que imaginamos haver no riso
fácil, no brilho social, no sucesso das capas de revista.
Por não se sustentarem, não preencherem a alma em plenitude,
são momentos efêmeros e passageiros.
Porém, se guardamos a consciência tranquila, o olhar sereno,
a espinha ereta da boa conduta, usufruiremos, certamente, da felicidade.
Mesmo sob o guante da doença, ainda que sob vendavais
intensos da vida, ou mesmo quando na ausência dos amores que partem,
perceberemos que os valores que guardamos no coração são nossos tesouros.
Nenhuma moeda de ouro, nenhuma grande conquista financeira,
muito menos uma grande conta bancária.
Independente daquilo que temos, ser feliz é o simples
resultado de como agimos e do que conquistamos para nosso coração.
Em suma, a felicidade nasce da simples equação de bem nos
conduzirmos na vida, perante nós mesmos, perante nosso próximo e perante Deus.
Redação do Momento Espírita. Disponível em
www.momento.com.br.
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