Seja Original!
Cezar Braga Said
Seja quem você é e consegue ser.
Não se trata de acomodação e ausência de esforço em
superar-se, mas de autoaceitação.
E aceitar-se, por mais contraditório que
pareça, é condição essencial para quem deseja mudar e imprimir novo rumo à
própria vida.
Aceitar é também agradecer e admirar o corpo que temos; reconhecer
nele o trabalho da natureza ao longo dos milhões de anos da evolução;
valorizá-lo com cuidados que possam preservar sua beleza e imunidade,
vitalidade e utilidade.
E não importando se somos baixos ou altos, gordos ou
magros.
Admitir nossa origem, ancestralidade, sotaque, idioma, cor
da pele, grau de instrução, religiosidade, sem qualquer ranço de falsa
superioridade são atitudes que conferem alegria, confiança e pertencimento.
Por tudo isso a cabeça precisa estar erguida, o olhar fixo
no caminho, os passos firmes, sem medo de viver e ser quem somos.
E o Cristo
disse claramente o que somos (Mateus 5:13-14).
Cada um de nós é uma obra-prima da criação.
Isso deveria ser
motivo de alegria e contentamento, mas, insatisfeitos com quem somos, negamos a
própria individualidade, tentamos ser outras pessoas e vivemos biografias que
não são nossas.
Simplifiquemos!
Quanto mais simplificamos as relações em família, no
trabalho, nas ruas e no trânsito, a vida vai ficando mais leve, bela e feliz.
E com o tempo vamos nos despindo das máscaras que aprendemos
a usar por defesa, carência, autoafirmação e medo.
Vamos nos assumindo como
somos num processo de libertação de convenções e expectativas, deixando aflorar
a essência divina que pulsa em nós.
Deixamos de sofrer por coisas pequenas, de arrumar confusões
e colecionar antipatias por simples pontos de vista.
Ser quem somos implica em admitir e aceitar que o outro seja
quem ele deseja ser.
Não é pela conversão alheia aos nossos pensamentos que nos tornaremos
melhores ou piores, mas sim pelo modo como lidamos e convivemos com aqueles que
divergem de nós.
Mesmo porque discordar não significa odiar, menosprezar,
distorcer, apenas pensar e ver as coisas de um outro modo.
Respeitar diferenças e diferentes, permitir-se viver a
própria singularidade, é perceber que a vida é plural e se é belo podermos
afirmar os valores e as vontades do "Eu", mais belo ainda é constatar
que o "Eu" se engrandece quando se vê integrando e se expandindo no
"Nós ".
Cezar Braga Said
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