sábado, janeiro 11, 2014

Criança - Momento Espírita




Criança



De tudo o que nos cerca na vida, uma das dádivas mais preciosas que Deus nos proporciona é a presença da criança.


Ela tem o dom especial de dar sabor e graça a tudo. Contenta-se com tão pouco: um passeio, um pôr-do-sol, um pacote de pipoca.


E tem a pretensão de que o mundo inteiro lhe pertence. É sua a árvore, a bola, a peteca. É seu o pássaro, o jardim. São seus o carro do papai e o batom da mamãe.


Uma criança nasce com um brilho angelical e mesmo crescendo, sempre fica um halo de luz suficiente para nos cativar o coração, mesmo que ela se sente no lodo, chore a todo o volume, faça um berreiro ou ande pela casa se gabando, depois de vestir as melhores roupas e sapatos de sua mãe ou de seu pai.


Ela pode ser a mais carinhosa do mundo e parecer a mais ingênua, até ao ponto de esgotar a nossa capacidade de responder perguntas.


Quando está brincando, produz todo tipo de ruídos que nos colocam os nervos à flor da pele.


Quando a repreendem ela fica quietinha, faz beicinho, carinha de choro. Mas continua com esse brilho angelical nos olhos.


Ela é a inocência jogada na Terra, a beleza fazendo cambalhotas e também a mais doce expressão do amor materno, quando acaricia e faz dormir a sua boneca ou o seu bichinho de pelúcia.


Quando Deus a cria, utiliza uma parte da matéria prima de muitas de suas criaturas. 


Usa os gorjeios do sabiá e os saltos do gafanhoto, a curiosidade e a suavidade do gato, a ligeireza do antílope e a teimosia de uma mulinha.


Gosta de sapatos novos, de sorvete, brinquedos, do jardim de infância, dos companheiros de folguedos e de correr atrás dos pombos e do gatinho.


Adora livros de colorir, as lições de dança, a bola e o patinete.


Ama a praia, o sol, o mar, as férias, o luar e as estrelas.


Não gosta que lhe penteiem o cabelo e é a mais ocupada criatura na hora de ir para a cama, porque sempre precisa acabar alguma coisa que ainda nem começou.


Ninguém nos dá maiores aflições ou alegrias, desgosto ou satisfações ou o mais legítimo orgulho.


Pode bagunçar nossos papéis de trabalho, nosso cabelo e a roupa. É especialista em nos pedir tempo para compartilhar das suas brincadeiras e tem uma fértil imaginação.


Às vezes, pode parecer uma calamidade, que quase nos desespera com tantos ruídos e travessuras.


Mas quando sentimos que as nossas esperanças e desejos estão a ponto de cair por terra, quando o mundo parece que se fecha para nós;


quando chegamos a pensar que o fracasso logo nos alcançará, ela nos converte em majestades, quando se senta em nossos joelhos, passa os bracinhos pelo nosso pescoço e pede para contar um segredo no ouvido, e diz: Eu te amo!


*   *   *


As crianças são como espelhos. 


Na presença do amor, refletem o amor. 


Quando o amor está ausente, elas nada têm a refletir.


Guardamos sérias responsabilidades para com esses Espíritos que nos foram confiados por Deus, Nosso Pai.


Na condição de pais, é nosso dever guiá-los pelos caminhos do bem, falar-lhes de responsabilidades e dos objetivos da vida.


Pensemos nisso.




Redação do Momento Espírita, com base no texto Que é uma menina?, de Juan Alfonso Astiazarán, do livro Um presente especial, de Roger Patrón Luján, ed. Aquariana. Disponível em www.momento.com.br.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

“Deixe aqui um comentário”