Agradecimento
Meimei
Agradece as mãos que te constroem a existência, decorando-a
com as tintas da alegria e da esperança, mas endereça os teus pensamentos de
gratidão àquelas outras que te ferem com os espinhos da incompreensão,
ensinando-te a conviver e a servir.
Agradece as vozes que te embalam os anseios, entretecendo
hinos de paz e amor com que te inspiram as melhores realizações, no entanto,
envia as tuas vibrações de reconhecimento àquelas outras que te exageram essa
ou aquela falha, induzindo-te a compreender e a perdoar.
Agradece aos amigos que te proporcionam a mesa farta,
impulsionando-te a pensar na abastança da Terra, mas não recuses respeito
àqueles que, em algum tempo, te sonegaram o pão, levando-te a prestigiar a
fraternidade e a beneficência.
Agradece aos irmãos que te reconhecem a nobreza de sentimentos,
louvando-te o trabalho, entretanto, não olvides o apreço que se deve àqueles
outros que te menosprezam, auxiliando-te a descobrir os tesouros da humildade e
da tolerância.
Certa feita, um pedaço de carbono sumido no monturo pediu a
Deus o levasse para a superfície da Terra, a fim de se mais útil.
O Supremo Senhor ouviu-lhe a súplica e determinou fosse ele
detido no subsolo para a devida maturação.
O minério humilde aceitou a resposta e permaneceu na
clausura, por séculos e séculos, suportando a química da natureza com o assalto
constante dos vermes que habitavam o chão.
Chegou, por fim, o tempo em que o Criador mandou arrancá-lo
para atender-lhe aos ideais. Instrumentos de perfuração exumaram-no a golpes
desapiedados e o lapidário cortou-lhe o corpo, de vários modos, em minucioso
burilamento.
Mas quando o carbono sublimado surgiu, de todo, aos olhos do
mundo, Deus o havia transformado no brilhante, que passou a brilhar, entre os
homens, parecendo uma flor do arco-Íris com o fulgor das estrelas.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Meimei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
“Deixe aqui um comentário”