Convite à Continência
Joanna de Ângelis
“... A vossa santificação que vos abstenhais da
prostituição.” (1º TESSALONICENSES: capítulo 4º, versículo 3).
Referimo-nos ao equilíbrio no uso das funções sexuais, em
face dos modernos conceitos éticos, estribados nas mais vulgares
expressões do sensualismo e da perversão.
Disciplina moral, como condição de paz fomentadora de ordem
física e psíquica, nos diversos departamentos celulares do corpo que
te serve de veículo à evolução.
A mente atormentada por falsas necessidades,
responsabiliza-se por disfunções glandulares, que perturbam a boa marcha das
organizações fisiológica e psicológica do homem.
Entre as necessidades sexuais normais, perfeitamente
controláveis, e as ingentes exigências do condicionamento a que o indivíduo se
permite por educação, por sociabilidade, por desvirtuamento, há a fuga espetacular
para os prazeres da função descabida do aparelho genésico, de cujo
abuso só mais
tarde aparecem as conseqüências físicas, emocionais e
psíquicas, em quadros
de grave comprometimento moral.
Em todos os tempos, o desregramento sexual dos homens tem
sido responsável por crises sérias no estatuto das Nações.
Guerras cruéis que assolaram povos, arbitrariedades cometidas em larga escala,
em toda parte, absurdos do poder exorbitante, perseguições inomináveis,
contínuas, tragédias bem urdidas, crimes nefandos têm recebido os ingredientes
básicos das distonias decorrentes do sexo em desalinho, eito de
maldições e poste de suplícios intérminos para quantos se lhe tornam áulicos
subservientes.
Quedas espetaculares na rampa da alucinação, homicídios
culposos, latrocínios infelizes e perversões sem conta fazem a
estatística dos disparates nefandos do sexo em descontrole, perfeitamente adotado pela
falsa cultura hodierna.
Continência, portanto, enquanto as forças do equilíbrio
íntimo se fazem condutoras da marcha orgânica.
Dieta salutar, enquanto o matrimônio não se encarrega de
propiciar a harmonia indispensável para a jornada afetiva.
Mesmo na vida conjugal, se desejas estabelecer normas para a
felicidade, cuida-te da licenciosidade perniciosa, do abuso perturbador, da
imaginação em
desvario...
Se te parecerem difíceis os exercícios de continência,
recorda-te da oração e mergulha a mente nos rios da prece, onde haurirás
resistência contra o mal e
inspiração para o bem.
Quando, porém, te sentires mais açulado e inquieto, a ponto
de cair, refaze-te através do passe restaurador de forças e da água
fluidificada, capazes de ajudar-te na empresa mantenedora da harmonia necessária
ao progresso do teu espírito, na atual conjuntura carnal,
evitando a prostituição dos costumes sempre em voga, responsável por mil desditas
desde há muito.
FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis.
Convites da vida, Cap. 8, p .8-9 , 1972.
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