quinta-feira, julho 09, 2020

Albert Sabin - Marco Antonio Negrão





"Este é o meu presente para todas as crianças do mundo ."  Albert Sabin


" Muitos insistiram que eu patenteasse a vacina, mas eu não quis. Este é o meu presente para todas as crianças do mundo ".


Albert Sabin - médico que descobriu a vacina contra a poliomielite, mais conhecida como paralisia infantil.


Nascido na Polônia e naturalizado nos EUA, esteve diversas vezes no Brasil para acompanhar os estudos e pesquisas; também foi casado com uma brasileira.
Dr. Sabin renunciou aos direitos de patente pela criação da vacina, disponibilizando-a para toda humanidade.


Os capacitores enviados com grandes missões estão por toda a Terra, em todas as culturas e em todas as áreas do conhecimento.





Albert Sabin   

Agosto/2014 
Por Marco Antonio Negrão


O médico e microbiologista Dr. Albert Bruce Sabin nasceu em 26 de agosto de 1906, em Bialystok,  atual Polônia, à época pertencente à Rússia. 


Em 1921, sua família migrou para os Estados Unidos, devido à perseguição contra os judeus. Naturalizado norte-americano, a adaptação da família foi difícil, em virtude da pobreza.

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Com a ajuda de um tio, Albert Sabin começou seus estudos em odontologia, mudando depois para medicina. 


Em 1931, completou seu doutorado, na Universidade de Nova York.

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Fez residência no Hospital Bellevue, de Nova York e trabalhou no Instituto Lister de Medicina Preventiva, em Londres (1934), como representante do Conselho Americano de Pesquisas.

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Retornou aos Estados Unidos, tornando-se catedrático de pediatria na University of Cincinnati College of Medicine (1939-1946) e chefe da divisão de doenças infecciosas de uma de suas unidades de pesquisa.

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Durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto servia como médico no exército americano desenvolveu vacinas contra a dengue e a encefalite japonesa, doenças que atacavam as tropas aliadas baseadas na África.

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Como pesquisador, no assunto poliomielite – paralisia infantil (1946-1960), para o Instituto Rockefeller de Pesquisas Médicas, em colaboração com cientistas de outros países, foi o primeiro a demonstrar o crescimento do poliovírus no tecido nervoso humano fora do corpo. 


Foi ele que invalidou a teoria de que o poliovírus entra no corpo pelo nariz e pelo sistema respiratório, demonstrando que a poliomielite humana é uma infecção do trato digestivo.

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Defendia que o vírus enfraquecido e vivo da poliomielite, administrado oralmente, daria imunidade por um longo período de tempo, em substituição à técnica de injeção com o vírus morto, conforme Jonas Salk (1953). 


Preparou então, uma vacina de uso oral de vírus vivos atenuados e, para garantir que a aplicação da vacina, por essa via, não traria riscos de contaminação e, sim,  imunidade mais duradoura contra a poliomielite, testou-a em si próprio.

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Por esse motivo, em 1957, a Organização Mundial de Saúde – OMS decidiu testar a vacina no mundo. 


Comprovada a eficiência do produto, foi lançado no mercado em 1961/62, eliminando a paralisia infantil em muitos países por ela atingidos. 


Albert Sabin renunciou aos direitos de patente para facilitar a utilização da vacina em todas as partes do mundo.

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A partir daí, Albert Sabin tornou-se conhecido mundialmente. Tornou-se membro do Instituto Weizmann de Ciência, na cidade de  Rehovot ( Israel), casou-se com a brasileira Heloísa Dunshee de Abranches Sabin  e esteve várias vezes no Brasil. 


Foi agraciado pelo governo brasileiro com a Grã-Cruz do Mérito Nacional (1967) e aposentou-se, em 1988, de suas atividades científicas.

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O Brasil foi o primeiro país a implementar o Dia Nacional de Vacinação, conforme sugestão do Dr. Albert Sabin.

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Hoje, no Brasil, a poliomielite é considerada,  pelas autoridades sanitárias, como doença erradicada (1994).  


Podemos olhar para nossas crianças, seguros de que esse mal terrível está dominado, graças à gotinha salvadora, embora, em dias passados, tenha causado males irreparáveis a uma parcela muito grande da população mundial.

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Em países como Nigéria, Paquistão e Afeganistão, a poliomielite continua a ser endêmica.

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A poliomielite  é uma doença infectocontagiosa, conhecida desde a pré-história. 


Em pinturas no Egito Antigo aparecem figuras com membros atrofiados. Também há referências na Roma Antiga.

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Em 1846, o médico Jacob Heine, ortopedista alemão, escreveu um texto caracterizando a doença. 


Outro médico alemão, Karl Medin, iniciou os primeiros estudos da doença, que passou a ser chamada de Doença de Heine-Medin. 


Em 1908, o vírus foi isolado.

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Qualquer resfriado dava medo. 


A doença era um mistério, atingia todas as classes sociais e ninguém sabia como se disseminava. 


A Europa sofreu grandes epidemias no século XIX e o Brasil tem registros da doença, desde o início do século XX. 


Esse pesadelo é bem mais recente do que parece. 


Até a poucos anos, víamos crianças usando aparelhos ortopédicos nas ruas e utilizando pulmões de aço nos hospitais (em cada duzentos casos, um provoca paralisia). 


Os membros inferiores são atingidos primeiro, mas, quando a doença chega aos músculos do sistema respiratório, é preciso usar um aparelho que permita a respiração artificial, como é o caso do pulmão de aço.

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No Brasil, até o final da década de 70, havia dois mil e trezentos casos/ ano e, a partir de 1980, com a introdução das campanhas de vacinação em massa, foi decrescendo. 


Três anos depois, em 1983, a incidência foi de quarenta e cinco casos. 


A última vítima a ser atingida pela paralisia infantil foi em 1989, na cidade de Souza, Paraíba.

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Devemos ressaltar o desprendimento desse espírito missionário, que trouxe a vacina para essa doença e, com plena consciência da sua tarefa e confiança na sua competência, aceitou autoinocular-se para mostrar o quanto era segura. 


Mais ainda, abriu mão dos seus direitos de patente, em favor da Humanidade.

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Albert Bruce Sabin morreu, vitimado por ataque cardíaco, aos oitenta e seis anos, em sua casa, em Washington, em 3 de março de 1993.


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Bibliografia:

Revista da Vacina – Ministério da Saúde – Centro Cultural da Saúde

Enciclopédia Britannica

www.guiadoestudante.abril.com.br




FONTE

NEGRÃO, Marco Antônio. Albert Sabin. Mundo Espírita.http://www.mundoespirita.com.br/?materia=albert-sabin >. Acesso 08 JUL 2020.

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