Toinho
Lago Burmet
Toinho era tão do céu, tão pouco viveu conosco.
Um dia, Deus lhe disse:
- Abra a mão Toinho.
Tome esses tantos anos de vida e vá para o mundo gozar.
Toinho disse:
- Obrigado.
Saiu pelo espaço afora. Estava quase chegando,
Quando ouviu um choro. Quem chora?
Era um anjinho da Terra, que a mãe estava a morrer.
Papai do Céu, por favor, não deixe a mamãe morrer!
Toinho ficou com pena, tirou dez anos dos seus,
E deu para a mãe do menino; foi-se embora.
Foi tranquilo, com o riso frágil de um forte.
Adiante, às portas da morte, um poeta tuberculoso,
Clamava contra o destino:
Meus dias gastei sonhando, da Glória com áureo emblema.
Deus, deixa que eu possa compor meu derradeiro poema.
Toinho ficou com pena, deu cinco anos para o poeta.
E foi voando, voando , veloz como um seta.
No caminho percorrido, Toinho viu tantas coisas, tanta dor,
Tanto gemido, de um homem desiludido, temendo baixar a
louza,
Viu jovens crianças louras, já cheias de desengano,
Viu órfãos, santos , mendigos, viu pobres, viu soberanos,
E a todos ia dando 2, 3,4 e 5 anos.
Até quando enfim, chegou ao Nosso Lar,
Pobre e tosco.
Foi por isso que Toinho ficou tão pouco tempo conosco.
Mensagem Distribuída pelo Centro Espírita Filhos de Deus/RJ.
Dedico este post ao meu pai, que há 19 anos nesta data, retornava à Pátria Espiritual.
Que as Vibrações de Jesus e da Mãe Santíssima o envolvam, amparem e fortaleça, onde quer que se encontre...
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