Vida Feliz II - Joanna de Ângelis






Vida Feliz II

Joanna de Ângelis



Considera o trabalho o melhor meio para progredir.


Quem não trabalha, entrega-se à paralisia moral e espiritual.


O homem que não se dedica à ação libertadora do trabalho faz-se peso negativo na economia da sociedade. 


0 trabalho é vida.




FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Vida Feliz, p. 11.

domingo, abril 29, 2018

Vida Feliz I - Joanna de Ângelis







Vida Feliz I

Joanna de Ângelis


Saúda o teu dia com a oração de reconhecimento.


Tu estás vivo.


Enquanto a vida se expressa, multiplicam-se as oportunidades de crescer e ser feliz.


Cada dia é uma bênção nova que Deus te concede, dando-te prova de amor.


Acompanha a sucessão das horas cultivando otimismo e bem estar.





FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de ÂNgelis. Vida Feliz, p. 10.

Chico Xavier e a Iluminada Isabel Aragão - Carlos Roberto Fernandes




Chico Xavier e a Iluminada Isabel Aragão



 Carlos Roberto Fernandes



...O vento sopra onde quer e lhe ouves a voz mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim é todo aquele que nasceu do Espírito... Jesus, João 3:8




Isabel de Aragão (1271-1336), a Rainha Santa Isabel ou A Rainha Santa, casou-se em 1288 com o rei Dinis I de Portugal (1261-1325). O casal teve dois filhos: Constança (1290-1313) e Afonso IV (1291-1357).





Após a morte do esposo, Isabel de Aragão recolheu-se no Convento de Santa Clara (a Velha), em Coimbra; embora tenha vestido o hábito das irmãs Clarissas não fez os votos.



Isabel faleceu de peste no castelo Estremoz e o corpo foi encontrado incorrupto e está em túmulo de prata e cristal.



Beatificada pelo papa Leão X em 1516 e canonizada pelo papa Urbano VIII em 1625, Isabel de Aragão é padroeira da cidade de Coimbra e sua festa acontece em 4 de julho.




Em Pedro Leopoldo - Minas Gerais é aquele espírito que na noite de 10 de julho de 1927 se materializa ou aparece à visão espiritualizada do jovem Francisco Cândido Xavier: o jovem tinha, então, 17 anos de idade.



A visita daquele espírito de alta hierarquia espiritual era exclusiva para o jovem Chico Xavier: essa alta hierarquia não é inferida pelo título de santa para os católicos mas pelas circunstâncias em que se apresenta ao jovem, segundo o seu próprio relato.



Chico Xavier estava de joelhos e em prece no seu quarto, segundo seus hábitos católicos, fazendo as orações da noite.



Em determinado momento, as paredes do quarto refletiram uma luz prateada-lilás: diante de tal claridade percebida (possivelmente em sua visão espiritual), o jovem abriu os olhos para tentar compreender o que estava acontecendo.



Perto de Chico Xavier apresenta-se uma senhora irradiando uma luz que inundava todo o quarto.



Na tentativa de demonstrar respeito e consideração, o jovem tentou levantar-se; não conseguiu ficar de pé.




Sem esforço consciente, ajoelhou-se diante daquela admirável e iluminada senhora.



O adolescente percebeu uma cena de alta espiritualidade: a senhora iluminada fixava o seu olhar numa imagem de Maria Santíssima - invocada como Nossa Senhora do Pilar. 


Essa imagem era a imagem de devoção de Chico Xavier à Maria de Nazaré, Mãe de Jesus.



Após esse olhar de Santa Isabel de Aragão, ela começou a conversar com Chico, em castelhano. 


E o rapaz compreendeu a mensagem falada em castelhano, embora ignorasse, na existência terrena de agora, tal idioma.



De forma pausada, a iluminada Isabel de Aragão falou a Chico: Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, venho solicitar o seu auxílio em favor dos pobres, nossos irmãos.




Difícil imaginar a elevação daqueles espíritos em conversação e o clima de sublimidade espiritual daquele momento: uma alma iluminada solicitando um favor a outra alma iluminada. 


