sábado, dezembro 21, 2013

Toinho - Lago Burmet





Toinho 

Lago Burmet



Toinho era tão do céu, tão pouco viveu conosco.

Um dia, Deus lhe disse:

- Abra a mão Toinho.

Tome esses tantos anos de vida e vá para o mundo gozar.

Toinho disse:

- Obrigado.


Saiu pelo espaço afora. Estava quase chegando,

Quando ouviu um choro. Quem chora?

Era um anjinho da Terra, que a mãe estava a morrer.

Papai do Céu, por favor, não deixe a mamãe morrer!


Toinho ficou com pena, tirou dez anos dos seus,

E deu para a mãe do menino; foi-se embora.

Foi tranquilo, com o riso frágil de um forte.



Adiante, às portas da morte, um poeta tuberculoso,

Clamava contra o destino:

Meus dias gastei sonhando, da Glória com áureo emblema.

Deus, deixa que eu possa compor meu derradeiro poema.

Toinho ficou com pena, deu cinco anos para o poeta.



E foi voando, voando , veloz como um seta.

No caminho percorrido, Toinho viu tantas coisas, tanta dor,

Tanto gemido, de um homem desiludido, temendo baixar a louza,

Viu jovens crianças louras, já cheias de desengano,

Viu órfãos, santos , mendigos, viu pobres, viu soberanos,

E a todos ia dando 2, 3,4 e 5 anos.



Até quando enfim, chegou ao Nosso Lar,

Pobre e tosco.

Foi por isso que Toinho ficou tão pouco tempo conosco.




Mensagem Distribuída pelo  Centro Espírita Filhos de Deus/RJ.




Dedico este post ao meu pai, que há 19 anos nesta data, retornava à Pátria Espiritual. 

Que as Vibrações de Jesus e da Mãe Santíssima o envolvam, amparem e fortaleça, onde quer que se encontre...



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