Segurança Íntima
Emmanuel
Ante os impactos emocionais do
cotidiano, estimarias construir a segurança íntima, a fim de que a serenidade
se te faça constante cidadela defensiva e podes, indiscutivelmente, construir
semelhante refúgio.
Inicia a edificação da própria
paz, observando que todos necessitamos pensar por nós mesmos, embora sabendo
que somos influenciáveis pelas idéias alheias.
Aceitando-nos na condição de parcelas
da imensa família humana, verificaremos que as nossas dificuldades não são
maiores que as dos outros.
Integrando a comunidade terrestre,
suscetível de adotar numerosos enganos em razão do aprendizado em que nos
encontramos, somos impelidos a entender que não estamos isentos de cometer
determinados erros e que isso é compreensível, à maneira do sinal vermelho, no
trânsito comum, convidando-nos a parar, de modo a seguirmos adiante, em espaço
imune de riscos.
Alertados pelo impositivo de
atender ao caminho que nos seja próprio, aprenderemos que a estrada dos entes
mais queridos pode ser muito diferente da nossa.
Admitindo cada criatura por transeunte
ou viajor no carro da própria existência, saberemos zelar por nossas
diretrizes, sem interferir na condução do próximo.
Partilhando a realidade de todos,
ser-nos-á fácil reconhecer que, os contratempos que nos ocorram, talvez igualmente aconteçam na
marcha dos seres que amamos, competindo-nos auxilia-los, tanto quanto desejamos
ser auxiliados na solução de nossos problemas.
A convicção de que todos nos
achamos em caminho, buscando realizações mais ou menos idênticas entre si, sob
riscos análogos, nos podará qualquer impressão de privilégio, à frente dos
companheiros da Humanidade, com os quais precisamos estar em paz, na garantia
da própria segurança.
Reflete nisso e concluirás que
esse ou aquele viajor no mundo tem necessidade de proteger a viatura que lhe
diga respeito, de maneira a não suscitar desastres que ameacem aos outros e a
si mesmo.
A serenidade habitará conosco, na
Terra, quando aí compreenderemos que toda criatura irmã tem o seu próprio
corpo, com os sonhos, compromissos, realizações e iniciativas a que se associe,
o que nos afastará dos julgamentos precipitados e das condenações indébitas,
para que estejamos em plena vivência da regra áurea, cuja prática é o coração
da felicidade a fim de que estejamos na felicidade do coração.
XAVIER ,
Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Calma. Cap. 4, p. 07.
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