E isto em nome de Jesus - o criador da Terra sob as ordens de Deus.





Apesar das lágrimas do jovem diante de tão iluminado espírito, Chico, em seus dezessete anos de idade, perguntou:





- Senhora, quem sois vós?



- No momento, você não se lembra de mim, mas eu sou Isabel - Isabel de Aragão.





Pois bem: ambos se conheciam; o jovem, nas vestes de carne, não lhe lembraria da identidade daquele espírito, mas ela o conhecia e o reconhecia. 



E, por tais laços, vinha até Chico Xavier.





O rapaz, forçosamente obnubilado pelo esquecimento do passado através da reencarnação, pensou: não conheço nem conheci nenhuma senhora com esse nome.



Quis falar algo mas a força espiritual do momento o mantinha mudo para expressar aquele desconhecimento.



Chico conseguiu dizer à senhora: sou pobre, nada posso dar a ninguém. 


Como ajudarei pobres mais pobres que eu mesmo?





A iluminada senhora afirmou:



-Você será nosso ajudante na repartição de pães com os pobres.



E o jovem respondeu, pesaroso:



-Senhora, quase rotineiramente não tenho pão para mim mesmo. 


De que modo repartirei com os outros o que não tenho?


- Os tempos chegarão e você terá os recursos necessários; escreverá para a nossa gente peninsular, trabalhará por Jesus sem receber vantagens materiais pelas páginas que escreverá e nós providenciaremos para que a Espiritualidade Superior lhe dê recursos para começar o trabalho.



Vamos confiar na bondade de Deus.



Após essas palavras, a iluminada senhora afastou-se e o quarto voltou a ser escuro como antes.




Desse momento até o amanhecer, o jovem Chico Xavier chorou pela emoção daquele (re)encontro.




O (re)encontro de Chico Xavier e de santa Isabel de Aragão atesta a grandeza espiritual do médium de Pedro Leopoldo e o milagre do esquecimento pela lei da reencarnação.



Uma simples leitura de O LIVRO DOS MÉDIUNS, de Allan Kardec, atesta o fato de que uma pessoa encarnada para ver e ouvir um espírito iluminado precisa estar na mesma sintonia espiritual, tem que haver simpatia, identidade espiritual entre ambos sem o que a comunicação torna-se impossível em sua tangibilidade visual e auditiva. 


Um espírito encarnado débil, hierarquicamente inferior, não tem condições espirituais para perceber tangivelmente um espírito iluminado.



Referências


BACCELLI, Carlos A. O Evangelho de Chico Xavier. 3. ed. Votuporanga: Didier. 2001; ps. 92-96


BÍBLIA SAGRADA. Petrópolis: Vozes. 1987; p.1275

A bênção da gratidão - Joanna de Ângelis






A bênção da gratidão


Joanna de Ângelis


Entre os sentimentos nobres que caracterizam o ser psicológico maduro, a gratidão destaca-se como um dos mais relevantes.


A vida, em si mesma, é um hino de louvor à Vida, portanto, de gratidão incontida.


Vida, porém, é vibração de harmonia presente em todo o Universo.


Limitada nas diversas expressões pelas quais se manifesta, é um desafio em constante desdobramento na busca de significado.


Quando o processo de crescimento emocional liberta o Espírito da sombra em que se aturde, nele se apresenta a luz da verdade, que é o discernimento em torno dos valores significativos que o integram no concerto harmônico do Cosmo.


Buscando a perfeita identidade, na fusão equilibrada do eixo ego/Self, dá-se conta que viver é experienciar gratidão por tudo quanto lhe sucede e tem oportunidade de vivenciar.


A gratidão, dessa maneira, é a força que logra desintegrar os aranzéis da degradação do sentido existencial.


Filha da maturidade alcançada mediante a razão, sobrepõe-se ao instinto, é conquista de elevada magnitude pelo propiciar de equilíbrio que faculta àquele que a sabe ofertar.


