sábado, fevereiro 23, 2019

A Resposta Que Ouvi De Jesus - Gerson Monteiro





A Resposta Que Ouvi De Jesus

Gerson Monteiro



Certo dia perguntei a Jesus: se Deus fez tudo para sermos felizes na Terra, desde o canto dos pássaros, o perfume das flores, até o sorriso de uma criança, por que o homem prossegue indiferente ao seu glorioso destino como filho do Altíssimo?

*

Por que, Celeste Amigo, tanto ódio, tanta guerra, tanto sangue derramado, se só semeaste o amor, a concórdia e o perdão no coração do homem quando estiveste entre nós?


Por certo me responderás que essas divinas sementes caíram na terra pedregrosa da alma humana, e tiveram suas raízes queimadas pelo calor da violência, onde o rancor e a brutalidade distanciam as criaturas do bem e da paz.

*

Por que, Pastor de Nossas Almas, os homens não se dão às mãos em nome da fraternidade, para ultrapassarem as barreiras da intolerância religiosa?


Não legaste como única religião para os homens o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo?


Dirás que a semeadura desse Mandamento Maior cresceu entre os espinheiros da ambição, do poder e da injustiça, e abafadas por eles, ela se tornou improdutiva, levando a sombra da descrença aos que buscam nas religiões o caminho da iluminação interior.

*

Divino Mestre, por que as criaturas humanas esqueceram a mensagem de esperança proferida no alto do monte, naquele fim de tarde, quando Te dirigiste aos vencidos e sofredores deste mundo, entoando o cântico inesquecível das bem-aventuranças celestiais?


Por que elas vivem revoltadas contra as dificuldades naturais da vida, agredindo a tudo e a todos?


Provavelmente ouvirei de Ti, Senhor, a seguinte resposta:

*
- Se muitos não tiveram "ouvidos de ouvir", outros certamente me escutaram naquele encontro sublime, pois meus ensinos caíram em "terra fértil" e produziram bons frutos, como, até hoje, muitas almas se levantam para a vida, porque continuam ouvindo, como bálsamo, sobre seus corações sofridos, a mensagem de esperança:


"Bem-aventurados os pobres e os aflitos! Bem-aventurados os pacíficos e os simples de coração...".



Página extraída do livro Espiritismo na Imprensa,  publicado pela Editora do Centro Espírita Leon Denis.




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