Indagação e Resposta
André Luiz
Possivelmente, você também será daqueles companheiros do
mundo físico que indagam pela razão dos mentores desencarnados transmitirem tantas
mensagens de essência filosófica, mormente baseadas nos ensinamentos do Cristo.
Responderemos que uma pergunta dessas equivale à inquisição
que alguém formulasse sobre o motivo de tantas escolas para os que vivem na Terra.
A verdade é que todos os irmãos do Plano Físico queiram ou
não, acreditem ou não , virão ter conosco, mais hoje ou mais depois de amanhã, e cabe-nos
diminuir o trabalho que, porventura, nos venham a impor, ao abordarem o nosso
campo de vivência espiritual, já que somos todos uma só família, perante Deus.
Examinem vocês algumas das perguntas que nos são
desfechadas, com absoluta sinceridade, por milhares de companheiros que se conscientizam, quanto à
própria desencarnação.
Onde se localiza o Céu dos bem-aventurados?
Onde residem os anjos?
Porque Deus em pessoa, não dispôs a vir recebê-los?
Porque Jesus lhes foge à visão, se viveram orando e
confiando no Divino Mestre?
Porque sofreram tanto?
Porque não conseguem conversar imediatamente com os
familiares que ficaram à distância?
Porque são convidados a trabalhar se tanto esperaram pelo
descanso?
Porque não foram avisados sobre o dia da volta à Verdadeira
Vida?
Porque não conseguem alterar os testamentos que deixaram no
mundo?
Em que lugar estarão os infernos?
Onde estão encravados os purgatórios?
Como será o repouso que lhes será concedido se não enxergam
amigo algum que não seja em trabalho árduo?
Porque as entidades angélicas não lhes dispensam as atenções
de que se julgam merecedores?
Para resumir, dir-lhes-ei que, há dias, um amigo nosso,
devotado obreiro do Bem, na Espiritualidade, foi questionado por um irmão recém-vindo da
Terra, dentre aqueles que lhe recebiam diretrizes, sobre o melhor meio pelo qual
conseguiriam enxergar alguns demônios.
Com o melhor humor, o companheiro respondeu:
- Meu filho, lamento muito, mas não tenho aqui um espelho
para nós dois.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito André Luiz. Endereços
de Paz, p.20.
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