Comumente, na imaturidade emocional, acredita-se que a gratidão é uma retribuição pelo bem ou pelos favores que se recebem, consistindo em uma forma de devolução, pelo menos em parte. Inegavelmente, quando se devolve algo dos recursos recebidos, que têm significados saudáveis, opera-se no campo do reconhecimento. 


No entanto, trata-se de uma convenção, efeito do jogo mercadológico da oferta e da procura ou vice-versa.


O instinto de preservação da existência, trabalhando em favor dos interesses imediatistas, age, não poucas vezes, utilizando-se de ações retributivas, especialmente quando estimulado ao prazer.


A gratidão é um sentimento mais profundo e significativo, porque não se limita apenas ao ato da recompensa habitual. 


É mais grandioso, porque traz satisfação e tem caráter psicoterapêutico.


Todo aquele que é grato, que compreende o significado da gratidão real, goza de saúde física, emocional e psíquica, porque sente alegria de viver, compartilha de todas as coisas, é membro atuante na organização social, é criativo e jubiloso.


Predomina, porém, nas massas, que infelizmente diluem a identidade do indivíduo, confundindo os valores éticos e comportamentais, a ingratidão, filha inditosa da soberba, quando não do orgulho ou da prepotência, esses remanescentes do instinto, transformados em sombra perturbadora. 


Em consequência, vivem em inquietação, perturbam-se e desequilibram os demais, cultivando as enfermidades parasitas da agressividade, da violência ou da autocompaixão, entregando-se aos conflitos e realizando mecanismos de transferência de responsabilidades. 


Impossibilitados de compreender a finalidade existencial, a busca de um sentido para a autorrealização, fazem-se omissos, até mesmo no que diz respeito aos seus insucessos, entregando-se a condutas esdrúxulas que pensam poder escamotear os conflitos que os assinalam.


Essa estranha conduta é responsável por alguns mitos que remanescem no inconsciente, e esses arquétipos desculpistas constituem-lhes recursos de auto apaziguamento, dessa forma tentando conciliar a consciência que exige lucidez com o ego que prefere a ilusão.


O Self imaturo sofre o efeito do ego dominador e atribui-se méritos que não possui, acreditando-se credor de todas as benesses que lhe são concedidas, sempre anelando por mais recursos que lamentavelmente não o plenificam. 


Nesse estágio, haure bens que não sabe usar, e amontoam-se em armários ou em bancos, acumulando presunção e  despotismo, sem se integrar no conjunto social em que se movimenta. 


E quando o faz, destaca-se pelo orgulho e pelo falso poder externo, compensando as angústias internas com a bajulação e o aplauso dos outros, que se transformam em estímulo para exibir as qualidades que gostaria de possuir.


Aspira sempre por ter mais, sem a preocupação de ser melhor.


Busca ser respeitado, o que equivale a dizer temido, antes que ser amado, pela dificuldade que tem de amar, o que lhe propicia insegurança e mal-estar disfarçados com os vícios sociais, tais o álcool, as drogas da moda, o tabaco, o sexo apressado e destituído de sentimento emocional compensatório.


Recolhe onde não semeou, por acreditar-se possuidor de direitos que lhe não cabem, impedindo-se o dever de repartir solidariedade e harmonia.


Assume postura agressivo-defensiva, de modo que amealhe sem oferecer, descobrindo inimigos onde existem apenas desconhecidos que não foram conquistados e simpatizantes que não foram atraídos ao seu fechado círculo de egoísmo.


Permanece armado, em vigília contínua, em vez de amando em todas as circunstâncias, ante a irradiação de desequilíbrio que é o seu estado interno.


Introverte-se, quando deveria espraiar-se como as águas generosas do regato, diluindo as fixações que o retêm na infância da evolução antropológica...


O sentido existencial é de conquistas internas, aplicadas em favor da gratificação.


À medida que se recebe, doa-se, e, na razão direta em que se é aceito e querido, mais ama e melhor agradece.


A gratidão é uma bênção de valor desconhecido, porque sempre tem sido considerada na sua forma simplista e primária, sem o conteúdo psicoterapêutico de que se reveste.


