quinta-feira, fevereiro 21, 2019

Gentileza (1 Timóteo 6:11) - Cezar Braga Said







Gentileza (1 Timóteo 6:11)


Cezar Braga Said


Em meio às tragedias cotidianas que chegam sem cessar, ao ceticismo e ao fanatismo que crescem desequilibrando mentes e corações, afastando pessoas queridas. 


Diante da indiferença que gera frieza, amargura e até revolta, tentemos cultivar o que é básico, essencial, primordial mesmo para uma vida mais leve e feliz: a gentileza!


Encontremos espaço e tempo para cultivá-la em nossas relações, exercitando-a em atitudes simples e possíveis:


Num olhar compreensivo.

Num abraço festivo.

Num sorriso de contentamento.

No aguardar com seu carro alguém atravessar a rua.

No ceder de um lugar no transporte público.

Na gratidão a um garçom, um frentista, uma caixa de banco ou supermercado.

No pedido de desculpas sincero.

No respeito a uma fila que já existia antes da nossa chegada.

Na paciência com alguém lento ou apressado.

Na mensagem otimista que compartilhamos sem excessos e neuroses.

Na ligação apenas para saber como o outro tem passado.

Numa informação que damos.

Numa qualidade que reconhecemos em alguém e com prazer verbalizamos para a própria pessoa.

Numa lágrima que discretamente enxugamos no rosto alheio.

Num enxoval que silenciosamente tecemos.

Numa planta que sem alarde regamos.

Numa alegria que dividimos.

Num café que oferecemos.

Numa oração por quem precisa.

No pão que dividimos com quem tem fome.

No respeito a quem pensa e vive de um jeito diferente do nosso.

Na gratidão a quem nos beneficia.

No relevar a falta de um amigo.

No cuidado com um animal.


Tudo isso está ao nosso alcance fazer sem prejuízo para os nossos compromissos, investimentos, compras, viagens, tratamentos e redes sociais.
Basta que tenhamos vontade e julguemos importante o cultivo desse cuidado.


Não esperemos por governos, autoridades, líderes religiosos, guias, anjos, etc, todos importantes em seus respectivos papéis entre nós, façamos antes a nossa parte e encontraremos a alegria e a paz que tanto desejamos. 


Elas não vêm por “atacado”. 


Chegam como a chuva fina, mansa e discreta, no grande “varejo” da nossa existência.


Cezar Braga Said





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