Encontro feliz
Eros
Querendo encontrar a Verdade, o investigador buscou a
Ciência.
Por mais que a pesquisasse, sempre se deparava com os efeitos das
remotas causas que não lograva penetrar.
Desolado, refugiou-se na Filosofia.
Tão diversas, porém, eram as escolas de pensamento e tão hábeis aqueles que as
discutiam, que se aturdiu, mergulhando em confusão.
Por fim, dirigiu-se à Religião.
Porque todas se afirmassem
verdadeiras, acusando-se umas às outras, descobriu que a quase totalidade era
apresentada com paixão belicosa enquanto recomendava a paz.
Perturbando-se, diante dos vários cultos e facções
presunçosas, entregou-se à negação.
Um dia contemplou uma fonte, que se espraiava em gentil
regato, a dessedentar, humilde, homens, animais e plantas.
Comoveu-se em
silêncio.
Examinou modesta violeta, que salpicava de vivacidade a
gramínea verde, sem dar-se conta do perfume que exalava.
Entusiasmou-se,
reflexionando.
Deteve-se a estudar um fruto rico de vida, que ocultava na
massa abundante a sua semente perpetuadora.
Alegrou-se em paz.
De experiencia em experiência, nova e vivida, reencontrou o
seu próximo, necessitado de socorro e bondade, de amor e compreensão.
Porque se
doou a ele, penetrou-se da Verdade e nunca mais dela se apartou.
FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Eros. Do livro Em
algum lugar do futuro, 2.ed, 1987, p. 03.
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