Quando se reflexiona em torno da gratidão, quase imediatamente se pensa em devolver parte do que foi recebido, o que a torna insignificante e destituída de valor.


Permanece aí a visão material imediatista, sem os conteúdos psicológicos renovadores. 

Quando observamos uma rosa exteriorizando perfume carreado pela brisa, deparamo-nos com a gratidão do vegetal que transformou húmus e água em aroma delicado.


De igual maneira, o Sol, que responde pela preservação do milagre da vida em múltiplas manifestações, oscula o charco sem assimilar-lhe os odores pútridos e acaricia as pétalas das flores sem tomar-lhes o aroma agradável. 


Essa é a sua forma de agradecer a própria finalidade para a qual foi criado...


Quando o Espírito alcança o objetivo do seu significado imortal e entende-o com discernimento lúcido, abençoa tudo e todos, agradecendo-lhes a oportunidade por fazer parte do seu conglomerado.


A gratidão deve ser um estado interior que se agiganta e mimetiza com as dádivas da alegria e da paz.


Por essa razão, aquele que agradece com um sorriso ou uma palavra, com uma expressão facial em silêncio ou numa canção oracional, com o bem que esparze, é sempre feliz, vivendo pleno. 


Entretanto, aquele que sempre espera receber, que faz e anela pela resposta gratulatória, que se movimenta e realiza atos nobres, mas conta com o alheio reconhecimento, imaturo, negocia, permanecendo instável, neurastênico, em inquietação.


Quando se é grato, nunca se experimenta nenhum tipo de decepção ou queixa, porque nada espera em resposta ao que realiza.


A busca, portanto, da autorrealização é alcançada a partir do momento em que a gratidão exerce o seu predomínio no Self, sem nenhuma sombra perturbadora, constituindo-se uma sublime bênção de Deus.




FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis . Psicologia da Gratidão. 3° ed. Salvador: LEAL, 2014. (Série Psicológica - Especial, volume 16) 240 p, p. 9-12.

quarta-feira, abril 25, 2018

ALEGRIA...SORRIA...!!! - José Carlos Vitorino





Alegria ... Sorria ...!!! 

José Carlos Vitorino




O importante é tê-la, em qualquer circunstância, pois nos deixa de bem com a vida, nos dá paz interior.


É tão bom viver em harmonia, exatamente, acho que esta é a palavra exata, que traz o verdadeiro sentido da alegria, se estamos em harmonia com certeza estaremos sintonizados com uma energia poderosa, positiva que banha nosso espírito com sentimentos elevados.


Vocês já observaram algumas pessoas, com as quais cruzamos pelos caminhos da vida, a tristeza que trazem no olhar?


Preste atenção e observe para que direção elas estão olhando, suas atitudes, suas reações, estão compenetradas olhando para dentro de si mesmas, não estão atentas ao que acontece ao redor, estão carrancudas com a tez franzida, os lábios secos, amargos, escondendo os dentes.


Quando dissemos que estamos de bem com a vida, queremos dizer que nos encontramos em estado de graça, alegres, pois a vida nos dá satisfação em vivê-la e com certeza conseguiremos existir muito mais intensamente se estivermos sintonizados com a alegria.


Segundo o Aurélio, alegria quer dizer: "qualidade ou estado de quem tem prazer em viver, de quem denota jovialidade; contentamento, satisfação."


Isto nos mostra que nosso estado de alegria está diretamente envolvido com nossa vida, portanto, nossa vida será melhor se estivermos sempre alegres.


É tão bom ver nossos entes sorrindo, é tão bom ver as pessoas se comunicando, conversando alegremente, contando estórias, se entendendo, abrindo o coração sem medo de sorrir...


É tão bom dizer "bom dia" no trabalho e receber um "bom dia" sorridente.


Como é reconfortante a presença da alegria em nosso ambiente familiar.


Seria tão bom se os jovens soubessem avaliar com sabedoria a profundidade que existe nestas simples palavras.


Uma pessoa simpática terá sempre presença marcante por onde quer que registre sua passagem, bom relacionamento no lar, no trabalho, na condução, na rua, enfim, sua aura envolverá e influenciará a todos.


