segunda-feira, outubro 14, 2013

Consciência ecológica - Momento Espírita





Consciência ecológica



Uma cascata fluindo branca, como uma cortina rendada; um céu repleto de estrelas, o cheiro da terra molhada após a primeira chuva, gotas que brilham em pétalas.


A natureza é um espetáculo para se contemplar em silêncio respeitoso, com o coração em prece.


Deus se mostra, majestoso, nas Suas obras monumentais.


A arte, o belo, o refinamento, a exatidão. Tudo é visível na natureza.


Por isso, um dos maiores filósofos da Terra, grafou palavras que resumem de forma completa o que representa a natureza para o homem habituado a pensar em Deus.


É de Immanuel Kant esta bela frase: “Duas coisas enchem minha alma de admiração e respeito: o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim”.


E diante desse espetáculo de formas, cores e perfumes, o que fazemos nós, os seres humanos?


Poluímos, matamos, utilizamos sem cuidado. Somente a poucos anos a Humanidade passou a observar que o nosso Mundo está maltratado.


A palavra Ecologia então entrou na moda, ganhou o Mundo, tornou-se sinônimo de consciência ética. Mas muitos de nós ainda estão distantes do sentimento de reverência que a obra divina deveria merecer de todos.


Florestas devastadas, rios transformados em canais pútridos, animais torturados e vendidos como mercadoria barata.


Isso nos mostra o quanto ainda estamos distanciados do ideal de amor e respeito que a obra de Deus merece.


A casa planetária – saqueada, poluída, agredida – geme sob o domínio humano. E os resultados começam a surgir, preocupantes: aquecimento global, doenças, morte de espécies.


Eis que o produto de nosso descaso se volta contra nós. Furacões, tsunamis, tufões.


Quando ocorrem as grandes tragédias, decorrentes de fenômenos naturais, o homem é a primeira vítima.


E mesmo assim, resiste em continuar cego para os sinais de que algo está profundamente errado na forma como nos relacionamos com a natureza.


Como reverter esse quadro? Como restaurar o equilíbrio?


A resposta está na palavra educação.


Essa arte de educar os caracteres é a chave para que as futuras gerações tenham uma visão mais larga sobre o papel do ser humano, como agente causador da destruição do planeta em que vivemos.


Aos homens do futuro – que hoje são crianças e adolescentes – nos cabe oferecer uma consciência mais apurada e uma noção mais plena sobre preservação do meio ambiente.


Mas... como fazer isso?


Educando-os desde hoje. Uma educação que vai além da escola formal. A educação do Espírito, que consiste em implantar novos conceitos ético-morais no indivíduo.


A educação do Espírito é completa. Não apenas o informa sobre as regras de gramática e as normas da geometria.


Fala ao homem sobre seu papel no Mundo. Educa-o para a convivência fraternal com todos os seres – humanos, animais e vegetais.


E prepara-o para cuidar do lugar que vive.


No dia-a-dia, essa educação se mostra no combate aos desperdícios de toda espécie, na economia dos recursos naturais, no respeito integral a toda forma de vida.


Um exemplo dessa consciência superior pode ser encontrado em Francisco de Assis, que amava a obra divina a tal ponto que chamava de irmãos ao sol, à lua, ao vento, à água e às estrelas.


Quem de nós poderia traduzir melhor o amor do que abraçando a natureza com palavras de amor?




Texto da Redação do Momento Espírita. Disponível em www.momento.com.br.

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