quarta-feira, setembro 21, 2016

9. Perante a Consciência - Joanna de Ângelis

A Consciência Divina irriga-me com paz.

Os meus equívocos são elucidados, e acalmo-me, considerando as imensas possibilidades de equilíbrio que estão ao meu alcance.

Diante de mim o presente, elaborando o futuro. 

O passado são as lições aprendidas e as vantagens do conhecimento servindo-me de suporte para o crescimento interior.

Confio e renovo-me, tranqüilizando-me no Bem.







9. Perante a Consciência

Joanna de Ângelis



Entre os flagelos íntimos que vergastam o ser humano, produzindo inomináveis aflições, a consciência de culpa ganha destaque.


Insidiosamente instala-se e, qual ácido destruidor, corrói as engrenagens da emoção, facultando a irrupção de conflitos que enlouquecem.


Decorrente da insegurança psicológica no julgamento das próprias ações, abre um abismo entre o que se faz e o que se não deveria haver feito, supliciando, com crueza, aquele que lhe sofre a pertinaz perseguição.


Considerando a própria fragilidade, o indivíduo se permite comportamentos incorretos que lhe agradam às sensações, para, logo cessadas, entregar-se ao arrependimento autopunitivo, com o qual pretende corrigir a insensatez. 


De imediato, assoma-lhe a consciência de culpa, que o perturba.


Perversamente, ela pune o infrator perante si mesmo, porém, não altera o rumo da ação desencadeada, nem corrige aquele a quem fere. 


Ao contrário, não obstante cobradora inclemente, desenvolve mecanismos inconscientes de novos anseios, repetidas práticas e sempre mais rigorosa punição...


Atavismo de comportamentos religiosos, morais e sociais hipócritas, que não hesitavam em fazer um tipo de recomendação com diferente ação, deve ser eliminada com rigor e imediatamente.


O que fizeste, não mais podes impedir ou evitar.


Disparado o dardo, ele segue o rumo.


Avaliza, desse modo, seus efeitos e repara-os, quando negativos.


Se a tua foi uma ação reprochável, corrige-a, logo possas, mediante novas atividades reparadoras.


Se resultou em conflito pessoal a tua atitude, que não corresponde ao que crês, como és, treina equilíbrio e põe-te em vigília.


Fraco é todo aquele que assim se considera, não desenvolvendo o esforço para fortalecer-se.


Quando justificas o teu erro com autoflagelação reparadora, logo mais retornarás a ele.


Propõe-te encarar a existência conforme é e as circunstâncias se te apresentam.


Erradica da mente as idéias que consideras impróprias, prejudiciais, conflitivas. 


Substitui-as vigorosamente por outras saudáveis, equilibradas, dignificantes. 


Quando não dispões de um acervo de pensamentos superiores para a reflexão, vais colhido pelos de caráter venal, pueris, perniciosos, que se te fazem familiares, impulsionando-te à ação correspondente.


Toda realização se inicia na mente. 


Desenhada no plano mental vem materializar-se ao primeiro ensejo.


Pensa, portanto, com correção, liberando-te das idéias malsãs que te gerarão consciência de culpa.


Sempre que errares, recomeça com o entusiasmo inicial. 


A dignidade, a harmonia, o equilíbrio entre consciência e conduta têm um preço:  a perseverança no dever. 


Se, todavia, tiveres dificuldade em agir corretamente, em razão da atitude viciosa encontrar-se arraigada em ti, recorre à oração com sinceridade, e a Consciência Divina te erguerá à paz.


FRANCO, Divaldo Pereira pelo espírito Joanna de Ângelis. Momentos de saúde.Cap.9 ,1992, p.10.

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