Uma coisa é certa, a alegria deve ser iniciativa de cada um, jamais espere que o próximo venha até você, se esforce para fazer com que a alegria faça parte de tua vida e vá você de encontro a ele. Sei que nem todos conseguem, mas todos têm capacidade para tentar.


Seria como deixar o vício do fumo, que, para conseguir esta façanha, basta tentar...tentar...tentar.....em breve perceberá que algo começa mudar em sua vida, a vontade em conseguir cria uma energia poderosa dentro da gente.


Pode parecer um assunto sem importância, não acham?


Mas não é não, são detalhes, pequenas atitudes como esta que te dão qualidade de vida, jovialidade, contentamento e satisfação.


Não percamos tempo, agora, neste momento, comece dando um lindo sorriso para você mesmo. Sorria de novo..!!


Sorria...


Busque paz e harmonia...


Olhe para o próximo com simpatia...


Faça sua vida uma alegria...


Alegria...


Viva intensamente sorrindo...


Verás como você é lindo...


Sorria....Sorria Sempre...


Você é Feliz!!!



domingo, abril 22, 2018

A Gravidez Da Amizade - Letícia Thompson






A gravidez da amizade

Letícia Thompson



Toda amizade é uma história particular. 


É uma história de conquista.

*
Primeiro, descobre-se o outro. 


Todo mundo parece igual, mas não é. 


E é justamente essa coisinha diferente em cada um que torna cada pessoa única. 


E de repente ali está a sementinha da amizade fecundada. 


A gestação começa.


*

São pedacinhos de nós que vão ficando nas conversas e pedacinhos do coração do outro que vão caminhando pra dentro da gente. 


Há os risos e os sorrisos, a partilha de coisas simples ou de coisas importantes. 


As descobertas, cheias de surpresas muitas vezes. 


A voz calada que pensa, não diz nada... adivinha!...

*
Fazemos ideia imediata de uma pessoa ao primeiro contato. 


Julgamos? 


Talvez. 


E só os próximos dias, horas ou instantes vão nos dizer se julgamos certo. 


Acontece de nos termos enganado em certos pontos e quantas vezes não bendizemos isso! 


Claro que ninguém gosta de estar enganado. 


Mas quando descobrimos um palhacinho por detrás de uma pessoa séria e reservada é maravilhoso saber que pudemos nos enganar. 


Se todos os enganos fossem assim abençoados!...

*

A sensibilidade do outro nos toca. 


Dá até vontade de chorar. 


Não sabemos direito o porquê de nos sentirmos próximos de alguém assim tão longe, tão diferente e tão igual. 


Mas amizade, como o amor, não se questiona. 


Vive-se. 


Dela e pra ela.

*
É preciso dar tempo ao tempo para se saber cativar e ser cativado. 


Quando saímos às pressas sempre temos o risco de deixar alguma coisa esquecida. 


Mas se tomamos o tempo de olhar bem, refletir, conversar, conversar e conversar... e rir e brincar e ficar em silêncio!... 


Se deixamos que essa flor nasça cuidadosa e docemente... aos poucos ela vai vendo a luz do dia. 


Maravilhando-se. 


Contemplando o outro com novos olhos, ou nova maneira de olhar. 


Tudo vira encanto!

*

Que o outro ria de mim ou pra mim, mas que ria! 


Gargalhe, faça festa!... 


Que eu seja nem que seja por um pouco responsável por esse rosto iluminado, por essa vontade de viver e de ver o que virá depois.


*

Bendita seja essa gestação amiga! 


Sem prazo, sem tempo, sem hora marcada! 


Bendita seja essa amizade, prova de que Deus se faz conhecer através das pessoas que alcançam nosso coração.



FONTE
LETÍCIA THOMPSON. Disponível em http://www.leticiathompson.net/a_gravidez_da_amizade.htm. Acesso 22 ABR 2018.

sábado, abril 21, 2018

As emoções - Joanna de Ângelis






As Emoções

Joanna de Ângelis


A palavra emoção provém do verbo emovere, que significa mover ou movimentar, sendo, portanto, qualquer tipo de sentimento que produza na mente algum tipo de movimentação, que tanto pode ser positiva, negativa ou mesmo neutra.

