Mediante esforço
A siderurgia transforma a estrutura dos metais e os trabalha
para finalidades compatíveis com programas antes estabelecidos.
Artistas alteram as formas de pedras, do bronze, do cobre,
do ouro, da prata e lhes transmitem vida, lhes arrancando das entranhas, sob
inspiração e esforço, a beleza e a utilidade para enriquecimento da sociedade.
Débil raiz cravada na frincha de uma rocha, obedecendo ao
finalismo da sua existência, fende a pedra rude e sustenta a planta que sobre
ela se desenvolve.
* * *
A vida responde de acordo com a ação desencadeada.
O violento tropeça com a truculência a cada passo.
A paciência encontra a harmonia quando persiste.
O sanguinário torna-se vítima da própria impetuosidade.
O pacifista adquire tranquilidade enquanto defende os ideais
que o dominam.
O intrigante padece da neurose do medo.
A lealdade produz confiança.
A irritabilidade leva às ulcerações gástricas, duodenais e
ao desequilíbrio da emoção.
A concórdia gera harmonia em toda pessoa e lugar.
O mal é sombra pelo caminho de quem lhe sofre a ação.
O bem é luz irradiante a produzir alegria.
Allan Kardec, em sua obra O céu e o inferno, ao abordar o
tema Código penal da vida futura, afirma:
O Espírito sofre, quer no mundo corporal, quer no
espiritual, a consequência das suas imperfeições.
As misérias, as vicissitudes padecidas na vida corpórea, são
oriundas das nossas imperfeições, são expiações de faltas cometidas na presente
ou em precedentes existências.
O sofrimento é inerente à imperfeição.
Toda imperfeição, assim como toda falta dela promanada, traz
consigo o próprio castigo nas consequências naturais e inevitáveis:
Assim, a moléstia pune os excessos e da ociosidade nasce o
tédio, sem que haja mister de uma condenação especial para cada falta ou
indivíduo.
Da parte do bem que se faz, podemos aplicar o mesmo
raciocínio: toda virtude traz consigo sua felicidade própria.
Quando cumprimos as leis Divinas - inscritas na consciência
- recebemos por consequência imediata a harmonia, o refazimento e a paz íntima.
É Deus dentro de nós afirmando diariamente que os caminhos
do amor são os mais seguros, e os únicos que nos levam à anelada felicidade
plena e aos braços do Criador.
* * *
Que nos possamos moldar ao programa do dever de crescer para
Deus, domando as más inclinações.
A princípio, essa atitude deve ser concentrada nas
imperfeições de pequena monta.
Esse exercício, feito com disciplina e seriedade, já é
caminho para a vitória sobre as paixões mórbidas que procedem do passado
delituoso.
O alvo permanente deve ser nos libertarmos delas.
O homem torna-se o que se trabalha.
Não há milagre de transformação moral, em quem não se
exercitou nas realizações humanas para a própria sublimação pessoal.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap.7, do livro O
céu e o inferno, de Allan Kardec, ed. Feb e no cap. 14, do livro Alegria de viver,
pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed.
Leal. Disponível em www.momento.com.br.
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