terça-feira, dezembro 22, 2015

Eu sou aquela menina que tinha aqui - Antônio Carlos Navarro





Eu sou aquela menina que tinha aqui


 Antônio Carlos Navarro  



A frase que dá título a esse ensaio foi pronunciada pelo garoto Dráuzio, aos dois anos de idade, e está inserida no extraordinário livro Reencarnação no Brasil, de Dr. Hernani Guimarães Andrade.


Nesse livro o eminente pesquisador descreve seis casos sugestivos de reencarnação, e os descreve detalhadamente.


A história, que resumimos, começa com o desencarne da menina Maria Aparecida, aos três anos de idade, vitimada por um atropelamento na cidade de Aramina, estado de São Paulo, no ano de 1969.


Com o desespero instalado no seio da família os pais buscaram, com ajuda de amigos espíritas, conforto junto ao médium Francisco Cândido Xavier que lhes disse: Não se desesperem, a alegria voltará ao lar de vocês, acrescentando que a menina renasceria no lar deles novamente.


Quinze meses depois nasceu um menino que recebeu o nome de Dráuzio, e desde os primeiros meses começou a dar sinais que sugeriam ser ele a reencarnação de Maria Aparecida, e que enumeramos abaixo:


– Reconheceu, aos cinco meses de idade, a bicicleta com a qual o pai levava a filha desencarnada;

– Aos sete meses respondeu verbalmente à avó usando palavras e expressões de Maria Aparecida;

– Com um ano e dois meses reconheceu a gaveta de ferramentas da barbearia do pai e indicou a localização de um equipamento elétrico que a menina tinha como uma “borboleta”;

– Reconheceu, com um ano e oito meses, ao passar em frente, a antiga casa onde a família morara com a menina, dizendo que havia morado naquela casa e queria ver o galinheiro da vovó;

– Um mês depois, ao passar pelo local onde a menina sofrera o acidente, Dráuzio imediatamente acusou dor no abdômen, região em que Maria Aparecida foi atingida;

– Aos dois anos pronunciou a frase título deste ensaio;

– Reconheceu uma violinha que um irmão mais velho havia ganhado antes de seu renascimento e um travesseiro utilizado pela menina que estava secando dependurado no varal. Nesta oportunidade pegou o travesseiro e, imitando, disse que havia dormido assim “quando fora aquela menina”;


Por último, para não nos alongarmos demasiadamente, uma passagem determinante para o convencimento de que se tratava da reencarnação de Maria Aparecida: A mãe passava roupas de Dráuzio e se lembrou das roupas que passara da menina, e esta lembrança a emocionou levando-a às lágrimas. O menino Dráuzio, com menos de três anos, e que brincava ao lado da mãe, percebeu o que se passava, interrompeu sua brincadeira lhe dizendo:


– “Mamãe, eu voltei!”


A mãe, não compreendendo o que Dráuzio dissera, perguntou-lhe:


– “Voltou de onde?”


E o menino confirmou:


– “Voltei, ora…”


Há muitos outros fatos e detalhes acerca desse caso, e por isso sugerimos a leitura completa do capítulo, como também dos outros cinco casos analisados no referido livro do Dr. Hernani. Todos eles referendam fartamente o mecanismo da reencarnação.


Pesquisas como essa convencem porque são fatos, e contra fatos não há argumentos.


A Lei Divina estabeleceu a reencarnação como mecanismo que atende os quesitos bondade e justiça para desenvolvimento de Seus filhos, levando-os da simplicidade e ignorância à perfeição relativa, que corresponde ao céu mitológico criado pelas religiões dos homens.


Se o mecanismo existe para um espírito, deve, por extensão, existir para todos, e se o espírito que animou Maria Aparecida retornou para animar a personalidade de Dráuzio, assim nós outros já animamos outras personalidades no passado, num processo ascendente constante que visa o nosso próprio progresso.


Pensemos nisso.


Antônio Carlos Navarro



FONTE

Agenda Espírita Brasil. Disponível em http://www.agendaespiritabrasil.com.br/2015/12/22/eu-sou-aquela-menina-que-tinha-aqui/. Acesso 22 DEZ 2015.




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