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O importante na ocorrência do fenômeno da emoção são o seu propósito e as suas consequências. 


Quando se direciona ao bem-estar, à paz, à alegria de viver e de construir, contribuindo em favor do próximo, temo-la como positiva ou nobre, porque edificante e realizadora. 


No entanto, se inquieta, estimulando transtorno e ansiedade, conduzindo nossa mente a distúrbios de qualquer natureza, temo-las negativa ou perturbadora, que necessita de orientação e equilíbrio.

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Os resultados serão analisados pelos efeitos que produzam no indivíduo e naqueles com os quais convive, estabelecendo harmonia ou gerando empecilhos.

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São as emoções responsáveis pelos crimes hediondos, quando transtornadas, assim como pelas grandes realizações da humanidade, quando direcionadas para os objetivos edificantes do ser.

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No primeiro caso, desfruta-se de alegria de viver e de produzir o bem, enquanto que, no segundo, proporciona sofrimento e angústia, desespero e consumpção.


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Para um outro objetivo são necessárias ferramentas específicas, tais como o amor, a bondade, a compaixão, a ira, a cólera, o ódio, o ressentimento, a desonestidade, que levam ao crime e a todas as urdiduras do mal.

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No primeiro caso, encontramos a nobreza de caráter e dos sentimentos edificantes, enquanto que, no segundo, constatamos a pequenez moral, o primarismo em que se detém o ser humano.

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As emoções, do ponto de vista psicológico , podem ser agradáveis ou desagradáveis, estabelecendo identidades, tais como aproximação, medo, repugnância e rejeição.

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O importante no que concerne às emoções é o esforço que deve ser desenvolvido a fim de que sejam transformadas as nocivas em úteis.

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Quando se expressam prejudiciais, o indivíduo tem o dever de trabalhá-las, porque algo em si mesmo não se encontra saudável nem bem orientado. Ao invés de dar expansão às suas tempestades interiores, deve procurar examinar em profundidade a razão pela qual assim se encontra, de imediato tentando alterar-lhes o direcionamento.

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As emoções têm sua origem nas experiências anteriores do ser, que se permitiu o estabelecimento de paisagens internas de harmonia ou de conflitos.

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Não se deve lutar contra as emoções, mesmo aquelas denominadas prejudiciais. Antes, cabe o esforço para desviar-se a ocorrência daquilo que possa significar danos em relação a si mesmo ou a outrem.

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Inevitavelmente, o correm momentos em que as emoções nocivas assomam volumosas. 


A indisciplina mental e de comportamento abrem-lhe espaços para que se expandam. 


No entanto, a vigilância, ao lado do desejo de evitar-se danos morais, oferece recurso para impedir suas sucessivas consequências infelizes.

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Nem sempre é possível evitar-se ocorrências que desencadeiam emoções violentas. Pode-se, no entanto, equilibrar o curso de sua explosão e o direcionamento dos seus efeitos.

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Raramente alguém é capaz de permanecer emocionalmente neutro em uma situação conflitiva, especialmente quando o seu ego é atingido. 


Irrompe, automaticamente, a hostilidade, em forma de autodefesa, de acusação defensiva, de revide…


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Pode-se, no entanto, evitar que se expanda o sentimento hostil, administrando-se as reações que produz, mediante o hábito de respeitar o próximo, de tê-lo em trânsito pelo nível de sua consciência, se em fase primária ou desenvolvida.

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Torna-se fácil, desse modo, superar o primeiro impacto e corrigir-se o rumo daquele que se transformou devido a uma emoção de ira ou de raiva.

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Se tomas consciência de ti mesmo, dos valores que te caracterizam, das possibilidades de que dispões, é possível exerceres um controle sobre as tuas emoções, evitando que as perniciosas se manifestem ante qualquer motivação e as edificantes sejam equilibradas, impedindo os excessos que sempre são prejudiciais.

