43 O Sexo
Joanna de Ângelis
Face à vulgarização das falsas necessidades sexuais,
aturdes-te, perdendo o rumo do comportamento.
Apelos vis se apresentam, nos veículos de
comunicação de massa, e os comentários descem a expressões chulas,
regadas de baixezas, fazendo do sexo um instrumento de
servilismo que o leva a situação mais grotesca do que a animal, de
onde procede.
Até certo modo, é compreensível a moderna reação
cultural, a esse respeito, como conseqüência aos séculos de
ignorância e proibição.
Todavia, substituir-lhe a função precípua
pela malversação danosa é lamentável para o próprio homem.
O sexo é para a vida, e não esta para aquele.
*
Diante das atitudes insensatas e as conotações
servis a que está levada a função genésica, dirige-a, tu, com
equilíbrio, a fim de que o seu desregramento não te conduza à alucinação.
O sexo foi colocado abaixo do cérebro para ser por
este conduzido.
Posto na cabeça pela revolução dos frustrados, ei-lo
transformado em peça principal do corpo, em detrimento da própria
vida.
Conduze-o com equilíbrio, a fim de que não derrapes
na sofreguidão que enlouquece, sem resolver o problema.
Divaldo Pereira Franco - Episódios Diários - Pelo
Espírito Joanna de Ângelis 83.
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