O átomo e o preconceito
Conta-se que um grupo de cientistas colocou cinco macacos
numa jaula, uma escada no centro e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os
cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão.
Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada,
os outros batiam nele.
Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia a escada,
apesar da tentação das bananas.
Então os cientistas substituíram um dos cinco macacos.
A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo
rapidamente retirado pelos outros, que o surraram.
Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não
mais subia a escada.
Um segundo macaco foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo
o primeiro substituto participado, com entusiasmo, da surra ao novato.
Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato.
Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi
substituído.
Os cientistas ficaram, então, com cinco macacos que, mesmo
nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse
chegar às bananas.
Se caso fosse possível perguntar a algum deles porque batiam
em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: Não sei, as
coisas sempre foram assim por aqui!
* * *
É dessa forma que vemos a Humanidade agindo, no que diz
respeito aos preconceitos.
Herdamos valores do passado sem questioná-los, sem pensar
sobre sua validade, sobre seu conteúdo.
O grande Albert Einstein, certa feita disse: Triste época
esta, em que é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.
Em seus pensamentos, com toda certeza, fulgurava essa
dificuldade que tem o homem de se libertar de sua ignorância, de agir de acordo
com a racionalidade, e não conforme as convenções descabidas.
Por isso, conceituamos antecipadamente muitas coisas, como
uma raça, uma religião, uma profissão, uma opção de vida, uma pessoa.
Escondemo-nos na ideia de que sempre foi assim, escapando de
ter que pensar, de ter que mudar.
Nesse momento, chegamos bem próximos das atitudes dos
animais, que agem apenas por instinto, e se encontram na primitividade da
evolução terrena.
O homem moderno precisa urgentemente rever seus valores.
O homem do novo século necessita derrubar antigos conceitos
e abrir sua mente para as verdades novas que lhe chegam.
Juntamente com a importantíssima evolução do intelecto, que
nos possibilitou dividir o átomo, precisamos cuidar também do crescimento
ético, do desenvolvimento espiritual que nos fará, finalmente, livres dos
preconceitos, que até hoje na História do Mundo, só trouxeram a espada, a
divisão, o sofrimento.
* * *
Quantas das guerras modernas ainda são resultado de
preconceitos antigos!
Quantos sentimentos de ódio por outras raças, por outras
crenças, responsabilizando milhões, pelos erros passados de alguns poucos!
Quantos dias, anos, décadas, séculos, ainda faltam para
compreender que somos todos irmãos, que temos todos o mesmo objetivo, e que não
precisamos competir, e sim buscar a união para sermos felizes?
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria ignorada.Disponível em
www.momento.com.br.
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