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Quando são cultivadas as reminiscências das emoções danosas, há mais facilidade para que outras se expressem ante qualquer circunstância desagradável. 


Como não se pode nem se deve viver de experiências transatas, o ideal é diluir-se em novas experiências todas aquelas que causaram dor e hostilidade.

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Isso é possível mediante o cultivo de pensamentos de paz e de solidariedade, criando um campo mental de harmonia, capaz de manifestar-se por automatismo diante de qualquer ocorrência geradora de aflição.

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Gandhi afirmava que não se deve matar o indivíduo hostil, mas matar a hostilidade nesse indivíduo, o que correspondente ao comportamento pacífico encarregado de desarmar o ato agressivo de quem se faz adversário.

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Eis porque a resistência passiva consegue os resultados excelentes da harmonia. 


Provavelmente, o outro, o inimigo, não entenderá de momento a não-violência daquele a quem aflige, mas isso não é importante, sendo valioso para aquele que assim procede, porque não permite que a insânia de fora alcance o país da sua tranquilidade interior.

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A problemática apresenta-se como necessidade de eliminar os sentimentos negativos, o que não é fácil, tornando-se mais eficiente diluí-los mediante outros de natureza harmônica e saudável.

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Acredita-se que a suspensão da angústia, da ansiedade, da raiva proporciona felicidade. 


Não será com o desaparecimento de um tipo de emoção que se desfrutará imediatamente de outra. 


A questão deve ser colocada de maneira ma is segura, trabalhando-se, sim, pela eliminação das emoções perturbadoras, porém, ao mesmo tempo, cultivando-se e desenvolvendo-se aquelas que são saudáveis e prazenteiras.

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Não se torna suficiente, portanto, libertar-se daquilo que gera mal-estar e produz decepção, mas agir de maneira correta, a fim de que se consiga alegria e estímulo para uma vida produtiva.

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Viver por viver é fenômeno biológico, automático; no entanto, é imprescindível viver-se em paz, bem viver-se, ao invés do tradicional conceito de viver de bem com tudo e com todos, apoiado em reservas financeiras e em posições relevantes, sempre transitórias.

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Pensa-se que é uma grande conquista não se fazer o mal a ninguém. Sem dúvida que se trata de um passo avançado, entretanto é indispensável fazer-se o bem, promover-se o cidadão, a cultura, a sociedade, ao mesmo tempo elevando-se moralmente.

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Quando se está com a emoção direcionada ao bem e à evolução moral, o pensamento torna-se edificante e tudo concorre para a ampliação do sentimento nobre. 


O inverso também ocorre, porquanto o direcionamento negativo, as suspeitas que se acolhem, a hostilidade gratuita que se desenvolve contribuem para que o indivíduo permaneça armado, porque sempre se considera desarmado.

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Mediante o cultivo das emoções positivas, aclara-se a percepção da verdade, das atitudes gentis, dos sentimentos solidários, enquanto que a constância das emoções prejudiciais faculta a distorção da óptica em torno dos acontecimentos, gerando sempre mau humor, indisposição e malquerença.

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Quando se alcançar o amor altruísta, haverá o sentimento da real fraternidade e o equilíbrio real no ser em busca de si mesmo e de Deus.

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Jesus permanece sendo o exemplo máximo do controle das emoções, não se deixando perturbar jamais por aquelas que são consideradas perniciosas. 


Em todos os Seus passos, o amor e a benevolência, assim como a compaixão e a misericórdia, estavam presentes, caracterizando o biótipo ideal, guia e modelo para todos os indivíduos.

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Traído e encaminhado aos Seus inimigos, humilhado e condenado à morte, não teve uma emoção negativa, mantendo-se sereno e confiante, lecionando em silêncio o testemunho que é pedido a todos quantos se entregam a Deus e devem servir de modelo à humanidade.

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Não se podendo viver sem as emoções, cuidar-se daquelas que edificam em detrimento das que perturbam, tal é a missão do homem e da mulher inteligentes na Terra.



Joanna de Ângelis
Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, em 09.03.09, no Centro Espírita Caminho da Redenção, Salvador, Bahia