O nome de “Profeta Gentileza” foi ganho porque vivia
pregando o amor, a paz e jamais dizia a palavra “obrigado”, pois dizia que
obrigado vinha de obrigação e preferia dizer “agradecido” e falava sempre “por
gentileza”.
Quem foi o Profeta Gentileza?
O "Profeta Gentileza" ou "José
Agradecido" foi uma figura marcante no Rio de Janeiro e em algumas cidades
do Brasil por onde passou.
O nome “Profeta Gentileza” teve origem porque pregava o
amor, a paz e jamais dizia a palavra “obrigado”, pois dizia que obrigado vinha
de obrigação e preferia dizer “agradecido” e falava sempre “por gentileza”.
A despeito do que muitos pensam, o profeta gentileza era um
homem culto, empresário do ramo de transportes, quando no início da década de
60 ocorreu um incêndio no Gran Circuis Norte-Americano em Niterói, vitimando
centenas de pessoas, dois dias antes do Natal.
Gentileza naquele dia disse ter
sido inspirado à abandonar o capitalismo e todo o apego material.
O futuro profeta então sensibilizado com a tragédia, entrou
em um dos seus caminhões e seguiu rumo a Niterói e durante anos , plantou
flores e hortaliças sobre as cinzas do circo em Niterói, local onde um dia foi
palco de tantas alegrias, mas também de muita tristeza.
Aquela foi sua morada
por quatro anos. Lá, José Datrino incutiu nas pessoas o real sentido das
palavras Agradecido e Gentileza.
Consolou e confortou os familiares das vítimas
da tragédia com suas palavras de bondade.
Daquele dia em diante, passou a se
chamar "José Agradecido", ou simplesmente "Profeta
Gentileza"
Durante anos ,Gentileza passou a pregar nas barcas
Rio-Niterói,deixando sua marca registrada para sempre na cidade.
Gentileza
pintou mensagens de paz, amor e gentileza nas pilastras do Viaduto do Caju – o
lugar mais cinza, feio e sem vida da cidade.
Na Avenida do cemitério até a Rodoviária deixou seus dizeres
marcantes pintados em preto, verde, amarelo num fundo branco.
As mensagens foram pintadas no alto para serem lidas pelas
pessoas mais humildes que chegavam de ônibus à Rodoviária.
Muitos estranharam a forma singular de sua escrita e não
entendem até hoje, mas ele escrevia muitas palavras de forma diferente.
Amor
com um R era amor material, Amorrr com três R era um R do Pai, um R do Filho e
um R do Espírito Santo.
Gentileza foi pintando as dezenas de pilastras da avenida e
acabou por promover uma das maiores intervenções urbanas de arte na cidade do
Rio de Janeiro.
Infelizmente, certo dia as “autoridades” mandaram cobrir
todo o trabalho de Gentileza com tinta cinza.
Só aí as pessoas acordaram surpresas com a reação da
sociedade, pois cada pessoa pensava ser a única a ler as mensagens de
Gentileza.
Então, pessoas de destaque se mobilizaram contra a violência
das autoridades em apagar o trabalho e a “Arte de Gentileza”.
O profeta Gentileza hoje é nome da Praça da Rodoviária, bem
ao lado de sua arte restaurada.
Sua vida virou filme, livro e tese .
Uma ONG foi criada no
Rio – Rio de Gentileza.
Em 28 de maio de 1996 , aos 79 anos, retornou à Pátria
Espiritual na cidade de seus familiares, sendo seus restos mortais sepultados
no "Cemitério da Paz".
No final do ano 2000 foi publicado pela Editora da
Universidade Federal Fluminense/UFF , o livro "Brasil: Tempo de
Gentileza", de autoria do professor Leonardo Guelman.
A obra introduz o leitor no "universo" do profeta
Gentileza através de sua trajetória, da estilização de seus objetos, de sua
caligrafia singular e de todos os 56 painéis criados por ele, além de trazer
fatos relacionados ao projeto Rio com Gentileza e descrever as etapas do processo
de restauração dos escritos.
*
A música Gentileza de Marisa Monte, foi uma linda homenagem
ao Profeta Gentileza
É TEMPO DE GENTILEZA: PASSE ESSA IDEIA
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